quarta-feira, 29 de abril de 2015

SABATINA RIGOROSA NELES


As teses de Fachin e a corrente do ódio. Ou: ele tem o direito de querer destruir a família, e eu, de querer preservá-la. É simples? Por que a braveza de alguns?

Uma corrente de ódio se formou contra mim porque decidi trazer à luz o pensamento vivo de Luiz Edson Fachin, expondo os motivos por que acho que seu nome tem de ser rejeitado pelos senadores.
A boçalidade toma conta do debate. Há cretinos dizendo que estou tentando censurar as pessoas e impedi-las de pensar isso ou aquilo. Uma ova! Elas podem pensar o que lhes der na telha, e eu tenho o direito de dizer se acho que elas devem ou não ir para o Supremo.
Expus um texto em que o doutor flerta com o fim da monogamia, que ela considera um “jugo”. Mas ainda falta muita coisa. Há outras teses exóticas esposadas (sem trocadilho) por ele, além dos direitos da amante.
Ora, que mal há em cobrar que um candidato ao Supremo arque com o peso de suas ideias? Que eu saiba, nenhum! Eu não dou bola para correntes do ódio.
Não é verdade que o cargo de ministro do Supremo é irrelevante para as questões da família. Já vimos, por duas vezes, o tribunal dar interpretações a textos legais que se distanciam do que está escrito: mudou a definição de família que está na Carta (mudou, não adiante negar!) e emendou o Código Penal na questão do aborto. Aliás, a interrupção voluntária da gravidez ainda chegará ao tribunal. Nos dois casos, o STF atuou como se Congresso fosse.
O flerte de Fachin com a poligamia não traduz tudo de que ele é capaz. Na madrugada, vem mais.
“Ah, o Reinaldo quer agora se meter no voto dos senadores…” Eu não! Cada um faça o que quiser e arque com as consequências. Não ofendi doutor Fachin. Não o xinguei. Não o desqualifiquei. Mas estou sendo ofendido, xingado e desqualificado.
Isso demonstra um padrão de debate. Não é o meu. Eu só não quero no Supremo um simpatizante de teses exóticas, que destroem a noção de família. Que mal há nisso? Ele tem o direito de querer destruí-la, e eu tenho o direito de querer preservá-la.
Por Reinaldo Azevedo

A VERDADE DOI

29/04/2015
 Reinaldo Azevedo na Veja.com


O SEGREDO DE ABORRECER É DIZER TUDO: Supremo apenas seguiu a lei ao conceder habeas corpus

Vamos lá. Por três votos a dois, a segunda turma do STF concedeu habeas corpus a Ricardo Pessoa, da UTC, e a mais oito pessoas ligadas a empreiteiras que estavam em prisão preventiva, a maioria desde novembro. Votaram a favor Teori Zavascki, Dias Toffoli e Gilmar Mendes. Opuseram-se Cármen Lúcia e Celso de Mello. Antes que comece o bobajol: se a turma estivesse sem Toffoli, seria 2 a 2, e o empate seria favorável aos réus — logo, seriam soltos do mesmo modo. Eles ficarão em prisão domiciliar, submetidos a algumas outras condições restritivas.
Querem embaixadinha pra torcida? Equilibrismo de bola na ponta da chuteira, na cabeça, nos ombros e outras firulas? Procurem outros blogs. Aqui vocês vão encontrar o que encontraram sempre em matérias assim. A prisão preventiva não serve para pôr na cadeia gente de que eu não gosto. A prisão preventiva não serve para pôr na cadeia gente que considero de maus bofes. A prisão preventiva não serve para brincar de Torquemada. A prisão preventiva obedece a critérios, previstos no Artigo 312 do Código de Processo Penal, com redação de 2011 (Lei 12.403), a saber:
“Art. 312.  A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria”.
O que dizer? Nenhuma dessas condições se aplica mais. As pessoas, consideradas boas ou más, efetivamente boas ou más, têm de ser mantidas presas segundo a lei. Haja largueza interpretativa para afirmar que “a ordem pública ou a ordem econômica” correm risco com os réus em prisão domiciliar. Seria uma piada afirmar que, a esta altura, a reclusão obedece à conveniência da instrução criminal. “Ah, e quanto à aplicação da lei penal, como está ali? Não existem provas da existência do crime?” Sim! Mas é preciso saber ler. Nesse caso, recorre-se à prisão preventiva quando, por alguma razão, os demais procedimentos se mostram impossíveis ou quando há efetivo risco de não cumprimento da lei. Não é o caso. 
Essa minha opinião não é nova. O arquivo está aí. Eu pensava assim na Operação Satiagraha. Eu pensava assim na Operação Castelo de Areia. Eu pensava assim durante o mensalão. Eu penso assim no processo do petrolão. Não surpreendo ninguém. Prisão preventiva não é antecipação de pena. A gente pode até torcer o nariz para o estado de direito quando ele beneficia aqueles de que não gostamos ou notórios bandidos. Mas, no dia em que não houver o triunfo da lei para estes, é o cidadão comum que também corre risco. O habeas corpus nada tem a ver com pizza ou algo assim. Não custa lembrar: durante a Operação Satiagraha, caso se ouvisse o grito da maioria de ocasião, até jornalistas teriam ido em cana.
“Ah, mas eu acho que, sem a prisão preventiva, o Ricardo Pessoa não vai contar tudo o que sabe.” Ainda que isso seja ou fosse verdade, é o tipo de raciocínio que pode ser apimentado, não é mesmo? Por que não pensar, então, em castigos mais duros do que só a preventiva? Vocês sabem… São muitos os métodos existentes para convencer um preso, não é? A questão é de fundamento legal.
Dez entre dez penalistas davam como certo que o habeas corpus seria concedido. E não porque eles gostem de bandidos. Mas porque o Artigo 312 do Código de Processo Penal está em vigor e protege a todos: a mim, a vocês e aos empreiteiros. “Ah, mas nós não somos bandidos!” É verdade. Mas a lei trata das circunstâncias — ainda bem! —, não das pessoas em particular, com nome e endereço. Isso é próprio de tiranias.
Eu quero o fim do ciclo do poder petista e gostaria de ver alguns próceres do atual regime na cadeia. E quero que isso se dê segundo a lei. Ou, se for o caso, que se mudem as leis para aumentar a sua efetividade. O arbítrio só serve ou para perseguir inimigos ou para proteger amigos. E isso não nos interessa.
PS: Eu não leio outros blogs — as exceções, de pessoas que admiro muito, cabem em uma das mãos —  e não me importo se outros blogs não me lerem. Sou muito ocupado para me dedicar a opiniões que considero irrelevantes. Atenho-me aos sites noticiosos (tanto quanto eles conseguem). Assim, parem alguns pretensiosos que saem por aí se pavoneando: “O Reinaldo criticou em seu blog algo que escrevi…”. Leitores, com frequência, me mandam links de alguns manés se dizendo contestados por mim. Ocorre que, na maioria das vezes, eu nunca nem ouvi falar dos caras. Realmente ignoro o que se andou escrevendo por aí sobre o habeas corpus. Eu sei o que eu penso a respeito. Opinião é como saliva: todo mundo tem. Isso vale para qualquer um. Também para mim. Na dúvida, consultem um advogado.
PS2 (acrescentado às 20h21 ): O fato de eu concordar com o habeas corpus não implica que eu considere Carmen Lúcia e Celso de Mello ministros incompetentes, desinformados ou sei lá o quê. Expresso um entendimento da lei, só isso. Os argumentos deles não me convenceram. E sou, ademais, lógico. No caso, só uma das opiniões pode estar certa. O fato de eu achar que algumas pessoas estão erradas não quer dizer que eu as considere de má-fé. Não venham alguns tentar emburrecer o debate. Não topo. Não debato para eliminar o outro. Debato para esclarecer.
Texto publicado originalmente às 20h21 desta terça
Por Reinaldo Azevedo

sábado, 25 de abril de 2015

VASTO MUNDO - PRECONCEITO


  Vasto Mundo - Ricardo Setti - Veja. Com


Vejam as fotos de mulheres soldados de diversos países. É uma conquista, mas problemas e preconceitos continuam a existir

Post publicado originalmente a 25 de fevereiro de 2011
Campeões-de-audiênciaFardadas e de fuzil na mão, as mulheres podem passar despercebidas no meio de uma tropa, embora estejam conquistando cada vez mais espaço dentro das Forças Armadas em diferentes países do mundo.
Em países como Alemanha, Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, Finlândia, Israel, Noruega, Nova Zelândia, Suécia e Suíça, por exemplo, elas podem participar, inclusive, da linha de frente dos combates. No Brasil, só podem ser combatentes, por enquanto, as mulheres pilotos de caça da Força Aérea Brasileira (FAB), como é o caso da tenente-aviadora Daniele Lins, primeira na galeria de fotos abaixo.
Só nos Estado Unidos, entre 2003 e 2009, mais de 200 mil mulheres serviram no Oriente Médio, principalmente no Iraque. Entre elas, cerca de 600 ficaram feridas e pouco mais de 100 morreram em combate. Na França, de acordo uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Defesa, entre os cerca de 340 mil soldados no país, há mais de 50 mil mulheres.
Um email que circula na internet mostra militares de diversos países com seus respectivos uniformes.
As bonitas fotos que selecionamos, entretanto, não mostram um dado alarmante: elas continuam sofrendo preconceito dentro das Forças Armadas e os casos de estupro são freqüentes. Por exemplo: cerca de 3 mil militares norte-americanas sofreram violência sexual em 2008, 9% a mais do que no ano anterior. Dentre as que estavam servindo no Iraque e no Afeganistão, o número subiu para 25%.
Em 2009, segundo dados do Exército americano divulgados pelo site da BBC, 30% das mulheres foram estupradas durante o serviço militar, 71% foram vítimas de violência sexual e 90% de assédio sexual.
Isso sem consideram os casos não divulgados. Um relatório do Government Accountability Office, organismo investigativo do Congresso dos EUA, concluiu que 90% das agressões sexuais não são notificadas, na maioria dos casos, devido ao receio das vítimas de serem perseguidas.

Áustria

Brasil

Finlândia

Grécia

Indonésia

Irã

Israel

Nepal

Noruega

Polônia

Reino Unido

República Checa

Sérvia

Suécia

Turquia

PONTAS NO NORDESTE SÃO CHIFRES

22/04/2015
  Opinião


Merval Pereira: ‘Moro junta as pontas’

Publicado no Globo


MERVAL PEREIRA
Uma das coincidências benéficas do processo que corre em Curitiba sobre as escândalos da Petrobras é que o juiz Sergio Moro, encarregado do caso, atuou no processo do mensalão como assessor da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber.
Convocado justamente por ser um especialista em combate à lavagem de dinheiro, Moro tem todas as informações para fazer as ligações entre o primeiro processo e o atual, que tem sua origem no mesmo esquema de manutenção de poder do PT e em seus principais organizadores figuras que já apareceram no mensalão, como o falecido ex-deputado José Janene.
Seus conhecimentos sobre o caso foram fundamentais, por exemplo, para manter a cunhada do tesoureiro do PT João Vaccari Neto presa por mais cinco dias. Sergio Moro argumentou que Marice Corrêa de Lima mentiu em depoimento à Polícia Federal sobre os depósitos que fez na conta da mulher de João Vaccari Neto, Giselda Rousie de Lima, ( uma série de pequenos depósitos, típicos de lavagem de dinheiro) e citou também “registros de envolvimento em práticas ilícitas de Marice já no escândalo do mensalão”.
A cunhada de Vaccari disse em depoimento à PF que recebeu R$ 200 mil do PT a título de indenização por ter tido o seu nome envolvido no mensalão. É uma explicação sem dúvida criativa, mas que não resiste a uma análise superficial.
Qual a razão de o PT ter pago essa “indenização”? Acaso foi condenado pela justiça a fazê-lo? Parece que não, pois ela disse que apresentará cópia do “contrato” com o partido. Ou seja, ela celebrou com o PT um contrato de transação, que o criminalista Cosmo Ferreira registra estar tratado no capítulo XIX do Código Civil, cujo título é “Da Transação”, e conceituado em seu artigo 840: “É lícito aos interessados prevenirem ou terminarem o litígio mediante concessões mútuas”.
Seria o caso de perguntar: qual a responsabilidade do PT pelo fato de o nome da Marice ter sido envolvido no mensalão? Em que circunstâncias o nome dela foi envolvido? O juiz Sérgio Moro deve saber. O pagamento da indenização foi registrado pelo PT? Foi pago em espécie?
Na opinião de Cosmo Ferreira, eventual contrato juntado aos autos “será um tiro na cabeça, melhor, nas cabeças, do PT e dela, pois ficará configurado o crime de Falsidade ideológica, relatado no artigo 299 do Código Penal, cuja pena é de um a três anos de reclusão”.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

LULA ATOLADO


Augusto Nunes na Veja

No mais cruel dos dias para quem tem culpa no cartório, revelações do empreiteiro amigo empurram Lula para o pântano do Petrolão

Neste sábado, os leitores de VEJA saberão que o empreiteiro Leo Pinheiro, transferido da presidência da OAS para uma cadeia em Curitiba, fez revelações suficientes para tirar de vez o sono de Lula e estender por prazo indeterminado o sumiço do palanque ambulante. Como ainda não assinou um acordo de delação premiada, o empresário encarcerado talvez até se desminta em outro depoimento, para socorrer o chefe e amigo. É uma opção de alto risco: essa demonstração de fidelidade lhe custará alguns anos de prisão em regime fechado.
Seja qual for o caminho escolhido, o que Pinheiro já disse (e detalhou em copiosas anotações manuscritas) basta para incorporar ao elenco do Petrolão o protagonista que faltava. No mais cruel dos dias para quem tem culpa no cartório, as relações promíscuas entre o manda-chuva da OAS e o reizinho do Brasil serão escancaradas nas oito páginas da reportagem de capa. Entre tantas histórias muito mal contadas, a dupla esbanja afinação especialmente em três, valorizadas pela participação de coadjuvantes que valorizam qualquer peça político-policial.
Num episódio, o ex-presidente induz Pinheiro a presenteá-lo com a reforma do sítio que, embora Lula o chame de seu, pertence oficialmente a um sócio do filho Lulinha. Noutro, um emissário do pedinte vocacional incumbe o empreiteiro de arranjar serviço e dinheiro para o marido de Rosemary Noronha, a ex-segunda-dama que ameaçava vingar-se do abandono com a abertura de uma assustadora caixa-preta. Mais além, o comandante da OAS cuida de desmatar o atalho que levou Lula a virar dono de um triplex no Guarujá.
A participação do ex-presidente no naufrágio da Petrobras ainda não entrou na mira da Polícia Federal. O inventor do Brasil Maravilha testá a um passo do pântano sem que tenha começado a devassa das catacumbas malcheirosas que ocultam a farra das refinarias inúteis e a montagem da diretoria infestada de ineptos e corruptos, fora o resto. Lula Pode estar aí a explicação para o estranho vídeo em que celebra as vantagens de um bom preparo físico. Vai precisar disso quando tiver de sair em desabalada carreira.

FATOFOTO

l26

FOTOFATO

htl17tp://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/files/2015/04/l17-325x460.jpg

DOAÇÕES FRAUDULENTAS

23/04/2015
  Política & Cia - Ricardo Setti na Veja.com

CPI: executivo admite encontros com Vaccari e “doação” ao PT a pedido de Duque, então na Petrobras

Augusto Mendonça: Vaccari, o tesoureiro do PT, lhe telefonava para cobrar o pagamento das propinas (Foto: Agência Câmara)
Augusto Mendonça: Vaccari, o tesoureiro do PT, lhe telefonava para cobrar o pagamento das propinas (Foto: Agência Câmara)
Diretor da Toyo Setal disse ainda que propina na Diretoria de Serviços era generalizada. E que diretores da estatal se associaram ao clube do bilhão a partir de 2005
Por Gabriel Castro e Marcela Mattos, de Brasília, para VEJA.com
O executivo da Toyo Setal, Augusto Mendonça, um dos delatores do esquema do petrolão, falou por mais de sete horas nesta quinta-feira à CPI da Petrobras. Ele admitiu que fez doações eleitorais ao PT a pedido de Renato Duque, então diretor de serviços da Petrobras – e que, segundo o próprio Mendonça, também cobrava propina em contratos da estatal. Também afirmou ter se reunido com o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, aproximadamente dez vezes.
O primeiro dos encontros, segundo o empresário, se deu em 2008, quando Vaccari ainda não ocupava a Secretaria de Finanças do partido. O executivo reconheceu que Duque lhe pediu que procurasse especificamente por Vaccari na sede do PT em São Paulo, para tratar de doações eleitorais.
Além de confirmar as doações feitas ao PT a pedido de Duque, o executivo afirmou que esses valores eram descontados da contabilidade da propina cobrada pelo então diretor. “Os pagamentos que eu identifiquei no meu depoimento e somam aproximadamente 24 milhões foram feitos a pedido de Renato Duque. Esses pagamentos eram vinculados a valores que eu deveria passara para ele”, afirmou o depoente.
Ele disse ainda que João Vaccari Neto lhe telefonava para cobrar os pagamentos quando havia atraso de doações prometidas. “Do lado da diretoria de Serviços foram feitos pagamentos, a maior parte deles no exterior, e foram feitas contribuições ao Partido dos Trabalhadores a pedido de Renato Duque”, afirmou o executivo.
“Duque nunca verbalizou ‘se você não contribuir vou te atrapalhar’, mas era uma coisa muito visível, muito evidente. A contribuição ali era no sentido de não ser atrapalhado”, afirmou o depoente, que fechou acordo de delação premiada com a Justiça. As informações confirmam a tese dos investigadores, de que parte da propina que circulava no esquema foi paga via contribuições eleitorais legais em 2010.
Ainda sobre a campanha daquele ano, Mendonça afirmou ter se encontrado com o ex-presidente Lula. “Naquela oportunidade, conversei com todos os candidatos à Presidência. Com a Dilma também estive algumas vezes”, disse o executivo. Ele ainda informou que se reuniu com o ex-ministro e mensaleiro condenado José Dirceu “algumas vezes” para tratar de assuntos do mercado offhore.
Augusto Mendonça também confirmou que sua companhia repassou 2,5 milhões de reais para a gráfica Atitude, ligada ao Sindicato dos Bancários de São Paulo. Oficialmente, o valor foi usado para a compra de um espaço publicitário em uma revista. Os investigadores da Lava Jato estão convencidos de que a Atitude era usada por Vaccari para receber propina de empresas como a Toyo Setal.
Diante das revelações sobre os encontros com Vaccari antes mesmo do petista se tornar tesoureiro do partido, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) sentenciou: “Em 2008 ele era agente de propina. Ele era assaltante da Petrobras. E foi nessa condição que o senhor falou com ele”. Vaccari sempre negou ter arrecadado recursos para o PT antes de assumir o cargo de tesoureiro, em 2010.
Cartel - Em seu depoimento, Augusto Mendonça também afirmou que o cartel de empreiteiras formado para combinar o resultado de licitações da Petrobras só se associou a diretores da estatal a partir de 2005, durante o governo Lula. O empresário disse que o chamado “clube do bilhão” surgiu na segunda metade dos anos 1990 – mas, naquela época, não havia conluio com diretores da estatal. Isso só ocorreria anos depois, já durante a administração petista.
“Lá pelo ano de 2005, 2006 o grupo foi ampliado e ganhou efetividade. Ou seja, tinha mais condição de funcionar a partir do instante em que houve uma combinação, com os diretores da Petrobras, das empresas que seriam convidadas para participar das licitações”, disse ele.
O depoente afirmou também que a cobrança de propina se dava de forma generalizada dentro das diretorias de Serviços, comandada por Renato Duque, e de Abastecimento, sob o comando de Paulo Roberto Costa. “Essas duas diretorias só conseguiram fazer isso porque atuavam em conjunto”, disse ele. Além dos dois diretores, ele afirmou que tratava de propina com Pedro Barusco, que era gerente sob o comando de Duque. “Essas três pessoas são as pessoas que eu sei que estavam envolvidas dentro da Petrobras”.
Embora afirme não saber de desvios em outras áreas da Petrobras, o depoente admitiu que o sistema de contratação deixava brechas. “Não tenho a menor dúvida de que, dentro desse relacionamento entre a Petrobras e as empresas fornecedoras, existem diversas oportunidades de corrupção”, disse ele.
O executivo também disse que começou a pagar propina depois de ser procurado pelo ex-deputado José Janene (PP-PR), por volta de 2007. “Ele se colocou como o responsável pela indicação do Paulo Roberto Costa e afirmou que, se nós não fizéssemos uma contribuição a ele ou ao Paulo Roberto em nome dele, nós seríamos duramente penalizados”, disse ele. Mendonça relatou que o então deputado, que morreu em setembro de 2010, indicou o doleiro Alberto Youssef como o responsável pelo recebimento da propina.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

O CRIME NÃO COMPENSA

                     FAMÍLIA QUE ROUBA JUNTA

 VAI PARA CADEIA UNIDA,  por alvaro

Pelo menos neste caso o recado está dado: o crime não compensa, a negativa não anula o crime e delinquir em nome do PT não ameniza as consequências. Na eminência de ir para a cadeia acompanhado da família o sexagenário João Vacari Neto, Tesoureiro do PT, não está tendo o presente - (futuro) que sonhou. Mesmo por que canalha intelectual não distingue o que é eticamente correto. estão sendo investigados e continuam delinquindo. Continuam pagando por fora. Corrompendo. Usando de maracutaias para passar dinheiro aos seus soldadinhos de chumbo, os santos do pau oco.

Que sirva de exemplo para os demais companheiros. Roubar em nome da causa não deixa de ser roubo. Pouco importa o destino do produto da corrupção. Pouco importa a motivação - se pessoal ou política. Criancinhas e velhinhos foram enterrados em covas rasas como consequência das falcatruas capitaneadas pelos petistas na última década. Quando dinheiro pública é desviado e some no ralo da corrupção o resultado é catastrófico e nunca haverá reparação à altura do desastre provocado. Praças e rodovias deixam de ser construídas, ruas deixam de ser pavimentadas, redes de esgoto deixam de ser instaladas. Hospitais e escolas deixam de ser edificados. Salários de servidores deixam de ser corrigidos, aumentados e pagos. Inflação e impostos e consequentemente o custo de vida aumenta. Investimentos deixam de ser feitos com consequente diminuição de empregos. Tudo isto se reflete no PIB - Produto interno Bruto - que se reflete no IDH - Indice de Desenvolvimento Humano.

Roubo de dinheiro público ceifa vidas de inocentes, quer por ineficiência dos órgãos de segurança que vivem na pendenga com armamentos ultrapassados e sem condições técnicas e ineficiente treinamento de pessoal, quer por deficiência de qualquer outro serviço público - saúde, educação, habitação, mobilidade... Mesmo que a punição seja exemplar, como todos os autores na cadeia, privados de liberdade, a reparação nunca será total. Quem perdeu a vida não a terá de volta. Quem perdeu um bem material nunca será ressarcido do prejuízo.

Senadores, deputados, vereadores, governadores e presidentes eleitos pelo PT e seus apaniguados estão sob suspeita. Presidentes de estatais que se elegeram no último pleito estão ainda mais sob suspeita. Depois do mensalão e do petrolão ninguém duvide que que logo alí na frente, nos estados e nos municípios, não se prove que muita gente desviou dinheiro de autarquias, de estatais para usar em campanhas políticas. Poderia citar nomes mas ainda vou me conter. Afinal de onde saiu tanto dinheiro do pessoal ligado ao PT? Se for comprovado o desvio de dinheiro público que todos os culpados mofem na cadeia para reparar uma parte, apenas uma parte das vidas ceifadas para pagar a farra dos petistas e sua base alugada. E que todos esses pecadores sejam obrigados a deixar os cargos - eles não largaria o osso por conta própria - mesmo aqueles eleitos pelo povo, pois voto comprado não tem nenhum valor, muito menos se foi comprado com o dinheiro público.

METASBOLISMO

"Não consigo emagrecer porque meu metabolismo é lento." Essa desculpa comum entre pessoas com dificuldade de perder peso não tem respaldo científico. O metabolismo, sim, é em parte determinado pela genética, mas ele não é um carimbo definitivo de que um indivíduo com uma herança desfavorável está condenado a ter um metabolismo lento para sempre. "É possível acelerar o metabolismo com medidas como mudanças na alimentação e prática de atividade física", diz Tarissa Petry, endocrinologista do Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. "Se uma pessoa tem um metabolismo lento por natureza, precisará fazer mais alterações no seu estilo de vida para ver resultados."
O metabolismo se refere à quantidade de calorias que o organismo gasta para desempenhar suas funções, como respirar, bombear sangue e praticar atividade física. Acelerá-lo significa fazer com que o organismo use mais energia para realizar o mesmo trabalho.
Existem três tipos de metabolismo: metabolismo de repouso, termogênese alimentar e metabolismo de atividade física. O de repouso, também chamado de basal, corresponde ao gasto necessário para manter as funções básicas, como o batimento cardíaco. "A taxa metabólica de repouso equivale de 60 a 70% do gasto energético do dia. Ela depende da genética e de fatores modificáveis, como a quantidade de massa muscular do corpo", explica o endocrinologista Marcio Mancini, membro do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Uma das principais formas de acelerar o metabolismo basal é aumentar a massa magra, pois, para se manter ativo, o músculo gasta mais energia do que outros tecidos, como a gordura.
LEIA TAMBÉM:
Já a termogênese alimentar, que responde a 10% da energia gasta pelo organismo durante o dia, se refere às calorias necessárias para realizar a digestão, da mastigação à secreção de enzimas digestivas. "É por isso que comer de três em três horas é importante. Digerir, absorver e metabolizar os alimentos faz o corpo gastar energia", diz Tarissa Petry.
Por fim, a taxa metabólica de atividade física é a mais variável: consome de 20 a 30% do gasto calórico diário. "Quanto mais atividade você faz, mais calorias pode queimar e mais acelerado fica o seu metabolismo", explica Marcio Mancini.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

O POVO NA RUA


manifestações de rua - DIA 12 DE ABRIL
por alvaro



Na democracia a liberdade de expressão faz parte da engrenagem do sistema. Aí não cabe adjetivar - democracia relativa, democracia moderna, democracia completa, democracia avançada. O regime democrático pressupõe liberdade de expressão. E neste caso, pedir o impeachment da presidente, é pauta. Pedir a volta do regime militar é uma aspiração de pouquíssimos. E dizem, a Constituição Federal proíbe este tipo de demanda. Como é contra o PT a chiadeira é geral. Mas, o PT na oposição já pediu tudo que é possível. E até o impossível, dentro e fora da lei. Lula dizia que "nunca antes na história desse pais" nada de inusitado haveria sido feito - ele foi o mentor do universo por aqui. Ele foi o criador, o inventor de tudo. E quando alguma coisa estava errada, o culpado sempre foi FHC.

As manifestações de rua ocorridas no dia 12 de abril, de norte a sul, em todo o Brasil, transcorreu de forma ordeira na quase totalidade. Não foi tão expressiva, em número, como a que ocorreu em 15 de março. A contagem de pessoas aponta para próximo de um milhão nas ruas pedindo o impeachment da presidente e o fim da corrupção como pautas principais. De modo crescente Lula começa a aparecer como um dos motivos da manifestações. Lula vem sendo identificado, cada vez mais por maior número de pessoas como alvo da ira do povo. A maioria dos manifestantes querem: fora Dilma, Lula e o PT.

Em Salvador, onde participei dos protestos, o clima foi de pouca beligerância. O aparato policial foi pesado mas parece que não houveram grandes choques com a polícia - saí antes do final. O povo demonstrava estar em clima de esquentar o motor. As centrais sindicais compareceram e lideraram os protestos. Porem a maioria dos presentes na Barra em Salvador não tinha ligação política partidária nem sindical. O povo estava estilizado, vestindo verde e amarelo e muitos pintados com as cores da bandeira brasileira. No Farol da Barra alguns representantes de entidades sindicais discursaram. Os oradores, fracos na retórica e na eloquência, não foram capazes de mobilizar e agitar a multidão.

O que deve ser lembrado é que as grandes redes sociais deram pouco destaque ao acontecimento. Seguiram suas programações normais. Na TV aberta quase nada se via de notícias sobre os protestos, com raras exceções.

Dizem que pedir o impeachment de Dilma e a volta do regime militar afronta a constituição e é golpismo. Que é amoral. Amoral é o PT propor e o Congresso Nacional aprovar o Programa Mais Médicos, uma excrecência do começo ao fim, que foi empurrado guela abaixo, com a conivência de muitas porções da sociedade civil organizada, que foi divulgado com propaganda de matizes nazistas e fins puramente eleitoreiros e ideológicos, que convenceu boa parte de brasileiros "esclarecidos" com o argumento que melhor "meio-médicos cubanos" que não ter médicos. Ficou estabelecido ali um precedente perigosíssimo, pois, agora o governo pode lançar mão do expediente para qualquer categoria profissional.  Enquanto isso, no mundo da política, maginem se, depois do precedente, com vácuo deixado pela "presidenta" como ente gerencial, fossem buscar em Cuba um vice-presidente para desempenhar o papel político encomendado a Michel Temer, com o mesmo argumento intelectualmente canalha. 



terça-feira, 7 de abril de 2015

VOCAÇÃO POLÍTICA E ANALFABETISMO

Política é assim, também. 

                                                                 por alvaro

Algumas jogadas são operadas com ferramentas da matemática política. Ou seja: Dar os dedos para não perder o anel. O dinheiro, para não perder a vida. A vida, para não perder a fama. Michel Temmer é contido, discreto, formal, paciente. Esperou sua vez sem alarde. Nunca foi contra nem a favor. Foi vice. E vice é o coveiro.

Mas, e o imponderável? O imponderável tem nome e sobrenome: Joaquim Barbosa, Sérgio Moro... Se, quem tentou o suicídio, não morrer? Se não morrer  mas ficar paraplégico. Ou, em coma prolongado. Em estado vegetativo. Será que tudo que estamos assistindo são degraus de uma escada. Marcas medidas numa escala. Escala previamente analisada. Marcas dinamicamente escolhidas. É o que está acontecendo?

 O PT parecia que era dono do Brasil, mas não era. Nunca foi por que seu "edifícil" foi construído sem alicerces confiáveis. A base estava podre. Tinham muitos pedreiros metidos a mestres-de-obra e estes, todos metidos a engenheiros. Só que engenheiros estudam. Por pior que sejam as faculdades, estas instituições estimulam alguns neurônios que dormem em Lula. Dormem em berço esplêndido na buchada de bode com cachaça na sua pança avantajada. "Ler dá sono"

 Agora, vamos à vocação de cada um: O PMDB nunca quis ou soube se interessar em ocupar o topo - dá muito trabalho e rende pouco. É difícil de desviar. Melhor, para eles, é o poder paralelo. Melhor o subterfúgio - é mais fácil chantagear - deve ser o que acreditam. O PMDB não quer o topo da cadeia, formalmente. Quer o poder de mando real sem aparecer na festa, sem ser o dono da bola. FHC disse em entrevista que a ordem do presidente nem sempre chega ao destino e ao destinatário. E, quando chega é emprenhada pelo caminho, se é que se pode emprenhar quem já está prenhe. O PT, ao contrário do PMDB, gosta de ocupar os extremos. Ou calça de veludo ou ausência de cueca - glúteos de fora. O PT só foi o "PT ético e combativo",  enquanto estava na oposição - contestador, duro, crítico, aético com os adversários, radical, raivoso; "nunca pensou no Brasil", essa frase que os babacas repetem todos os dias, por que um partido político, em essência, tem que pensar nas ideias que defende para o país, no seu programa  partidário e não no programa dos outros partidos e de outros grupos que estão no poder. Em sendo governo, nos últimos doze anos, ficou provado que o PT entende mesmo de mentira e gatunagem - mensalão, petrolão, dólar na cueca... O PSDB só agora engatinha como oposição; Tem o DNA o poder, ao mesmo tempo formal e informal.

E Lula? Lula é analfabeto - mas, muita gente boa nutriu (e nutre ainda em escala menor) a falsa compreensão  que um analfabeto pudesse ser o rei da cocada branca, endeusado como imbatível, negando-se, assim, tudo que dizemos todos os dias aos nossos filhos, que vão para escola, que estudem, que se especializem (Queria ouvir o Senador Cristovão Buarque falar sobre autodidatismo como política de Estado). Nada, Lula é apenazmente um fanfarrão. Um espertalhão. Um homem safo, como disse Dr. Marco Aurélio de Mello - Ministro do STF, mas nunca um homem honesto por formação e por convicção. Só e somente só o rei da maracutaia. É imputável, mas não foi estruturado contra a gatunagem, e por isso quando julgado, se comprovada a culpa deve ir parar na cadeia. Rouba no jogo, esconde a carta debaixo da coxa e depois sai gritando pega ladrão. Mais que isso, rouba de modo compulsivo, quer seja mentindo, quer seja metendo o dinheiro alheio no bolso da família e da famíglia.

Dilma: o poste que Lula enterrou na terra que Cabral descobriu, no lugar da cruz da primeira missa, na Coroa Vermelha, em Porto Seguro, na Bahia, mas, não instalou a lâmpada no seu devido lugar - por que desviou para vender no mercado da pirataria - como um poste sem lâmpada pode ser aceso ( ou acesa como quer a presidenta) para iluminar seu caminho de volta, o de Lula, com dinheiro a rodo desviado dos cofres da viúva para comprar indefinidamente uma boa parte do Brasil, com sempre fez.
Ou seja: ter luz própria não é vocação de Dilma. E Lula errou por que analfabeto não lê manual.