sábado, 31 de janeiro de 2015

Lula e Dilma

Empreiteiras querem levar Lula e Dilma à roda da Justiça

Com os processos da Operação Lava-Jato a caminho das sentenças, as empreiteiras querem Lula e Dilma junto com elas na roda da Justiça

Rodrigo Rangel, Robson Bonin e Bela Megaele
SEM SAÍDA – Presos desde novembro do ano passado, os empreiteiros envolvidos no escândalo da Petrobras negociam acordos de delação premiada com a justiça
SEM SAÍDA – Presos desde novembro do ano passado, os empreiteiros envolvidos no escândalo da Petrobras negociam acordos de delação premiada com a justiça (Michel Filho/AG. O GLOBO/VEJA)
Há quinze dias, os quatro executivos da construtora OAS, presos durante a Operação Lava-Jato, tiveram uma conversa capital na carceragem da polícia em Curitiba. Sentados frente a frente, numa sala destinada a reuniões reservadas com advogados, o presidente da OAS, Léo Pinheiro, e os executivos Mateus Coutinho, Agenor Medeiros e José Ricardo Breghirolli discutiam o futuro com raro desapego. Os pedidos de liberdade rejeitados pela Justiça, as fracassadas tentativas de desqualificar as investigações, o Natal, o réveillon e a perspectiva real de passar o resto da vida no cárcere levaram-nos a um diagnóstico fatalista. Réus por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa, era chegada a hora de jogar a última cartada, e, segundo eles, isso significa trazer para a cena do crime, com nomes e sobrenomes, o topo da cadeia de comando do petrolão. Com 66 anos de idade, Agenor Medeiros, diretor internacional da empresa, era o mais exaltado: “Se tiver de morrer aqui dentro, não morro sozinho”.
A estratégia dos executivos da OAS, discutida também pelas demais empresas envolvidas no escândalo da Petrobras, é considerada a última tentativa de salvação. E por uma razão elementar: as empreiteiras podem identificar e apresentar provas contra os verdadeiros comandantes do esquema, os grandes beneficiados, os mentores da engrenagem que funcionava com o objetivo de desviar dinheiro da Petrobras para os bolsos de políticos aliados do governo e campanhas eleitorais dos candidatos ligados ao governo. É um poderoso trunfo que, em um eventual acordo de delação com a Justiça, pode poupar muitos anos de cadeia aos envolvidos. “Vocês acham que eu ia atrás desses caras (os políticos) para oferecer grana a eles?”, disparou, ressentido, o presidente da OAS, Léo Pinheiro. Amigo pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos tempos de bonança, ele descobriu na cadeia que as amizades nascidas do poder valem pouco atrás das grades.
Na conversa com os colegas presos e os advogados da empreiteira, ele reclamou, em particular, da indiferença de Lula, de quem esperava um esforço maior para neutralizar os riscos da condenação e salvar os contratos de sua empresa. Léo Pinheiro reclama que Lula lhe virou as costas. E foi dessa mágoa que surgiu a primeira decisão concreta do grupo: se houver acordo com a Justiça, o delator será Ricardo Breghirolli, encarregado de fazer os pagamentos de propina a partidos e políticos corruptos. As empreiteiras sabem que novas delações só serão admitidas se revelarem fatos novos ou o envolvimento de personagens importantes que ainda se mantêm longe das investigações. Por isso, o alvo é o topo da cadeia de comando, em que, segundo afirmam reservadamente e insinuam abertamente, se encontram o ex-presidente Lula e Dilma Rousseff.
(Com reportagem de Daniel Pereira e Hugo Marques)



quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

TERRORISMO E POLÍTICA

  
A MATANÇA É GERAL, LÁ E CÁ, 
por alvaro


Jornalista japonês, vítima mais recente de sequestro e condenação a morte por extremistas. 
O jornalista japonês Kenji Goto em imagem retirada de vídeo que teria sido gravado em Kobani, na Síria, em outubro de 2014
Dois terroristas fortemente armados e bem camuflados, invadiram a sede do Charlie Habdo em Paris  fuzilando 12 cidadãos indefesos, a maioria jornalistas que usavam a charge como ferramenta de comunicação de massa. O pecado dos jornalistas foi criticar o islã retratando em charge o profeta Maomé figura religiosa equivalente ao nosso Jesus Cristo no cristianismo. Há fortes indícios, para não dizer a certeza, de que organizações extremistas islâmicas planejaram e participaram da logística para que os terroristas cumprissem sua missão, para que chegassem ao final daquela empreitada com o sucesso que os radicais esperavam e desejavam - a aniquilação da vida de opositores ao islamismo, tanto que os executores gritaram "vingamos o Profeta". Pelo menos quatro grandes expoentes da charge, jornalistas franceses que inspiraram outros chargistas mundo afora, foram aniquilados em uma ação que durou pouco mais de cinco minutos em plena capital francesa à luz do dia no centro de Paris. O mundo ocidental ficou estarrecido, ainda mais quando a Europa tradicionalmente acolhe milhares de cidadãos oriundos de países que cultuam o islamismo. O terrorismo moderno pratica uma guerra que não  declarada por um Estado, mas por organizações, grupos menores armados e até por lobos solitários.

Homem com o rosto coberto ameaça dois japoneses em um vídeo publicado pelo grupo radical Estado Islâmico. O grupo militante, que controla faixas dos territórios da Síria e do Iraque, exigiu US$ 200 milhões do governo japonês para salvar as vidas de ambos. Os homens foram identificados no vídeo como Haruna Yukawa e Kenji Goto
Em 1989 na França, irrompeu-se uma revolução iluminista que influenciou o mundo e que se iconizou com o lema: Igualdade, Fraternidade e Liberdade. A revolução francesa inaugurou uma nova era. Países europeus, mas, também, outros fora da Europa, como os Estados Unidos da América do Norte, cultivam a liberdade de pensamento e de expressão como valor máximo da cidadania, como pressuposto da existência de um regime democrático. Na verdade, o regime democrático só prospera onde a liberdade é respeitada e a cidadania é plena. E, nas democracias modernas a liberdade de pensamento e de expressão é a arma das oposições para que, fora do poder, não vire cadaver com o corpo vivo. Por isso mesmo o papel dos derrotados numa eleição é fazer oposição. Quem ganha uma eleição manda e detém o poder e manda, quem perde faz oposição: fiscaliza e critica. Na verdade, a aniquilação da oposição só ocorre em tiranias  - que não aceitam nem toleram críticas.
Ocorre que, alguns grupos  radicais de diversas inspirações - neste caso particular, em Paris, fundamentalistas islâmicos - querem impor sua crença e sua cultura aos não muçulmanos - ao ocidente cristão e aos judeus em Israel e também querem alcançar os judeus que vivem espalhados pelo mundo residindo em qualquer país. Para tanto, não medem esforços para atingir o alvo  nem limitam seus métodos.  Basta lembrar o "11 de setembro" em Nova Iorque, o ataque ao metrô na Espanha, o assassinato de judeus na Argentina e agora, a ação no Charlie Habdo, em Paris. Vivenciamos uma perseguição generalizada de cristãos, principalmente no oriente árabe. Os cristãos são proibidos de cultuar sua religião, são expulsos de seus territórios, são condenados à morte por algum tirano  que ordena massacres ou condena à morte de algum recanto do mundo. Opositores, para os grupos fundamentalistas, devem ser literalmente eliminados. Defendem o extermínio de nações e mesmo de países e cidades como é o caso de Gerusalém em Israel, que é habitada majoritariamente por judeus mas, que é sistemática  ininterruptamente provocado por grupos terroristas identificados e também é alvo de atentado executado por grupos radicais islâmicos na vizinha palestina, principalmente os da faixa de Gaza.
Vê-se portanto que para os fundamentalistas islâmicos e também paro outros grupos radicais, eliminar o opositor através de assassinato individual ou em massa, através de ações terroristas planejadas com cidadãos simpatizantes do islamismo extremista, são recrutados, treinados e patrocinados por tiranos espalhados principalmente pelos países que professam o islamismo. Maomé, o Profeta do islamismo, não pode ser criticado, retratado ou ignorado - quem professa o islamismo não aceita. Por isso mesmo, as charges do Charlie Habdo ´foram intoleráveis, desencadeando ações de retaliação ao ponto da redação do jornal se tornar alvo a ser atingida e eliminada. Alguns grupos extremistas pregam a "guerra santa" que tem como objetivo eliminar cidadãos que professam outras crenças e que não cultuam Maomé e Alá.
Entre nós, no Brasil, é comum os vencedores exercerem o controle sobre os vencidos. Não é, cá no ocidente, uma prática muito comum eliminar o adversário político matando a tiros ou explodindo bombas. È mais comum aqui no Brasil os vencedores assassinarem a cidadania atravás de perseguição política capaz de calar a voz de quem se opõe aos vencedores, aqueles que detém o poder oriundo das urnas. Mas, as urnas nem sempre contam a verdade da vontade popular, uma vez que há muitas eleições contaminadas pela compra de votos ou por fraude e interferência indevida na apuração dos votos. Poucos tem coragem de abrir a boca para externar sua opinião crítica quando estão na oposição. A organização social, que forma cidadania rara e rala, não chega a incomodar os que detém o poder. Quem ganha a eleição na maioria das cidades brasileiras impõe-se através da cooptação ou da perseguição. Por imposição do silêncio aos vencidos que aceitam a dominação o medo de ser perseguido emudece os derrotados nas urnas ou então mamam nas tetas dos governos. Como a maioria dos cargos públicos são distribuídos como favor e compadrio e não por mérito e por competência, a maioria das famílias tem algum membro contratado por quem detêm o poder. Sim, contratado por que a seleção por concurso público é rara e não interessa aos poderosos por que o concursado pode vender apenas seu trabalho poupando sua alma.
Como nas democracias o papel da oposição é tão importante quanto o papel da situação, para tanto a oposição precisa ter voz. A liberdade de criticar e de fiscalizar é pressuposto básico da democracia. A resposta francesa ao atentado recente em Paris foi uma ação que reafirmou a Liberdade como lema de um povo altivo que preza a cidadania tanto quanto a própria vida. Em Paris os cidadãos não querm apenas estar vivo, apenas pão e circo. Querem a liberdade de expressão como ferramenta da cidadania. Quando, mais de três milhões de francesas saíram de casa em protesto e desafio, reunindo-se nas praças portando lápis e canetas, liderados por inúmeros mandatários de países europeus, principalmente, estes de mãos dadas a França reafirmou apoiada pelo mundo ocidental que os princípios da revolução francesa estão vivos e fortalecidos.
Enquanto grupos radicais eliminam pessoas matando o corpo físico com a intensão de eliminar traços culturais, como crença religiosa e vivência e prática democrática, na democracia brasileira mata-se a cidadania através da perseguição política e do cerceamento da liberdade de expressão quando a alma dos cidadãos é vendida junto a sua força de trabalho. Enquanto lá, se exterminam pessoas instantaneamente de modo cirúrgico dilacerando vísceras atravessadas por balas disparadas por fuzis e metralhadoras, aqui, o método usado é o envenenamento homeopático que visa matar a cidadania. Não vivemos portanto, uma democracia plena em nosso país. E, como não há democracia pela metade, no Brasil, enquanto a cidadania não for ressuscitada, a tirania terá o mesmo efeito - morte da cidadania - do mesmo modo que ocorre na maioria dos países islâmicos onde o Estado não é laico e portanto impera a teocracia,  onde reis e aiatolás inspirados por suas seitas e guiados por suas crenças, determinam tudo, inclusive o direito de viver de seus opositores e a hora de morrer. No ocidente democrático não estamos acostumados a esse tipo de barbárie. Temos tradição de liberdade de culto religioso sem que a pena de morte seja imposta a quem professa uma apenas por assim optar.


segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

PRÓXIMAS ELEIÇÕES - 2016


CRITÉRIOS DE ESCOLHA - O QUE NÃO QUEREMOS?

PODEMOS CUIDAR MAL ATÉ DA NOSSA CASA,  SE MORAMOS SOZINHOS. MAS, NÃO CUIDAR MAL DA CASA DE TODOS QUE É O MUNICÍPIO. O BEM PÚBLICO PERTENCE IGUALMENTE A TODOS OS MUNÍCIPES.

Por alvaro



Os brutos também amam. Os burros, amam. Os hienas, amam. Os indivíduos topeiras, amam. Os brutos poder ter a capacidade de amar os mais próximos - amam e as vezes são eleitos para governar para sua seita de seguidores ou para sua família. Os farsantes e os corruptos amam e as vezes são eleitos para esvaziar os cofres dos municípios e em consequência atrasar salários e desativar serviços.Um trator não corta certeiro se não for bem pilotado, com gente bem preparado para pilotar. Ninguém pode governar bem sem um plano de governo. Os eleitores não podem acreditar em candidatos que agem como avestruz - enterram a cabeça na areia e nada dizem, não colocam em público o que pensam. Quem não sabe dizer o que pensa não sabe pensar.

Quem é portador de doenças limitantes como Alzheimer e Cretinismo, onde a capacidade cognitiva está comprometida,  terá enorme dificuldade para se expressar e para governar. Mas, a pior doença é o maucaratismo e a trapaça. Para a maioria das doenças há métodos fisioterápicos e psicoterápicos, e medicamentosos para amenizar sua expressão e melhorar os sintomas da patologia. Mas, para as doença da alma, do caráter, só cadeia precedido do julgamento justo com amplo direito de defesa. O analfabetismo político, como qualquer analfabetismo é um mau prenúncio. Eleger um sujeito sem ideias próprias, sem planos, sem conhecimento técnico do município pode ser um tiro no pé. Não podemos apostar em quem pode capotar na primeira curva. Ou quem não sabe a diferença entre um ofício e um requerimento, entre uma nota fiscal e uma fatura. Quem não sabe a diferença entre verso e prosa. O candidato precisa ter expressão própria para não ser chamado de poste. Precisa ter vida própria, sem rabo preso. E, não pode estar a serviço de um mandante para não ser chamado de laranja.

Listas e fotos podem revelar um pouco de uma pessoa. Mas não revela tudo. O mais importante é conhecer planos e idéias dos candidatos. Lâmina de trator só corta certeiro se houver um bom piloto com um plano viável e confiável. Não é hora de ôba-ôba. Ainda faltam dias para o carnaval. São João é em junho para que se vejam tantos balões-de-ensaio soltos apenas para sondar. O Face é um bom veículo de mídia, principalmente para fotos e piadas. Não gostamos muito de ler. Mas, e o conteúdo, as ideias? Quando o foto shop elege candidatos eles tropeçam no primeiro buraco. Gestão municipal não é para bonitinhos, apenas: para almofadinhas, apenas. Nem para tratores humanos.

No pleito de 2016 haverá de prevalecer o debate de ideias para a escolha de candidatos a prefeito e a vereador. Primeiro o debate interno, dentro dos partidos e das coligações, para mostrar que a legenda não tem dono. Depois, durante a campanha, o debate deve ir as ruas, alcançar a sociedade civil organizada nas igrejas, nos clubes, nas associações, nos sindicatos, nas cooperativas. O debate deve chegar aos bairros, as ruas as casa, as pessoas. Os candidatos devem ser espremidos e amassados (simbolicamente) durante o debate político para que vejamos se é possível que se tire dele o melhor, para testar seu p´repara e sua credibilidade, para os municípios e para seus cidadãos não atirarem no escuro mirando no que vê - só a cara e o nome -  e acertando no que não viu as ideias e planos de governo.

Talvez, só para começar, devamos perguntar a nós mesmos: O QUE NÃO QUEREMOS DE UM CANDIDATO A FUTURO GESTOR MUNICIPAL OU CANDIDATO A VEREADOR...

Não queremos que sejam laranjas nem postes.
Não queremos fichas-sujas.
Não queremos os compradores de votos e os que mentem e prometem tudo sem mostrar o caminho, os que vendem até terrenos no céu.
Não queremos os amadores, sem experiencia prévia, caídos do céu de para-quedas e sem um currículo para ser examinado.
Não queremos os incompetentes, os preguiçosos e os covardes.
Não queremos os desprovidos de conhecimento político e territorial dos municípios.

As listas? As listas são balões de ensaio originarias de grupos interessados em antecipar os nomes antes do debate de idéias. O importante é não temer nem as listas nem o debate público das ideias e dos planos de governo.





domingo, 25 de janeiro de 2015

ELEIÇÕES 2016 - LISTA DE CANDIDATOS


MAIS DO MESMO OU,
 VAMOS AO DEBATE POLÍTICO? por alvaro




Nomes importam menos que idéias. Mesmo por que, um nome forte na cadeia não governa. Um nome forte portador de uma doença grave que está em coma não governa. É claro que quando se fala de nomes, se está dando alguma coisa das idéias que esta pessoa defende e também uma mostra de sua prática de vida presente e passada. Hugo Chaves governou como defunto. Melhor com o esperito do passarinho como disse Maduro. Mas, para não cair em ciladas como é comum,  seria mais interessante que no debate político que se inicia em relação ao pleito municipal de 2016, com uma natural penca de nomes em balões-de-ensaio. No pleito que se aproxima, novos prefeitos e novos vereadores serão eleitos; seria interessante que amadurecéssemos  politicamente consolidando nossa democracia que os nomes perdessem força inicialmente para que se pudesse traçar um perfil dos eleitos que desejamos. Esta não será uma eleição com nomes prontos. Depois das idéias os nomes surgirão, antes não - melhor para o município e mais seguro para o cidadão. Mas, listas vão rolar até o dia da próxima eleição. E cabeças, também.

Vamos então nominar características e 0 de governantes com maior confiabilidade, fazer uma projeção para o futuro. Mesmo por que, como a maioria do povo é honesta e trabalhadora, qualquer nome dentro desta a maioria poderia se colocar para julgamento em qualquer pleito. Mais do mesmo, não é prudente. Quem defende nomes agora geralmente está agrupado a algum político conhecido, o que é lícito, ou está ganhando para promover alguns e derrubar outros, o que também está dentro do jogo democrático. Por isso mesmo, entro e introduzo o debate político e exponho os contra-argumentos ao que tenho  visto: mais do mesmo. O fato é que não teremos uma eleição para a escolha do melhor nome se os nomes colocados não forem portadores das melhores idias e melhor plano de governo. Sem o debate acirrado nas prévias, as mesmas cartas marcadas impondo sua candidatura ou de seu laranja mais verde ira prevalecer. E, precisamos elevar o nível do debate de idéias para que não vire troca de ameaças e só xingamentos. Vamos ao confronto de idéias que o nome surgirá.

Nas democracias modernas que funcionam a pleno vapor, como na França, Inglaterra e Estados Unidos, todo candidato deve passar por uma campanha e debater suas idéias nas prévias partidárias, como um primeiro passo para ser candidato,ou seja, dentro da própria legenda e só depois de escolhido dentro do partido,  e não apontando por imposição de  um tirano qualquer´, dono do partido, é que se indica o candidato. O partido é quem depois de debater internamente e votar tem o seu candidato, aquele de maior consenso ou o que for mais votado internamente. Por aqui temos práticas diferentes. Um "nome" sai na frente se candidata for "à vulso" lançada pelo próprio "lobo solitário", ou se o nome for indicado  por algum poderoso - tirano - para que o herdeiro político de sua dinastia, vá ocupar "seu lugar no trono" para continuar mandando como em capitanias hereditárias.

Ora, penso que ninguém votaria em  um candidato preguiçoso e que não pega pesado em relação ao trabalho - tem que dormir tarde e acordar cedo para mostrar que é guerreiro. Mas, não basta a força bruta no trabalho. Precisa que o candidato seja planejador e que discuta seu planejamento com pessoas competentes em cada área - plano de governo. O candidato tem que ter ficha-limpa. O candidato tem que cumprir o que prometeu. O candidato precisa conhecer tecnicamente e politicamente o município. Mesmo com todos esses atributos o candidato precisa ir a público debater suas ideias, entrar no debate de corpo aberto para que saibamos em quem estamos votando. Quando se vai a público pessoa a pessoa, em pequenos grupos ou através da mídia se está fazendo compromissos. A política de pé-de-ouvido leva a cegueira na hora do voto. O candidato precisa se expor antes da eleição e fazer promessas para a cidade não para um pequeno grupo e cidadãos que é acostumado a entrar no escambo.

O nome preferido numa lista de nomes ainda não é "o nome". Ainda não é o candidato quanto mais o eleito. É apenas uma pessoas convocada para o debate político. São as idéias desse "nome" debatidas publicamente que irão dar alguma garantia de que temos um bom candidato que provavelmente será um grande gestor. E, por que os nomes vem antes das ideias? Por interesses particulares de grupos? Por que os candidatos não gostam de se expor nos debates públicos? Por que não são competentes ou por que tem algo a esconder? Por que são analfabetos políticos? Medo do debate? Se tem, não pode ser eleito, pois assim procedendo, será uma interrogação como gestor. Quem já foi eleito em pleitos anteriores tem prioridade? Não. Cada eleição tem suas particularidades. Nestas eleições que se aproximam "mensalão" e o "petrolão"  serão exemplos de como se erra ao escolher um nome bonitinho, indicado por um político conhecido ou fruto do marketing fantasioso e rasteiro, quando não mentiroso com o intuito de fazer um estelionato eleitoral.Ou então, receber homenagem e aplausos de quem troca o voto por favor pessoal. Mas, claro que precisamos olhar o passado de quem vai se candidatar para ser gestor de um município, de todos nós dentro do município,  e não só dos seguidores de algumas seitas, senão incorreremos em erros graves como já tem acontecido, abundantemente.

Estamos vendo, portanto, que não precisa ser candidato para influir no pleito. Antes do nome, a cidadania. Antes do nome, as idéias. Antes dos nomes, as prévias dentro do partido ou do grupo político a que pertence o candidatável. Listas de candidatos não são diferentes de listas de supermercado sem o pleno e imperativo debate político. Quem tem medo do debate político?

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

GRANA NO RALO DA CORRUPÇÃO

Dinheiro do petrolão comprou base aliada, diz executivo

Vice-presidente da construtora diz que estatal era utilizada por diretores para arrecadar dinheiro para distribuição de propina e engordar caixas de partidos

Laryssa Borges, de Brasília
Gerson de Mello Almada, da Engevix
Gerson de Mello Almada, da Engevix (Eduardo Maia/DN/D.A Press)
'A antes lucrativa sociedade por ações, a Petrobras, foi escolhida para geração desses montantes necessários à compra da base aliada do governo e aos cofres das agremiações partidárias'
O vice-presidente da construtora Engevix, Gerson de Mello Almada, preso na sétima fase da Operação Lava Jato, apresentou nesta quarta-feira defesa à Justiça Federal do Paraná em que afirma que foi “extorquido” pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e diz que só pagou propina em contratos com a estatal porque o então dirigente “exigia” o desembolso dos recursos e “ameaçava” os empresários. “O que ele [Paulo Roberto Costa] fazia era ameaçar, um a um, os empresários, com o poder econômico da Petrobras. Prometia causar prejuízos no curso de contratos. Dizia que levaria à falência quem contrastasse seu poder, sinônimo da simbiose do poder econômico da megaempresa com o poder político do governo”, relata a defesa.
Para Almada, a Petrobras não pode ser considerada “vítima” do esquema criminoso, e sim uma engrenagem do petrolão, já que teria sido utilizada como forma de arrecadar dinheiro para a distribuição de propina e para a engorda de caixas de partidos políticos. “O pragmatismo nas relações políticas chegou a tal dimensão que o apoio no Congresso Nacional passou a depender da distribuição de recursos a parlamentares. O custo alto das campanhas eleitorais levou, também, à arrecadação desenfreada de dinheiro para as tesourarias dos partidos políticos. Não por coincidência, a antes lucrativa sociedade por ações, Petrobras, foi escolhida para geração desses montantes necessários à compra da base aliada do governo e aos cofres das agremiações partidárias”, afirma. A defesa insinua ainda que a decisão de colocar a petroleira como “vítima” de um esquema criminoso serviria para preservar a estatal, que tem capital aberto e está listada em bolsa.
“[Almada] tem em comum com os demais presos – e boa parte do empresariado – o fato de ser testemunha ocular do possível maior estratagema de pilhagem de recursos públicos visto na história recente. Compõe, tão só, o grupo de pessoas que pecaram por não resistirem à pressão realizada pelos porta-vozes de quem usou a Petrobras para obter vantagens indevidas para si e para outros bem mais importantes na República Federativa do Brasil”, completa. “Diz que a acusação recai sobre os empreiteiros, e não diretamente sobre a Petrobras. Com isso, quer-se disfarçar do grande público, dos investidores, a realidade simples: a sociedade por ações foi utilizada, pelo controlador, para fins ilegais, graças à atuação e à omissão de seus administradores, cooptados para o objetivo ilegítimo de poder político”.
Em documento encaminhado ao juiz Sergio Moro, o executivo segue o exemplo dos demais empreiteiros encarcerados por participação no petrolão e pede a anulação de provas, defende novas perícias em contratos firmados com a petroleira, critica o vazamento de informações sigilosas e contesta documentos apreendidos em busca e apreensão. O executivo da Engevix inova, porém, ao pedir nos autos que as delações premiadas feitas na Lava Jato sejam anuladas por supostamente não terem sido feitas de forma espontânea.
Para o advogado Antonio Pitombo, que assina a defesa do vice-presidente da Engevix, o conteúdo das delações premiadas do doleiro Alberto Youssef, do ex-diretor Paulo Roberto Costa, do ex-gerente Pedro Barusco e de executivos da empresa Toyo Setal foi considerado automaticamente como verdadeiro pelas autoridades, que teriam direcionado as investigações desde as primeiras delações. “Não é possível delinear os rumos de uma persecução penal, em especial da magnitude da Operação Lava Jato, com base em relatos de delatores em posição subjetiva contrária no campo dos fatos, pois se autorreconheceram como corruptos e corruptores”, alega, insinuando, na sequência, que os delatores podem estar protegendo outras autoridades envolvidas no esquema de corrupção na Petrobras. “Se não pode o delator falar sobre todo o pretenso esquema ilícito, evidente que a ‘verdade’ que chegará aos autos não é a real, mas uma fração que comprometa, em menor proporção, aqueles que ele não está autorizado a referir”, afirma.
O advogado ainda contesta o fato de as delações supostamente não terem sido espontâneas ou resultado do “arrependimento” dos réus colaboradores. Ele pondera que a mesma defensora, Beatriz Catta Preta, não poderia ter atuado em todas as delações, porque os réus têm interesses conflitantes nos processos da Lava Jato. “A delação deveria ter sido espontânea porque a colaboração dos delatores não foi fruto de seu arrependimento, ou de sua vontade de colaborar com a completa elucidação e processamento dos fatos”, diz.


Provas – A exemplo dos demais réus envolvidos no esquema do petrolão, Gerson de Mello Almada contesta a legalidade de sua prisão na carceragem da Polícia Federal do Paraná e afirma que não tem amplo direito de defesa por não saber o conteúdo de todos os documentos que integram o processo e tampouco os detalhes das delações premiadas da Lava Jato. Ele também reclama do compartilhamento de provas de outros processos e dos grampos telefônicos utilizados pelos policiais, segundo ele em tempo superior ao que prevê a lei, e ainda contesta as buscas e apreensões em seu escritório e sua casa: diz que policiais levaram objetivos que não estavam descritos no mandado judicial. 

sábado, 10 de janeiro de 2015

ATENTADO À LIBERDADE DE EXPRESSÃO


NÃO HAVEREMOS DE CEDER 
À BARBÁRIE, por alvaro

Je suis Charlie! Para que a imagem humana não se deforme socialmente.





Devemos condenar e combater a barbárie, venha de onde vier, seja em nome de quem for. Em relação ao recente atentado em Paris por grupos extremistas que eliminaram o grito dos inconformados contra a tirania do poder de um bloco, um dos caminhos - em relação ao Islã - é pressionar todos os islamitas para que eles diminuam o espaço dos radicais e trave  combate contra eles dentro da própria comunidade islâmica. Que eles se entendam ou se desentendam. mas que ofereçam a solução a quem não considera o profeta vingado nem tem o profeta como simbolo religioso máximo e inatacável. Como distinguir entre os radicais, os fundamentalistas, se eles, todos, evocam a religião que seguem como balizamento para sua direção, o sentido de sua vida e seus atos cotidianos. Se os terroristas evocam e dizem querer vingar Maomé por que alguém retratou Maomé, o diálogo está interditado. Maomé é sagrado e intocável para quem? Para toda a humanidade, ou para um grupo? Não podemos ceder nenhum espaço para quem quer reprimir a liberdade para que não condenemos os que estão fora do poder à depressão e submissão total como já é fato no mundo todo. Por acasa os "contratados" pelo executivo em todas as instâncias - federal, estadual e municipal - não vendem sua alma junto com a força de trabalho e se anulam politicamente por falta de ação socialmente consequente para se organizar e exigir concurso público para o quadro efetivo em todos os níveis?

 Ceder às baionetas e balas de canhões, concreto ou simbolicamente, e submeter-se calado a quem detém o poder sem conceder direitos, é estar vivo sem viver - vegetando, apenas. A crítica é a voz das oposições contra a tirania de quem detém o poder. E, é assim que funciona a democracia no ocidente. Pois, nas democracias modernas, a política é a opção à guerra. E o estado é laico, ou seja, sem poder político miscigenado a este mesmo Estado. Para fazer política em oposição a algum poder constituído, é preciso que se tenha, e que cada um se dê o direito sagrado de contraditar: falar, desenhar, reunir-se, opor-se. Faz-se necessário criticar, fiscalizar, denunciar... Ou, as oposições estão sentenciadas à morte como ente político e atores da cidadania? E, ainda: bala de metralhadora se combate com bala de metralhadora como ação de legítima defesa. Que vença o mais hábil quando atacado para que não voltemos às cavernas. Se, quem quer que seja, começar uma guerra religiosa - a tão propalada guerra santa - teremos, nós ocidentais que nos defendermos, pois não haveria outra opção. iríamos responder às balas dos fuzis oferecendo rosas. O que não devemos é começar ou provocar a guerra, muito menos a guerra santa, ou incitar a população para o combate armado e para a violência e o ódio racista. Algumas "seitas" pois não podemos falar de religião as "seitas", tem, outras outras opções de fé religiosas como alvo a ser eliminado pelo ódio em estado puro, com objetivos planejados, como meta a ser alcançada a qualquer custo, mesmo que à bala, contra civis indefesos. Uma guerra não declarada. Um simples ato de barbárie.Ninguém vai segurar os bárbaros a não ser com o enfrentamento, inicialmente com ações políticas, mas se preciso for, com ações militares de defesa. 

Certo é que, nem um centímetro da liberdade de expressão tão duramente construídas, deve ser cedido. Não se pode conceder a essência da vida. Melhor, quem sabe, é conceder a vida à aceitar a escravidão civilizatória. A desintegração moral.

O mundo é como é - dominadores esmagando dominados - por que muitos parasitas sociais são moralmente frouxos - cagões que invocam o deixa-disso, o deixa-prá-lá, o vamos acomodar. Tudo para não sair de sua zona de conforto. Tudo por mera covardia moral bajulatória. Por mera e simples covardia. Tudo por falta de escrúpulo intelectual. 

Do que adianta ser exemplo de complacência com o terrorismo ou com a roubalheira oficial? Do que adianta estar inteiro e vivo fisicamente em carne e osso e deteriorado moralmente por conivência com os tiranos. Meramente covardes, é o que são. Para resumir em uma palavra, repito: "calças borradas". Preferem morrer moralmente e continuar bajulando os poderosos para preservar um corpo dito inteiro, sem nenhum arranhão, mas não lutam. Vivem e apodrecem frouxos e incapazes de lutarem para mudar uma situação política por mero comodismo social. Em troca de uma propina ou de um emprego. Entrar em casa de bandido oficial para paparicar, apenas por medo de  uma simples diarreia moral é simplesmente lastimável. Mais do que isso, é irresponsavelmente condenável. São elementos do tipo: fumou mas não tragou. Transgridem mas não confessam.

Não podemos pedir licença para andar nas ruas. Nunca. Não precisamos de aprovação para criticar quem está no poder pois, quem ocupa este lugar tem que aceitar ser alvo de críticas pela simples necessidade de sobrevivência dos derrotados politicamente num pleito. Por que ganhar um pleito político não dá o direito de posse do mundo. O lugar de quem perde é a oposição. 

O direito de expressar qualquer opinião publicamente, ou  particularmente, deve ser visto como natural nas democracias. Mas, nunca é assim nas teocracias e nas oligarquias. Ou, secretamente através do voto. podemos desenhar o mundo social ao contrário do sentido do voto para proveito pessoal. Quem bota no trilho uma sociedade moderna, livre e democrática, é a atitude politicamente independente e altiva dos membros desta mesma sociedade. 

Liberdade, fraternidade e igualdade não pode ser lema de covardes e de enganadores. Não pode ser usados por pequenas oficinas de fundo de quintal travestidas de paraísos. Por isso, a França não se dobrou e os franceses se tornaram majoritariamente Charlie. Por isso, também, o Brasil não é a França - conforme De Goule já tinha sentenciado. 

Por isso, também: Je suis Charlie!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

LIBERDADE, LIBERDADE - PARIS

Hoje, em Paris, tentaram provar, mais uma vez, que balas são mais poderosas que canetas e teclados.
Quando jornalistas são assassinados, isto é feito para amedrontar,intimidar e silenciar toda uma profissão. Quem não tem medo do quarto poder? E sem uma imprensa livre, quem nos guardará dos guardiões?
  • Alvaro Camamu Mas, nem ameaças nem balas vencem a inteligência humana nem a liberdade de opinião. Balas podem matar pessoas mas, não matam idéias, nem matam caráter.

  • Mas não se matam cavalos?
    Na obra genial de Horace Mccoy , um retrato da depressão dos anos de 1930 e a Grande Depressão americana.
    Era comum, à época, casais dançarem horas (e dias) a fio por algum dinheiro, onde se esperava alguma salvação ao que viviam. A miséria e falta de perspectiva de vida.
    Uma aberração social com justificativa do desespero.
    Como o mundo mudou, desde então.
    Mas, hoje se matam chargistas. Em nome não mais da sobrevivência. Mas da certeza que somente o sectarismo radical – o fundamentalismo – pode proporcionar.
    São jornalistas. Um tipo especial deles. Como um Chico Caruso, que nos Roda-Vivas da TV Cultura faz ao vivo, o que a maioria só conseguirá fazer – escrevendo – horas após, através de laudas escritas.
    O poder da síntese. A primeira linha de gente contra absurdos e desvios éticos. O humor aliado ao esclarecimento. A LIBERDADE exercida em cada traço.
    Mas não se matam outros?
    Sim. Infelizmente sim. Terroristas não escolhem alvos. Preferem escolher o terror de atacar a quem não se imagina ser a meta de tamanho ódio. São inocentes. Pois estes não reagem. E assim, como em uma guerra de só um exército, os bárbaros sabem usar a covardia.
    Hoje, o fundamentalismo foi além do terror. Atingiu, com um golpe certeiro, a liberdade de imprensa, o savoir faire de quem usa a inteligência e mordacidade para transformar o mundo e transformar os absurdos no que são: absurdos ainda maiores.
    Mas não se matam cavalos? Sim, se matam. E a outros. Matam seres humanos. A democracia. A diversidade religiosa. A dignidade da transcendência.
    Como em um novo conto de ficção, assistimos a realidade do absurdo.
    Agora não mais uma dança de dias em busca de alguns trocados por sobrevivência.
    Os valores são outros. O medo, terror, intimidação e silêncio da imprensa.
    A LIBERDADE de imprensa – e o direito nosso, de leitores – de ter-se acesso por nosso arbítrio ao que ler, ver ou ouvir, é ESSENCIAL para a continuidade de nossa história. De civilização. Da qual os terroristas e censores insistem em não fazer parte.
    Hoje não foram cavalos mortos. Foram jornalistas, na França, por ousarem expor o ridículo da farsa e do sectarismo.
    Talvez fique claro por que PRECISAMOS lutar pela LIBERDADE PLENA da imprensa em todo o mundo. Sem controles, ameaças ou intimidações.
    Afinal um dia alguém perguntou: “mas não se matam cavalos?” para legitimar o absurdo.
    Hoje a resposta é trágica. Não só. Se matam jornalistas que emprestam sua arte e humor e recebem em troca o controle social mais intenso: a pura e simples extinção da existência.
    Sabemos como o terror é. Sabemos como ele começa. Suportamos o crescimento em nome de valores que nos são caros. Nunca imaginamos como termina.
    Um dia, se não lutarmos TODOS os dias, a resposta será diversa: “sim, se matam cavalos, jornalistas e quem mais se oponha ao que penso e exijo!”.
    A raiz do fundamentalismo religioso é a mesma do sectarismo idológico. Ambas nascem de grupos que se acreditam superiores a todos os outros. E que afirma que quem discorda é digno de ser controlado. Ou eliminado? A história nos dá a resposta.
    Hoje em Paris, mataram jornalistas especiais. Para calar o que o jornal CHARLIE (JE SUIS CHARLIE!) representava como LIBERDADE.
    Amanhã, em qualquer lugar do mundo, poderá ocorrer a mesma prática.
    Ou cavalos e jornalistas são a mesma coisa?

sábado, 3 de janeiro de 2015

FOTOS III

03/01/2015
 às 14:00 \ Tema Livre - Ricardo Setti na Veja


FOTOS ESPETACULARES: Conheçam o trabalho de Joel Santos, um acadêmico que se tornou fotógrafo

(Foto: Joel Santos)
Retrato de um pescador na China (Foto: Joel Santos)
Por Tamara Fisch
O fotógrafo português Joel Santos tem um background diferenciado: uma graduação em economia e um mestrado em economia e administração de ciência e tecnologia. Saído do mundo acadêmico, Santos dedicou a última década à fotografia, e o resultado explica a mudança.
Ganhador de diversos prêmios e autor de livros, Joel Santos viaja pelo mundo inteiro para fazer suas fotos. Ele combina o elemento humano com a paisagem e conta histórias por meio de imagens.
Seu trabalho fala por si só. Para saber mais sobre o fotógrafo, visitem seu site.
(Foto: Joel Santos)
O vulcão Kawah Ijen, na Indonésia (Foto: Joel Santos)
(Foto: Joel Santos)
Patagônia, Argentina (Foto: Joel Santos)
(Foto: Joel Santos)
Cratera do vulcão do Corvo, em Açores, Portugal (Foto: Joel Santos)
(Foto: Joel Santos)
Guerreiro da província de Papua Ocidental, na Indonésia (Foto: Joel Santos)
(Foto: Joel Santos)
Elefante órfão no estado de Kerala, na Índia (Foto: Joel Santos)
(Foto: Joel Santos)
Caverna de gelo na Islândia (Foto: Joel Santos)
(Foto: Joel Santos)
Grande Muralha da China (Foto: Joel Santos)
(Foto: Joel Santos)
Meditação em Guilin, na China (Foto: Joel Santos)
(Foto: Joel Santos)
Tempestade no Salar de Uyuni, na Bolívia (Foto: Joel Santos)
(Foto: Joel Santos)
Ilha de Lombok, na Indonésia (Foto: Joel Santos)
(Foto: Joel Santos)
Deserto do Thar, que atravessa as fronteiras entre Índia e Paquistão (Foto: Joel Santos)

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

A VIDA CONTINUA


sai 14 e começa 20015, por alvaro
(REPUBLICAÇÃO)

Último dia do ano. Chegamos ao fim.
O ocaso de um novo ciclo.
FIM DE 14 E COMEÇO DE 15
No entanto
Como todo milagre a vida se renova
Desdobra-se em esperanças.
As pessoas ficam mais amáveis, mais fraternas, mais humanas
Como que nun passe de mágica.
 O ano vai-se, como todos nós um dia
Um de cada vez, cada um na sua hora. Às vezes todos de vez.
Todos irão.
Saltaremos em outro porto, um dia.
Na verdade somos passageiros de um barco cheio de gente
E teremos que saltar e deixar pra trás tanta gente querida
Tanta entes queridos que a gente desejaria fosse eterno.
Quanta saudade na despedida.
Mas, temos que ir seguindo o destino.
A vida não pára e é preciso caminhar.
Tropeçar faz parte, mas persistir é preciso
Na busca do amor, da fraternidade
Na busca do encontro.
E preciso ir ao encontro do outro.

Por isso, não há razões para adiar
 A oportunidade do encontro
Ele é a véspera da separação.
O encontro antecede a despedida
E às vezes não temos outra oportunidade
De chegarmos antes da partida.

Mais que tudo o encontro humano
É a mais rica experiência da vida.
 Nos reconhecemos no outro
Por que sozinhos somos incapazes de nos reconhecermos.
É doloroso mas é preciso reconhecer
Precisamos do outro e existimos por isso.
Precisamos do professor, do vizinho, do amigo...
Pois nos vestimos para sermos vistos
E falamos para sermos ouvidos.
Não podemos adiar o encontro
Amanhã pode ser tarde
Amanhã é outro dia
E o outro pode não estar mais lá.
 Como dói chegar atrasado.
No milagre do encontro, a relação humana
Nos faz renascer. Atualiza-nos.

Às vezes temos divergências.
Mas o que é a divergência
Senão expressão de liberdade e  de individualidade?
E o que é a divergência senão nosso direito de opinião?
Liberdade e divergência é a retratação da presença do outro.

E a verdade?
O que é a verdade senão a nossa própria verdade.
Existem muitas verdades que não a nossa.
É preciso tolerância para ouvir todas as verdades.
Senão não teremos espectadores para ouvir a nossa verdade.

E porque devemos respeitar?
Para que nos respeitem.

E porque devemos amar?
Para que sejamos amados.
Quando não nos sentimos amados
Nos tornamos agressivos e mal humorados
De mal com a vida, amargos, desalmados.
Sem entendermos o segredo sagrado do encontro.
O amor nasce do encontro
Através de nós se torna gente
Por isso essa oportunidade não pode ser negada
Sob pena de negarmos o amor dos homens e o amor de Deus.

O desamor é um processo lento e enviesado de suicídio

Desse modo, o último dia do ano
É véspera do primeiro dia do ano seguinte
Uma oportunidade que a vida nos dá
Para recomeçarmos
Deixando com as cinzas do ano que passou
Nossas amarguras, nossos rancores, nossas mágoas;
O dia do ano seguinte é o dia da esperança
É a porta do templo do encontro
Que nunca é igual a outro dia qualquer
Porque nenhum dia é igual a outro
Como também não há ser humano igual
Somos únicos.

Cada dia é um milagre de Deus
Cada ser humano também é.
E Deus nos deu o ano novo
Para nos renovarmos
Para nos redimirmos
Para perdermos a vergonha de perdoar
Para descermos do pedestal da arrogância
Para irmos ao encontro do outro
O outro, nossa sombra e nossa projeção
O outro nós mesmos.
O Grande outro, Jesus Cristo.