IMPORTAÇÃO DE MÉDICOS
REYNALDO
ROCHA no Blog de Augusto Nunes na Veja.com
Poucos
atos ofendem mais a dignidade humana que o de enganar, mentir e fazer de quem
ouve uma marionete na certeza da inação e do esquecimento.
Hoje
somos todos marionetes nos cordéis ou em mãos de artistas mambembes.
O governo
conseguiu o que queria. Usou da mentira e de afirmações que não se sustentam
nem por um dia para arquitetar e dar continuidade a uma entrega da saúde no
Brasil às mãos de cubanos. Os mesmos que erraram no diagnóstico e tratamento de
Hugo Chávez.
Onde a
medicina massificada abriu mão da competência em nome de uma propaganda
ridícula baseada em número de médicos mal formados.
Alexandre
Padilha ─ o ex-médico que envergonha a classe a que um dia pertenceu ─ informou
ao país que o plano de importação de médicos cubanos estava sepultado. O foco
estava voltado para os europeus.
Como de
se prever, estes não vieram. Sabem o que os espera.
E, de
repente, de modo quase surpreendente, estamos com 4 mil doutores de Fidel em
nosso país. Não são bem-vindos. Entre eles, enquadram-se brasileiros
formados em Cuba a partir de seleção por “critérios ideológicos”, supostos
idealistas que querem ─ antes da diagnose ─ propagandear as delícias do regime
cubano, bolivariano ou lulopetista e, por fim, médicos que se submetem a
receber R$ 2 mil de um total de R$ 10 mil pagos ao governo de Cuba como forma
de sobrevivência, além de terem as famílias impedidas de sair da ilha do Coma
Andante.
Que país
disporia de 4 mil médicos para serem deslocados de modo imediato? Seriam
os melhores entre os que atendem em Havana? Deixariam seus pacientes
desamparados ou aos cuidados de outro profissional? Ou a lógica diz que são o
restolho do restolho, os que sequer trabalham na própria Cuba dos Castro?
Precisam
colocar seus salários à disposição do governo? Aceitam ─ por quê? ─ receber um
percentual ridículo pelo trabalho pago? Quem os escolheu? Por que não serão
submetidos ao Revalida?
Desembarcarão
no Brasil com gaze, esparadrapo, estetoscópio, equipamentos de exames básicos,
equipamentos de eletrocardiograma, macas, leitos e sabão ─ tudo que falta aos
médicos brasileiros?
Trarão
ambulâncias equipadas com desfibriladores? Enfermeiros formados que não
confundam soro com cortisona? Nada disso foi levado em conta. Se antes o
lulopetismo roubava, deixava roubar e mentia, hoje concorda com mortes mais que
previsíveis. Não haverá NENHUMA melhoria! Podem cobrar! Não existe mágica.
Medicina não é curandeirismo. É ciência. E precisa dos meios para continuar
existindo.
O que
importa são os quase meio bilhão de reais por ano enviados ao governo de Cuba!
E a propaganda. Agora, sem nenhuma reclamação dos médicos que NÃO irão atender,
mas são proibidos de se manifestar. Eles são EMPREGADOS do governo cubano. São
pagos pelo GOVERNO DE CUBA. Dependem do humor dos comandantes que trocaram
soldados por médicos. Nem sequer na Venezuela esse sistema de trabalho escravo
não deu certo. A população ─ mesmo falando a mesma língua ─ evitava os cubanos
por considerá-los despreparados. Tanto é que os 4 mil que desembarcam com as
bênçãos de Dilma et caterva estavam, antes, na Venezuela. O contrato não foi
renovado.
Em um ano
teremos aqui o desastre e a explicação oficial: “tentamos, mas não deu certo”.
Não é
estranho que em ano eleitoral tais valores astronômicos sejam enviados a Cuba?
Retornarão? Ou alguém esqueceu dos dólares enviados em caixas de uísque para a
campanha de Lula? Ou do tal “padre” cubano que dizia a todos estar financiando
a campanha do Imperador de Garanhuns? Num cenário de maior vigilância interna
sobre financiamentos de campanha, que tal um financiamento externo?
A saúde
do povo? Dane-se, parecem dizer. Se alguém morre por falta de médico, nada
muda. Agora morrerão por falta de competência.
Só desconfio
que haja uma conspiração mundial (aí incluídos Estados Unidos, Europa, México e
até a América Latina!) que quer ver o governo Lula, digo Dilma, naufragar!
Afinal,
houve claramente um boicote dessa classe gananciosa que, NO MUNDO TODO (à
exceção de Cuba!), recusou a generosa oferta de Padilha e Dilma: receberem pelo
pouco trabalho. Basta emitir atestados de óbito.
A culpa é
dos médicos!
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