terça-feira, 11 de março de 2014

Falando de AVC- Acidente Vascular Celebral

Acidente Vascular Cerebral ou Derrame Cerebral


Sinônimos:
AVC, Derrame cerebral

O que é?
Acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame cerebral, é a doença neurológica que mais freqüentemente acomete o sistema nervoso e é a principal causa de incapacidades físicas e mentais.
Ele ocorre quando o suprimento de sangue para uma parte do cérebro é interrrompido subitamente (AVC isquêmico) ou quando um vaso sangüíneo no cérebro rompe, extravassando seu conteúdo e dando origem a um hematoma, ou coágulo, que provoca sofrimento no tecido cerebral (AVC hemorrágico).
O AVC isquêmico é o mais comum, representa cerca de 85% dos casos de derrames. Já o AVC hemorrágico, embora menos comum, apresenta maior mortalidade.

Quais são os sintomas do AVC?
Os sintomas normalmente são agudos ou rapidamente progressivos, caracterizados por:
  • Perda súbita da força muscular ou formigamento de um lado do corpo
  • Dificuldade súbita para falar ou compreender
  • Dor de cabeça muito forte, de início abrupto, sem causa aparente
  • Perda visual repentina, particularmente de um olho apenas
  • Perda do equilíbrio ou tontura súbita
Alguns destes sinais e sintomas podem estar relacionados a outras condições que levam a uma alteração do nível de consciência ou a um déficit neurológico focal. Muitos destes outros diagnósticos podem ser esclarecidos com um exame da glicemia sangüínea ou com exames de imagem como tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética do crânio.

O que fazer na presença destes sintomas?
Na suspeita, deve-se procurar imediatamente um atendimento médico que tenha estrutura para atender um acidente vascular cerebral. Quanto mais precoce o tratamento, melhores serão as perspectivas para o paciente.
Novos tratamentos podem limitar as incapacidades produzidas por um derrame, mas você precisa conhecer os sinais e sintomas a tempo de procurar auxílio médico o mais rápido possível.

Quais são os fatores de risco?
  • Idade
  • Fator genético - o AVC desencadeado por uma aneurisma têm penetrância genética alta
  • Hipertensão arterial
  • Diabetes mellitus
  • Tabagismo
  • Dislipidemia
  • Fibrilação arterial
  • Infarto do miocárdio recente
  • Sedentarismo
  • Etilismo
Quais são as complicações da doença?
Elas se dividem em complicações neurológicas ou clínicas. São elas:
Complicações Neurológicas
  • Edema cerebral
  • Hidrocefalia
  • Hipertensão intracraniana
  • Transformação hemorrágica
  • Convulsões
Complicações Clínicas
  • Aspiração de  secreções
  • Hipoventilação
  • Pneumonias
  • Isquemia miocárdica
  • Arritmias cardíacas
  • Trombose venosa profunda
  • Tromboembolismo pulmonar
  • Retenção ou infecções urinárias
  • Úlceras de decúbito
  • Desnutrição
  • Contraturas e rigidez das articulações
As seqüelas mais comuns são hemiparesia, alterações visuais, da fala e da memória.
A recorrência do derrame é freqüente. Cerca de 25% das pessoas que se recuperaram de um primeiro derrame, terão um outro acidente vascular cerebral em 5 anos.

O que fazer para se prevenir?
A avaliação e o acompanhamento neurológicos regulares são fundamentais para a prevenção.
Assim como o controle da hipertensão, da diabetes, da obesidade, a suspensão do tabagismo e o uso de bebidas alcóolicas com moderação (os chamados fatores de risco modificáveis).
O uso de medicamentos como os anticoagulantes, que contribuem para a diminuição da incidência de acidentes vasculares cerebrais, podem ser recomendados por médicos para ajudar na prevenção.
A prática regular de atividades físicas, como caminhadas de 30 a 60 minutos, 3 a 5 vezes por semana, reduz a chance de sofrer um derrame cerebral. Elas devem sempre ser recomendadas e avaliadas por um profissional de saúde.

Perguntas que você pode fazer ao seu médico:
Quais as formas de reabilitação para as seqüelas de um AVC que podem melhorar a condição de vida de um paciente pós-derrame?
Aneurisma cerebral é uma espécie de AVC?
Quais as perspectivas da reabilitação de seqüelas de AVC com as células-tronco?
O uso de estimulantes sexuais como o Viagra pode causar um AVC?

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
Sinônimos e Nomes Populares:
AVC, Derrame cerebral.
O que é?
O acidente vascular cerebral é uma doença caracterizada pelo início agudo de um deficit neurológico (diminuição da função) que persiste por pelo menos 24 horas, refletindo envolvimento focal do sistema nervoso central como resultado de um distúrbio na circulação cerebral que leva a uma redução do aporte de oxigênio às células cerebrais adjacentes ao local do dano com consequente morte dessas células; começa abruptamente, sendo o deficit neurológico máximo no seu início, e podendo progredir ao longo do tempo.
O termo ataque isquêmico transitório (AIT) refere-se ao deficit neurológico transitório com duração de menos de 24 horas até total retorno à normalidade; quando o deficit dura além de 24 horas, com retorno ao normal é dito como um deficit neurológico isquêmico reversível (DNIR).
Podemos dividir o acidente vascular cerebral em duas categorias:
 
O acidente vascular isquêmico consiste na oclusão de um vaso sangüíneo que interrompe o fluxo de sangue a uma região específica do cérebro, interferindo com as funções neurológicas dependentes daquela região afetada, produzindo uma sintomatologia ou deficits característicos. Em torno de 80% dos acidentes vasculares cerebrais são isquêmicos.
No acidente vascular hemorrágico existe hemorragia (sangramento) local, com outros fatores complicadores tais como aumento da pressão intracraniana, edema (inchaço) cerebral, entre outros, levando a sinais nem sempre focais. Em torno de 20% dos acidentes vasculares cerebrais são hemorrágicos.
Como se desenvolve ou se adquire?
Vários fatores de risco são descritos e estão comprovados na origem do acidente vascular cerebral, entre eles estão: a hipertensão arterial, doença cardíaca, fibrilação atrial, diabete, tabagismo, hiperlipidemia. Outros fatores que podemos citar são: o uso de pílulas anticoncepcionais, álcool, ou outras doenças que acarretem aumento no estado de coagulabilidade (coagulação do sangue) do indivíduo.
O que se sente?
Geralmente vai depender do tipo de acidente vascular cerebral que o paciente está sofrendo se isquêmico ou hemorrágico. Os sintomas podem depender da sua localização e da idade do paciente. Os principais sintomas do acidente vascular cerebral incluem:
Fraqueza:
O início súbito de uma fraqueza em um dos membros (braço, perna) ou face é o sintoma mais comum dos acidentes vasculares cerebrais. Pode significar a isquemia de todo um hemisfério cerebral ou apenas de uma área pequena e específica. Podem ocorrer de diferentes formas apresentando-se por fraqueza maior na face e no braço que na perna; ou fraqueza maior na perna que no braço ou na face; ou ainda a fraqueza pode se acompanhar de outros sintomas. Estas diferenças dependem da localização da isquemia, da extensão e da circulação cerebral acometida.
Distúrbios Visuais:
A perda da visão em um dos olhos, principalmente aguda, alarma os pacientes e geralmente os leva a procurar avaliação médica. O paciente pode ter uma sensação de "sombra'' ou "cortina" ao enxergar ou ainda pode apresentar cegueira transitória (amaurose fugaz).
Perda sensitiva:
A dormência ocorre mais comumente junto com a diminuição de força (fraqueza), confundindo o paciente; a sensibilidade é subjetiva.
Linguagem e fala (afasia):
É comum os pacientes apresentarem alterações de linguagem e fala; assim alguns pacientes apresentam fala curta e com esforço, acarretando muita frustração (consciência do esforço e dificuldade para falar); alguns pacientes apresentam uma outra alteração de linguagem, falando frases longas, fluentes, fazendo pouco sentido, com grande dificuldade para compreensão da linguagem. Familiares e amigos podem descrever ao médico este sintoma como um ataque de confusão ou estresse.
Convulsões:
Nos casos da hemorragia intracerebral, do acidente vascular dito hemorrágico, os sintomas podem se manifestar como os já descritos acima, geralmente mais graves e de rápida evolução. Pode acontecer uma hemiparesia (diminuição de força do lado oposto ao sangramento) , além de desvio do olhar. O hematoma pode crescer, causar edema (inchaço), atingindo outras estruturas adjacentes, levando a pessoa ao coma. Os sintomas podem desenvolver-se rapidamente em questão de minutos.
Como o médico faz o diagnóstico?
A história e o exame físico dão subsídios para uma possibilidade de doença vascular cerebral como causa da sintomatologia do paciente.Entretanto, o início agudo de sintomas neurológicos focais deve sugerir uma doença vascular em qualquer idade, mesmo sem fatores de risco associados. A avaliação laboratorial inclui análises sanguíneas e estudos de imagem (tomografia computadorizada de encéfalo ou ressonância magnética). Outros estudos: ultrassom de carótidas e vertebrais, ecocardiografia e angiografia podem ser feitos.
Como se trata e como se previne?
Geralmente existem três estágios de tratamento do acidente vascular cerebral: tratamento preventivo, tratamento do acidente vascular cerebral agudo e o tratamento de reabilitação pós-acidente vascular cerebral.
O tratamento preventivo inclui a identificação e controle dos fatores de risco. A avaliação e o acompanhamento neurológicos regulares são componentes do tratamento preventivo bem como o controle da hipertensão, da diabete, a suspensão do tabagismo e o uso de determinadas drogas (anticoagulantes) que contribuem para a diminuição da incidência de acidentes vasculares cerebrais.
Inicialmente deve-se diferenciar entre acidente vascular isquêmico ou hemorrágico.
O tratamento agudo do acidente vascular cerebral isquêmico consiste no uso de terapias antitrombóticas (contra a coagulação do sangue) que tentam cessar o acidente vascular cerebral quando ele está ocorrendo, por meio da rápida dissolução do coágulo que está causando a isquemia. A chance de recuperação aumenta quanto mais rápida for a ação terapêutica nestes casos. Em alguns casos selecionados, pode ser usada a endarterectomia (cirurgia para retirada do coágulo de dentro da artéria) de carótida. O acidente vascular cerebral em evolução constitui uma emergência médica, devendo ser tratado rapidamente em ambiente hospitalar.
A reabilitação pós-acidente vascular cerebral ajuda o indivíduo a superar as dificuldades resultantes dos danos causados pela lesão.
O uso de terapia antitrombótica é importante para evitar recorrências. Além disso, deve-se controlar outras complicações, principalmente em pacientes acamados (pneumonias, tromboembolismo, infecções, úlceras de pele) onde a instituição de fisioterapia previne e tem papel importante na recuperação funcional do paciente.
As medidas iniciais para o acidente vascular hemorrágico são semelhantes, devendo-se obter leito em uma unidade de terapia intensiva (UTI) para o rigoroso controle da pressão. Em alguns casos, a cirurgia é mandatória com o objetivo de se tentar a retirada do coágulo e fazer o controle da pressão intracraniana.
Qual é o prognóstico?
Mesmo sendo uma doença do cérebro, o acidente vascular cerebral pode afetar o organismo todo. Uma sequela comum é a paralisia completa de um lado do corpo (hemiplegia) ou a fraqueza de um lado do corpo (hemiparesia). O acidente vascular cerebral pode causar problemas de pensamento, cognição, aprendizado, atenção, julgamento e memória. O acidente vascular cerebral pode produzir problemas emocionais com o paciente apresentando dificuldades de controlar suas emoções ou expressá-las de forma inapropriada. Muitos pacientes apresentam depressão.
A repetição do acidente vascular cerebral é frequente. Em torno de 25 por cento dos pacientes que se recuperam do seu primeiro acidente vascular cerebral terão outro dentro de 5 anos.
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AVC - Acidente Vascular Cerebral




O acidente vascular cerebral (AVC) é uma interrupção súbita do fluxo de sangue por uma artéria cerebral (AVC isquêmico) ou um extravasamento de sangue para o tecido cerebral (AVC Hemorrágico).

Os sintomas iniciais podem ser vários, o mais importante é a procura imediata de um pronto-socorro com suporte de neurologista para a intervenção mais breve possível sobre o quadro.

Atualmente, nos casos de oclusão aguda de uma artéria cerebral, se detectada em menos de três horas de instalação é possível promover-se a desintegração do coágulo de sangue que bloqueia a artéria através de trombolíticos, como o Alteplase, que são substâncias que dissolvem o coágulo se administradas em tempo hábil por via endovenosa ou intra-arterial por meio de cateterismo.

Como sintomas mais característicos temos:
  • Perda súbita de força em um dos lados do corpo
  • Perda da fala ou compreensão da fala
  • Perda da visão completa de um olho ou de metade do campo visual de ambos os olhos
  • Perda de consciência
  • Convulsões
  • Perda da coordenação
  • Desequlíbrio para andar

  • Há várias doenças que predispõem a lesões arteriais que podem causar AVC, entre elas devemos lembrar a hipertensão arterial sistêmica, o diabetes melitus, o tabagismo, hiperlipidemia (colesterol ou triglicérides altos), doenças cardiovasculares como infarto, cardiomegalias, arritmias cardíacas, doenças valvulares, propensão familiar, doenças genéticas etc.

    Uma vez acontecido o AVC, deve-se instalar tratamento imediato na expectativa de reverter o quadro se houver condições ou estabelecer medidas de suporte para a recuperação mais completa possível.

    É fundamental compreender que quem teve um AVC tem grandes chances de ter um segundo AVC caso não se faça o devido tratamento profilático.

    Para a prevenção secundária do AVC existem medidas clínicas e cirúrgicas. As medidas clínicas incluem o controle estrito do diabetes, da hipertensão e da hipercolesterolemia, suspensão do tabagismo e também medidas específicas como o uso de antiagregantes plaquetários ou anticoagulantes orais que visam a diminuição da formação dos coágulos que bloqueiam as artérias cerebrais. Entre as medidas cirúrgicas podemos citar as endarterectomias e os procedimentos de radiologia intervencionista, como a angioplastia e/ou stent de artérias cervicais e intra-cranianas.

    Às vezes o AVC pode ser o primeiro sintoma de uma lesão estrutural cardíaca que necessite tratamento clínico ou cirúrgico.

    Em hospitais, como a Beneficência Portuguesa de São Paulo, nossa Unidade de Terapia Intensiva é dedicada exclusivamente aos transtornos de ordem neurológica.

    O pronto atendimento de distúrbios neurológicos como o AVCI ou AVCH podem significa grandes diferenças grandes de prognóstico, com maior ou menor seqüela e até a reversão completa de casos selecionados.



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