sábado, 16 de agosto de 2014

MARINA II

15/08/2014
 às 15:43

Marina: já está em curso a construção da “ungida” que não negocia… Isso é péssimo!

Tudo aquilo de que o Brasil não precisava está em curso. Que coisa! Sou religioso, mas não místico. Não acredito em conjunção de fatores ditados por alguma força ou ente que nos empurrem para certo destino. Mas, às vezes, quase cedo à tentação. Logo, felizmente, passa. O misticismo é sempre uma forma de trapaça: ou as pessoas estão se enganando ou estão enganando os outros. Bem depressa, sou convocado pela razão.
Marina Silva ainda não é a candidata à Presidência da República da frente integrada pelo PSB. Mas, parece-me inescapável, será. Percebo todos os aspectos deletérios de sua figura pública conjugados nestes dois dias. E com que incrível saliência para o momento! Mais do que nunca, vemos sobressair a figura da ungida, daquela que parece ter sido enviada com uma missão que os mortais ainda ignoram, da eleita para trazer uma mensagem do além. O terreno onde se dissolvera o corpo de Eduardo Campos ainda fumegava, e ficamos sabendo, momento depois do acidente, que Marina deixara de embarcar no voo por alguma razão misteriosa. Seus adoradores costumam exaltar não seus dotes de visionária, mas as suas certezas de intuitiva. Que medo!
Hoje, sabemos ainda mais. Ela está realmente consternada — e por que não estaria? — e teria passado a noite em claro, em vigília, embora não em companhia da família, com quem ainda não havia conseguido falar. Por que Marina não chegou nem mesmo a ressonar, o que certamente fizeram os familiares de Campos, moídos pela dor e pela exaustão? Porque, supõe-se, ela mantinha um diálogo com um ente que só se manifesta aos escolhidos. Até Caetano Veloso vem a público expor a sua dor e nos recomendar: entreguemo-nos aos desígnios de Marina.
O país vive um momento delicado. Hoje, só as incertezas se adensam. Não precisamos de mais indefinições. No terreno nada místico, da “carnadura concreta” das coisas, como diria o poeta João Cabral de Melo Neto, somos informados de que Marina vai impor algumas condições para ser candidata. Uma delas é ter um vice de sua confiança. Dadas as circunstâncias e as diferenças de ideário entre ela e o PSB, o normal seria que acontecesse o contrário. Mas o ser político cuja reputação se avoluma quanto mais repudia a política sabe, sim, travar uma dura disputa no solo, embora pareça vinda do céu. Ou é como ela quer, ou não é de jeito nenhum!
Vou além: considerando que Marina Silva não é do PSB e que tem, é evidente, a chance de se eleger, o mais prudente seria que se comprometesse a permanecer no PSB os quatro próximos anos se eleita. Afinal, vai para uma campanha eleitoral sem que a esmagadora maioria dos eleitores saiba que está prestes a migrar para outro partido, cujo ideário é ainda desconhecido. Para quem diz prezar uma “nova política”, lamentando os vícios da “velha”, seria uma atitude bastante decorosa, não é mesmo?
Desde a redemocratização, o país passa por um dos momentos mais delicados de sua história. Infelizmente, percebo amplos setores da sociedade, inclusive da imprensa, tocados por certo “desejo de mudança”, ainda sem conteúdo. E isso, acreditem, por si, não é bom. O momento pede que Marina ofereça algumas certezas, não que cobre certezas de seus pares, o que só reforça o caráter olímpico de sua personalidade. Até porque esse distanciamento em relação aos mortais pode ser tudo, menos compatível com a democracia.
Fiquemos atentos!

Por Reinaldo Azevedo
15/08/2014
 às 15:35

Ucrânia diz ter destruído blindados russos que entraram em seu território; Otan confirma incursão

Na VEJA.com:
A artilharia ucraniana destruiu parte “significativa” de uma coluna de blindados russos que atravessou a fronteira da Ucrânia durante a noite de quinta-feira, disse o presidente Petro Poroshenko ao primeiro-ministro britânico, David Cameron, nesta sexta-feira, de acordo com o site da Presidência do país. Paralelamente, um porta-voz militar ucraniano disse que as forças do país monitoraram a coluna russa de blindados assim que ela entrou em solo ucraniano. “Ações apropriadas foram tomadas e parte dela [a coluna de blindados] não existe mais”, disse o porta-voz militar Andriy Lysenko a jornalistas.
A Rússia oficialmente nega que alguns dos seus veículos militares tenham cruzado a fronteira e entrado em território ucraniano. A informação sobre a violação de fronteira foi divulgada inicialmente pelo jornal britânico The Guardian, que apontou que 23 veículos blindados de transporte de tropas haviam atravessado a fronteira. Posteriormente, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) apontou a presença dos veículos.
O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, disse nesta sexta-feira que a aliança observou uma “incursão” russa em território ucraniano. Durante visita a Copenhague, Rasmussen disse aos jornalistas que “na noite passada vimos uma incursão para a Ucrânia”. Segundo o The Guardian, os veículos militares faziam a escolta de um comboio formado por mais de 200 caminhões que transportavam ajuda humanitária para a população do leste da Ucrânia. Ainda de acordo com o jornal, os caminhões pararam inicialmente a menos de 20 quilômetros da fronteira, ainda em território russo, e apenas os blindados prosseguiram, usando um buraco na cerca de arame farpado.
Na avaliação do The Guardian, os blindados provavelmente não faziam parte de alguma ponta-de-lança de uma invasão maciça – uma iniciativa desse tipo prevê uma movimentação bem mais intensa –, mas uma coisa é certa: a operação respalda as acusações da Ucrâni

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