SOLIDARIEDADE
ÀS VÍTIMAS
DA CHUVA NA REGIÃO
ÀS VÍTIMAS
DA CHUVA NA REGIÃO
Texto de Alvaro
Mostramos ao mundo através de fotos e relatos escritos a tragédia gerada pelas chuvas torrenciais que
caíram no Baixo Sul, principalmente na Costa do Dendê. De Valença a Ilhéus e
Itabuna o estrago foi grande. Camamu, Igrapiuna, Ituberá, Taperoá, Ibirapitanga
e Ilhéus relataram e expressaram oficialmente a difícil situação de seus
moradores frente a chuvarada que não perdoou ninguém . Depois de cumprirmos,
através de Blogs, Sites e páginas no Face, nossa obrigação, contando com a
colaboração de todos que estão na rede mundial, interligados e depois de relatarmos os fatos para que o mundo todo tome conhecimento, e para que as autoridades ajam é hora de mudar o foco. Tudo será feito para que
algumas pessoas possam livrar-se de mais prejuízos e até de acidentes
fatais. Agora, é hora de ajudar a
reconstruir o que a natureza teimou em modificar e até em destruir. A palavra
é: SOLIDARIEDADE, já. Não há mais tempo a perder. Vamos ajudar
nossos irmãos mais necessitados neste momento difícil e sofrido.
Dizem que os fenômenos climáticos pegam a gente de surpresa.
Em parte, é verdade. Em parte, não. Com os
conhecimentos científicos e os sofisticados aparelhos usados na meteorologia
para prever mudanças e ocorrências
climáticas, a surpresa pode ser bastante atenuada. Na atualidade pode e
deve haver relativa previsibilidade em relação a ocorrência de fenômenos
climáticos. Pode-se prever, com relativa segurança, a ocorrência de chuvas,
secas, estiagens, frentes frias e até vulcões e terremotos. Veja que até o aquecimento global e rarefação na camada de ozônio estão sendo apontadas antes mesmo de acontecer.
Mas, vamos ao dia-dia das cidades e a operosidade e responsabilidade
dos gestores. Os municípios através de seus gestores não podem prescindir de
projetos estruturais e planos de emergência. Os gestores, prefeitos e
secretários, estão convocados e obrigados não só a elaborar os planos, mas a fazer simulações e
implementar a atuação de equipes de defesa civil para socorrer a população
diante de tragédias. Desta vez o impacto sobre as populações dos municípios
afetados é grande e a recuperação será parcial e lenta. Os municípios que mais
reconheceram e noticiaram oficialmente o efeito da enxurrada optaram pelo
reconhecimento de que ocorreu um fenômeno impactante sobre a vida dos cidadãos
e já anunciaram medidas concretas para o
socorro. Outros municípios não vieram a público através dos veículos de comunicação
falar com o cidadão, para dar orientação preventiva e para anunciar medidas
apropriadas de gestão.
Entre os dias 27 e 28 de novembro, choveu torrencialmente na
região. Foram castigandos de modo agudo os municípios de Camamu, Igrapiuna e Ituberá, principalmente diante das primeiras notícias. Os moradores dessas cidades rapidamente noticiaram os acontecimentos. Os outros municípios foram
informando de modo mais lento o que aconteceu em seus domínios. Agora, já temos
informações que ilhéus, Itabuna e Maraú, Valença Taperoá e Cairú também foram intensamente afetados.
Maraú está literalmente ilhada com acesso terrestre interrompido. Para chegar a
Maraú só é possível via marítima, saindo do porto de Camamu.
As rodovias, no Estado da Bahia, em geral tem ações de
manutenção raras, superficiais e precárias. A Ba. 001, trecho Nazaré-Valença,
está cheia de crateras que descobrem o asfalto, o que dificulta o tráfego e
coloca em risco a vida e o patrimônio
privado – pessoas e veículos que
trafegam na rodovia. O reparo é lento e pouco responsável em relação à ganância
arrecadativa dos órgãos e aparatos fiscais do Estado – Estado da Bahia e União.
O IPVA é recolhido impiedosa e religiosamente, enquanto a contrapartida é sempre
devolvida em marcha lenta, de forma indolente e pouco responsável. Com essas chuvas de outono, as vias já
precárias em boa parte do estado, foram pioradas sensivelmente na Costa do Dendê, comprometendo, inclusive, a
trafegabilidade em alguns trechos - como no acesso a Maraú.
As pessoas mais carentes que habitam encostas e localidades
sem infraestrutura sanitária e pluvial sempre sofrem mais, sempre são mais
atingidas. Ou seja, os mais carentes são sempre os primeiros nas filas dos
sacrifícios. As prefeituras, que dependem do humor e da competência dos
gestores, preferem, em sua maioria, ações eleitoreiras, à investir e priorizar a
infraestrutura. Nas campanhas que elegeram alguns gestores, geralmente planos de governo não
foram debatidos e a competência dos gestores não foi testada, por isso mesmo, quem paga a conta são os mais fracos, comumente os mais facilmente enganados por
promessas irrealizáveis e ações corruptoras dos poderosos endinheirados.
Agora, com uma ação de cidadania de quem pode ajudar, a população - nós - precisa agir par
socorrer os mais atingidos, sem esperar pelo poder público que é lento,
burocrático e preguiçoso. E, como geralmente os mais atingidos habitam os
bairros periféricos, a ação deve ser concentrada nesses bairros, naqueles onde o prejuizo e as necessidades são maior. Nesses
aglomerados humanos os políticos só gostam de aparecer em vésperas de eleições.
Depois, não dão satisfação a ninguém, somem, não recebem os munícipes, não fazem
pronunciamentos públicos e, geralmente ficam confiados no poder aquisitivo que
pode comprar votos nos pleitos seguintes - se a população quiser se deixar
enganar mais uma vez - para se perpetuarem no poder.