segunda-feira, 30 de junho de 2014

LOBÃO É DESTAQUE E INDEPENDÊNCIA

30/06/2014
 às 15:37 - Reinaldo Azevedo na Veja


EM PRIMEIRA MÃO: A MÚSICA DE LOBÃO PARA A LISTA NEGRA DE JORNALISTAS CRIADA PELO PT. DIVULGUEM!


O cantor, compositor e colunista Lobão: retrato de um tempo numa canção
Vamos lá. O cantor e compositor Lobão, também colunista da VEJA, é um dos nove “malditos” que foram parar na lista negra do PT, assinada por Alberto Cantalice, vice-presidente do partido, divulgada no site oficial da legenda e propagada pelos blogs sujos, financiados por estatais. É a verticalização da infâmia, que os fascistoides costumam promover quando chegam ao poder: o estado, o partido e as milícias atuam como ordem unida. Só para lembrar: os outros oito da lista somos eu, Augusto Nunes, Diogo Mainardi, Demétrio Magnoli, Arnaldo Jabor, Guilherme Fiuza, Marcelo Madureira e Danilo Gentilli. Essa é apenas a fornada inicial do nacional-socialismo petista. Se o partido vencer a eleição, certamente a lista será ampliada. A “Repórteres Sem Fronteiras”, a mais importante entidade internacional de defesa da independência jornalística, expressou o seu repúdio. Janio de Freitas, por sua vez, preferiu repudiar a… “Repórteres Sem Fronteiras”. Entenderam?
Adiante! Lobão fez uma música retratando, digamos assim, a alma profunda dos “companheiros” e evidenciando o espírito destes tempos. Chama-se “A Marcha dos Infames”. Ouçam e divulguem. Na sequência, publico a letra e um breve comentário a respeito.

A MARCHA DOS INFAMESAqueles que não são
E que jamais serão
Abusam do Poder,
Demência e obsessão.
Insistem em atacar
Com as chagas abertas do rancor,
E aos incautos fazer crer
Que seu ódio no peito é amor
Tanto martírio em vão,
Estupro da nação,
Até quando esse sonho ruim,
esse pesadelo sem fim?
Apedrejando irmãos
E os que não são iguais,
A destruição é a fé,
E a morte e a vida, banais.
E um céu sem esperança,
A Infâmia cobriu,
Com o manto da ignorância,
O desastre que nos pariu.
E o sangue dos ladrões
De outros carnavais
Na veia de vilões,
tratados como heróis.
E até quando ouvir
Cretinos e boçais
Mentir, mentir, mentir,
Eternamente mentir?
Mas o dia chegará
Em que o chão da Pátria irá tremer,
E o que não é não mais será
Em nome do povo, o Poder.
RetomoAdequando o comentário a estes dias, gol de placa de Lobão, na letra e na melodia! Reparem que o autor recorre a uma marcha propriamente, de caráter marcial mesmo, evidenciando o espírito da soldadesca sem uniforme do petismo — afinal, essa gente é uniformizada por dentro, não é mesmo?
Na letra — que, é claro!, faz uma denúncia da maior gravidade —, Lobão apela a um tom a um só tempo grandiloquente e meio farsesco, como a evidenciar a truculência cafona e vigarista dos fascistoides de plantão.
Há dois trechos que chamam particularmente a minha atenção:
E o sangue dos ladrões
De outros carnavais
Na veia de vilões,
tratados como heróis.Na mosca! O poder, hoje, no Brasil mistura o sangue do velho patriomonialismo — que forjou ao menos uns dois séculos de atraso — com o do novo patrimonialismo, que pretende liderar o atraso dos séculos vindouros. E gosto particularmente da última estrofe:Mas o dia chegaráEm que o chão da Pátria irá tremer,E O-QUE-NÃO-É não mais seráEm nome do povo, o Poder.
Tomei a liberdade de escrever em maiúsculas e usando hífen “O-QUE-NÃO-É”. É preciso que se entendam essas palavras como uma unidade semântica para que se perceba o seu caráter de sujeito do verbo “será”. “O-QUE-NÃO-É” dispensa predicativos; trata-se do falso, do engodo, da trapaça histórica, da vigarice, da mentira em si.
Divulguem por todos os meios a música de Lobão. Aí está o retrato de uma era. É uma canção de protesto destes tempos. Afinal, os “protestadores” de carteirinha do passado — Chico & Seus Miquinhos Amestrados” — estão calados diante de listas negras. Eles criavam metáforas contra a ditadura militar no passado não porque fossem, por princípio, contra ditaduras e perseguições. Opunham-se àquela ditadura em particular, mas não a outras. E julgavam que o regime não podia perseguir “as pessoas erradas”. Quando persegue “as certas”, tudo bem!
Não por acaso, nunca se opuseram a ditadura cubana. No fim das contas, foi Cuba que os pariu. A música de Lobão expõe farsantes do presente e do passado.
Por Reinaldo Azevedo

MUITO GRANDE, ENORME

28/06/2014
 às 8:06 \ Feira Livre - Augusto Nunes


A árvore que não cabe numa foto só

Ela está no Sequoia National Park, o célebre abrigo de árvores gigantes ao sul da Califórnia, nos Estados Unidos. The Presidente Tree, ou “A Árvore Presidente”, ganhou este nome há 90 anos, tamanha a admiração dos que lhe observam. O tronco, com 75 metros de altura, se mantém sobre uma base de 8,5 metros de diâmetro e sustenta quase 2 bilhões de folhas. Aos 3.200 anos, a Presidente continua a crescer precisamente 1 m³ por ano e é a segunda maior árvore em volume do mundo, atrás apenas da General Sherman – outra sequoia, com 82,6 metros de altura e 7,8 metros de diâmetro na base.
De tão portentosa, a Presidente nunca havia sido eternizada numa única imagem até que, em novembro de 2012, o fotógrafo Michael Nichols, da revista National Geographic, dedicou-se a superar o desafio em duas semanas. Depois de dividir a árvore em 126 fotos, juntou-as numa só. Confira algumas etapas do trabalho que resultou na imagem que mostra a Presidente em sua gloriosa inteireza:
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Assista abaixo ao vídeo da National Geographic que registrou o desafio dos cientistas e fotógrafos que se propuseram a fazer com que a Presidente coubesse numa única imagem:

domingo, 29 de junho de 2014

VIDA E FARSA DE FIDEL

29/06/2014
 às 19:00 \ Vasto Mundo

UM ESPANTO: Fidel Castro e sua inacreditável ilha particular (que não é Cuba)

PARAÍSO SECRETO — Localizada a 15 quilômetros do litoral sul de Cuba, Cayo Piedra é, desde a década de 60, o refúgio particular e preferido de Fidel Castro (Foto: Reprodução/VEJA)
PARAÍSO SECRETO — Localizada a 15 quilômetros do litoral sul de Cuba, Cayo Piedra é, desde a década de 60, o refúgio particular e preferido de Fidel Castro (Foto: Reprodução/VEJA)
A ILHA DO CARA
Revelado o segredo dos altos índices de desenvolvimento humano em Cuba.
Eles devem estar sendo medidos na ilha privativa de Fidel Castro, um paraíso nababesco
Reportagem de Leonardo Coutinho publicada em edição impressa de VEJA
Cultuado pelos partidos de esquerda do Brasil e da América Latina, Fidel Castro vende com facilidade a falsa imagem do revolucionário despojado, metido antes em farda de campanha e, agora, na decrepitude, em agasalhos esportivos Adidas que ganha de presente da marca alemã.
Inúmeros relatos de pessoas que privaram da intimidade de Fidel haviam arranhado a aura de asceta do ditador cubano. Sabia-se que ele manda fazer suas botas de couro, sob medida, na Itália; que tem um iate e um jato particulares; come do bom e do melhor – enfim, nada diferente da vida luxuosa levada, em despudorado contraste com a miséria do povo, por tantos ditadores de todos os matizes ideológicos no decorrer da história.
Mas, como manda o manual do esquerdismo latino-americano, que nunca conseguiu se afastar do culto ao caudilhismo populista, se a realidade sobre Fidel desmentir a lenda, que prevaleça a lenda. Assim, a farsa sobrevive. Assim, as novas gerações vão sendo ludibriadas.
Resta ver se a farsa vai resistir às revelações sobre a corte de Fidel que aparecem na autobiografia de um ex-guar­da-costas do ditador, Juan Reinaldo Sánchez. O livro, que está chegando às livrarias brasileiras no fim de junho com o título A Vida Secreta de Fidel (Editora Paralela), revela excentricidades que seriam aberrantes mesmo para um bilionário capitalista.
Algum rentista de Wall Street tem uma criação particular de golfinhos destinados unicamente a entreter os netos?
Fidel tem.
Os líderes das empresas mais valorizadas do mundo, Google e Apple, que valem centenas de bilhões de dólares, são donos de ilhas particulares secretas, vigiadas por guarnições militares e protegidas por baterias antiaéreas?
Com um total de 1,5 quilômetro de extensão, as duas ilhotas têm uma estrutura luxuosa e recebem exclusivamente familiares e amigos íntimos do ditador (Foto: Reprodução/VEJA)
Com um total de 1,5 quilômetro de extensão, as duas ilhotas têm uma estrutura luxuosa e recebem exclusivamente familiares e amigos íntimos do ditador (Foto: Reprodução/VEJA)
Fidel tem tudo isso em sua ilha – e não se está falando de Cuba, que, de certa forma, é também sua propriedade particular.
O que o ex-guarda-costas revela em detalhes é a existência de uma ilha ao sul de Cuba onde Fidel Castro fica boa parte do seu tempo livre desde a década de 60. Nada mais condizente com uma dinastia absolutista do que uma ilha paradisíaca de usufruto exclusivo da família real dos Castro.
Juan Reinaldo Sánchez narra a liturgia diária do séquito de provadores oficiais que experimentam cada prato de comida e cada garrafa de vinho que chegam à mesa do soberano para garantir que não estejam envenenados. “A vida inteira Fidel repetiu que não possuía nenhum patrimônio além de uma modesta cabana de pescador em algum ponto da costa”, escreve Sánchez no seu livro.
A modesta cabana de Fidel é uma imensa casa de veraneio de 300 metros quadrados plantada em Cayo Piedra, ilha situada a 15 quilômetros da Baía dos Porcos, no mar caribenho do sul de Cuba. Quando Fidel conheceu Cayo Piedra, logo depois do triunfo de sua revolução de 1959, o lugar lhe pareceu o refúgio ideal para alguém decidido a nunca mais deixar o poder.
Eram duas ilhotas desertas sobre um banco de areia com uma rica fauna marinha. Condições excelentes para a caça submarina, um dos passatempos do soberano resignatário de Cuba. Muito se especulava sobre a existência do resort de Fidel, mas sua localização só se tornou conhecida agora, depois da publicação do livro de Sánchez.» Clique para continuar lendo e deixe seu comentário

PT ACUADO

27/06/2014
 às 3:34 - Reinaldo Azevedo na Veja


Acuado, o PT decide acionar a tecla da intolerância, com decreto bolivariano e lista negra de jornalistas

José Serra escreveu no Estadão de ontem um excelente artigo sobre a decadência do petismo e sua guinada autoritária — dentro do autoritarismo que já está na sua origem. Explica a razão do desarvoramento do partido e aponta como evidências do destrambelhamento o decreto bolivariano da presidente Dilma e a lista negra de jornalistas. Leiam trechos:
*
O PT não é um partido muito tolerante já a partir de seus próprios pressupostos originais e de seu nome: quem se pretende um partido “dos” trabalhadores, não “de” trabalhadores, já ambiciona de saída a condição de monopolista de um setor da sociedade. Mais ainda: reivindica o poder de determinar quem pertence, ou não, a essa categoria em particular. Assim, um operário que não vota no PT, por exemplo, não estará, pois, entre “os” trabalhadores; do mesmo modo, o partido tem conferido a “carteirinha” de operário padrão a pessoas que jamais ganharam o sustento com o fruto do próprio trabalho.
A fórmula petista é conhecida: a máquina partidária suja ou lava reputações a depender de suas necessidades objetivas. Os chamados bandidos de ontem podem ser convertidos à condição de heróis e um herói do passado pode passar a ser tratado como bandido. A única condição para ganhar a bênção é estabelecer com o ente partidário uma relação de subordinação. A partir daí não há limites. Foi assim que o PT promoveu o casamento perverso do patrimonialismo “aggiornado”, traduzido pela elite sindical, com o patrimonialismo tradicional, de velha extração.(…)Não tendo mais auroras a oferecer, não sabendo por que governa nem por que pretende governar o País por mais quatro anos, e percebendo que amplos setores da sociedade desconfiam dessa eterna e falsa luta do “nós” contra “eles”, o petismo começa a adentrar terrenos perigosos. Se a prática não chega a ameaçar a democracia – tomara que não! –, é certo que gera turbulências na trajetória do País. No apagar das luzes deste mandato, a presidente Dilma Rousseff decide regulamentar, por decreto – quando poderia fazê-lo por projeto de lei –, os “conselhos populares”. Não por acaso, bane o Congresso do debate, verticalizando essa participação, num claro mecanismo de substituição da democracia representativa pela democracia direta. Na Constituição elas são complementares, não excludentes. Por incrível que pareça – mas sempre afinado com o bolchevismo sem utopia –, o modelo previsto no Decreto 8.243 procura substituir a democracia dos milhões pela democracia dos poucos milhares – quase sempre atrelados ao partido. É como se o PT pretendesse tomar o lugar da sociedade.
Ainda mais detestável: o partido não se inibe de criar uma lista negra de jornalistas – na primeira fornada estão Arnaldo Jabor, Augusto Nunes, Reinaldo Azevedo, Diogo Mainardi, Guilherme Fiuza, Danilo Gentili, Marcelo Madureira, Demétrio Magnoli e Lobão –, satanizando-os e, evidentemente, expondo-os a riscos. É desnecessário dizer que tenho diferenças, às vezes severas, com vários deles. Isso é parte do jogo. É evidente que o regime democrático não comporta listas negras, sejam feitas pelo Estado, por partidos ou por entidades. Mormente porque, por mais que se possa discordar do ponto de vista de cada um, em que momento eles ameaçaram a democracia? Igualmente falsa – porque há evidência dos fatos – é que sejam tucanos ou “de oposição”. Não são. Mas, e se fossem? Num país livre não se faz esse tipo de questionamento.
Acuado pelos fatos, com receio de perder a eleição, sem oferecer uma resposta para os graves desafios postos no presente e inexoravelmente contratados para o futuro, o PT resolveu acionar a tecla da intolerância para tentar resolver tudo no grito. Cumpre aos defensores da democracia contrariar essa prática e essa perspectiva. Não foi assim que construímos um regime de liberdades públicas no Brasil. O PT está perdendo o eixo e tende a voltar à sua própria natureza.
Leia a íntegra aqui
Por Reinaldo Azevedo
27/06/2014
 às 1:01

Pezão afirma que Aécio terá mais apoio que Dilma entre partidos de coalizão no Rio

Por Daniel Haidar, na VEJA.com:
Na convenção que confirmou sua candidatura à reeleição, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou nesta quinta-feira que o tucano Aécio Neves deve ter a maior base de apoio da coligação majoritária liderada pelos peemedebistas no Estado. Nacionalmente, o PMDB fechou apoio à candidatura da presidente Dilma Rousseff, mas uma rebelião fluminense liderada pelo presidente da agremiação no estado, Jorge Picciani, converteu a máquina do partido ao movimento Aezão, com o objetivo de buscar votos em Aécio para presidente e Pezão para governador. De acordo com Pezão, mais da metade dos 18 partidos da coligação vai concentrar esforços em apoiar a campanha de Aécio. Ele afirmou que sete ou oito partidos estarão empenhados na reeleição de Dilma. Já o PSC tem candidato próprio, o pastor Everaldo. Pela manhã, Pezão tinha afirmado apoio a presidente Dilma, mas no discurso na convenção ele não citou nenhum candidato.
“Darei tratamento igualitário a todos os partidos. Mais da metade da coligação está com Aécio e sete ou oito estão com Dilma”, afirmou Pezão. O pastor Everaldo, presidenciável do PSC, subiu ao palanque ao lado de Pezão e brincou com os militantes que o movimento importante era o “Evezão”, voto em Everaldo e Pezão. “Falam de um movimento de outro candidato e você. Mas o que teremos é Everaldo e Pezão, o Evezão”, afirmou. Antes da fala de Pezão, iniciada com uma chuva de papel, outros políticos discursaram alternando pedidos de votos para Dilma e para Aécio. Na frente dos militantes, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), amenizou a frente de briga que comprou com o presidente do PMDB fluminense, Jorge Picciani, ao defender uma mobilização de prefeitos em favor de Dilma. Picciani, que lidera o Aezão, cobrou fidelidade partidária de Paes depois que o prefeito defendeu voto na presidente. Paes minimizou a divergência.
“Esse time está unido para eleger Pezão e não vai se dividir jamais”, discursou Paes. Os delegados com poder de voto na convenção aprovaram a coligação majoritária do PMDB no Rio com outros 17 partidos (PDT, PP, PSD, PTB, PSC, PSDB, PPS, DEM, PTN, PEN, PSL, PMN, PTC, PRP, PSDC, PRTB e SDD) e a lista de candidatos a deputado federal e estadual. Também foi delegado à comissão executiva efetivar deliberações futuras sobre a inclusão, ou exclusão, de partidos da coligação.
Por Reinaldo Azevedo

quinta-feira, 19 de junho de 2014

ELETRICIDADE E OBESIDADE

Tratamento

EUA estudam aprovar estimulação elétrica contra obesidade

Reunião do FDA discutiu eficácia de implante que envia sinais elétricos a nervo responsável por aumentar o apetite

Obesidade: Novo implante pode ser alternativa à cirurgia bariátrica
Obesidade: Novo implante pode ser alternativa à cirurgia bariátrica (Thinkstock)
Os Estados Unidos estão discutindo a possibilidade de aprovar um implante que emite estímulos elétricos ao estômago do paciente para tratar a obesidade. A ideia é que o dispositivo seja indicado a obesos que não tiveram sucesso em reduzir o peso com abordagens tradicionais, como dieta e medicamentos, e que não querem, ou não podem, ser submetidos à cirurgia bariátrica.
Em reunião realizada nesta terça-feira, especialistas do órgão regulatório americano, o Food and Drug Administration (FDA), discutiram a eficácia e a segurança do dispositivo, que recebeu o nome de Maestro Rechargeable System e é fabricado pelo laboratório EnteroMedics.
A maioria dos nove participantes do encontro considerou que o implante é seguro e que os benefícios do dispositivo superam os seus riscos. No entanto, apenas quatro votaram “sim” quando questionados se tinham certeza sobre a eficácia do produto. Esse tipo de reunião não necessariamente determina as decisões da agência americana, mas é comum que exerça grande influência.
O implante em discussão envia estímulos elétricos de alta intensidade e bloqueia nervos localizados em volta do estômago do paciente. Esses nervos são responsáveis por controlar a digestão e enviar ao cérebro o sinal que desencadeia a fome. Ao ter essa ação bloqueada, o apetite do paciente diminui e a sensação de saciedade aumenta. O dispositivo deve ser implantado sob a pele, na cavidade torácica, em um processo cirúrgico e funciona com uma bateria.
Estudos clínicos já demonstraram a eficácia do dispositivo. Um deles, feito com mais de 200 obesos mórbidos, implantou o produto em parte dos indivíduos e, no restante deles, implantou um dispositivo falso. Durante um ano, os participantes que receberam o dispositivo verdadeiro perderam 24% de seu peso inicial, em média. Entre os outros indivíduos, essa redução foi de 16%. Efeitos adversos associados ao implante, como dores gastrointestinais, foram apresentados por 4% dos participantes.
O produto tem aprovação apenas na Austrália.

Opções à dieta para emagrecer

VITAMINA D E MENOR RISCO DE DOENÇAS

Nutrição

Vitamina D pode evitar mortes por câncer e doenças cardiovasculares

Estudo observou que prevalência de mortes causadas por essas doenças é maior entre pessoas com baixos níveis do nutriente

Vitamina D: Fonte principal do nutriente é a luz solar
Vitamina D: Fonte principal do nutriente é a luz solar (Thinkstock)
Apresentar baixos níveis de vitamina D no organismo pode aumentar o risco de morte por diversas doenças, inclusive as cardiovasculares e o câncer, de acordo com um estudo alemão publicado nesta terça-feira. Segundo os pesquisadores, é possível que o nutriente exerça um papel importante na melhora do prognóstico dessas condições e que, portanto, seja um aliado no tratamento delas.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Vitamin D and mortality: meta-analysis of individual participant data from a large consortium of cohort studies from Europe and the United States​

Onde foi divulgada: British Medical Journal (BMJ)

Quem fez: Ben Schöttker, Rolf Jorde, Hermann Brenner professor e outros

Instituição: Centro Alemão de Pesquisa para Câncer, Alemanha

Resultado: Pessoas com baixos níveis de vitamina D correm um maior risco de morrer por doenças cardíacas e câncer.
O trabalho foi realizado no Centro Alemão para Pesquisa em Câncer e divulgado no periódico British Medical Journal (BMJ). As conclusões se basearam nos dados de 26.000 pessoas de 50 a 79 anos dos Estados Unidos e Europa que foram acompanhadas durante 16 anos. Nesse período, houve 6.695 mortes – 2.624 por doenças cardiovasculares e 2.227 por câncer. 
Os autores identificaram que as pessoas com os menores níveis de vitamina D foram 57% mais propensas a morrer por qualquer causa durante o estudo em comparação com as que apresentavam os maiores níveis do nutriente no organismo. Esse risco foi semelhante quando os pesquisadores avaliaram apenas as mortes provocadas por doenças cardiovasculares.
Além disso, a pesquisa indicou que menores níveis de vitamina D aumentam em até 70% as chances de morte por câncer — mas apenas entre pessoas que já haviam apresentado a doença antes de o estudo começar.
Segundo os autores, é provável que a vitamina D ajude no combate a doenças cardiovasculares e câncer, mas essa conclusão deve ser comprovada em novos e mais aprofundados estudos. Mesmo assim, a equipe acredita que a pesquisa tem uma grande relevância na saúde pública, mostrando que o combate à deficiência em vitamina D deve ser uma prioridade.

Oito benefícios associados à vitamina D

1 de 8

Gera bebês mais saudáveis

Ter baixos níveis de vitamina D durante a gravidez significa transmitir menor quantidade do nutriente ao futuro bebê — o que pode ocasionar uma série de problemas. Um estudo da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, mostrou que a falta de vitamina D faz com que as mulheres deem à luz bebês com baixo peso, já que sem o nutriente a absorção de cálcio pelo organismo é prejudicada, e o crescimento ósseo, reduzido. Outra pesquisa, britânica, provou que filhos de mães com baixos níveis da vitamina têm chances 5% maiores de desenvolver esclerose múltipla na idade adulta. 
 
 
 

DEPRESSÃO E ATAQUE CARDIACO

Pesquisa

Mulheres com depressão têm mais risco de sofrer ataque cardíaco

Segundo estudo, cada sintoma de depressão eleva a probabilidade de problemas cardiovasculares em 7%

depressão
Pesquisadores alertam que pessoas com depressão procurem ajuda (Thinkstock)
Mulheres abaixo dos 55 anos que sofrem de depressão moderada ou severa têm duas vezes mais probabilidade de sofrer um ataque cardíaco, morrer ou precisar passar por uma angioplastia. Essa foi a constatação de um estudo divulgado nesta quarta-feira pelo periódicoThe Journal of the American Heart Association (Jama).
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Sex and Age Differences in the Association of Depression With Obstructive Coronary Artery Disease and Adverse Cardiovascular Events

Onde foi divulgada: The Journal of the American Medical Association (Jama)

Quem fez: Amit J. Shah, Nima Ghasemzadeh, Elisa Zaragoza‐Macias, Riyaz Patel, Danny J. Eapen, Ian J. Neeland, Pratik M. Pimple, A. Maziar Zafari, Arshed A. Quyyumi e Viola Vaccarino.

Instituição: Univerdade Emory, nos Estados Unidos, entre outras.

Resultado: Em mulheres com 55 anos ou menos, cada sintoma de depressão elevou o risco de problemas cardiovasculares em 7%. Não foi relatada essa relação em homens e mulheres mais velhas.
Os pesquisadores avaliaram os sintomas de depressão em 3 237 pessoas que tinham suspeita ou diagnóstico de doenças do coração. Entre os participantes, 34% eram mulheres, com idade média em 62,5 anos. 
Depois de três anos de acompanhamento, foi constatado que, em mulheres com 55 anos ou menos, cada sintoma de depressão elevava o risco de problemas cardiovasculares em 7%. Esse grupo de risco tinha 2,17 vezes mais probabilidade de sofrer um ataque cardíaco e passar por angioplastia e 2,45 vezes de morrer por qualquer causa do que homens e mulheres mais velhas.
"Todo mundo, principalmente mulheres com menos de 55 anos, precisam encarar a depressão como um problema sério", diz Amit Shah, líder do estudo e professor da Univerdade Emory, nos Estados Unidos. "A doença em si já é um motivo para agir, mas o fato de ela estar associada ao aumento do risco de doença cardíaca e de morte deve motivar as pessoas a procurar ajuda."

Oito sintomas de depressão

1 de 8

Alteração do humor

O principal sintoma da depressão é o humor deprimido, que pode envolver sentimentos como tristeza, indiferença e desânimo. Todos esses sentimentos são naturais do ser humano e nem sempre são sinônimo de depressão, mas, se somados a outros sintomas da doença e persistirem na maior parte do dia por ao menos duas semanas, podem configurar um quadro de depressão clínica. “O humor deprimido faz com que a pessoa passe a enxergar o mundo e a si mesma de forma negativa e infeliz. Mesmo se acontece algo de bom em sua vida, ela vai dar mais atenção ao aspecto ruim do evento. Com isso, o paciente tende a se sentir incapaz e sua autoestima diminui”, diz o psiquiatra Rodrigo Leite, do Instituto de Psiquiatria da USP.

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