terça-feira, 24 de março de 2015

ACIDENTE AÉREO HOJE

MAIS UMA TRAGÉDIA NA AVIAÇÃO

Um avião Airbus operado pela companhia aérea Germanwings caiu no sul da França nesta terça-feira, reportam as autoridades francesas. O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, informou que as 150 pessoas a bordo, 144 passageiros e seis tripulantes, morreram. A aeronave caiu em uma área montanhosa, na região dos Alpes de Haute Provence. O presidente francês François Hollande confirmou o trágico acidente. Ele também informou que o avião caiu em uma região de difícil acesso, e a cidade mais próxima é a pequena Prads-Haute-Bléone, uma vila com menos de 200 habitantes.
"As condições do acidente, que não foram esclarecidas, nos levam a pensar que não houve sobreviventes", disse Hollande. O Airbus A320 fazia o voo 4U 9525, entre Barcelona, na Espanha, e Dusseldorf, na Alemanha, quando por volta das 10h30 do horário local (6h30 de Brasília) sumiu dos radares de monitoramento. A Direção Geral da Aviação Civil da França confirmou que "o controlador aéreo lançou um alerta porque tinha perdido contato com o avião".
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O presidente da Germanwings, Thomas Winkelmann, disse em entrevista coletiva em Colonia que 67 alemães estavam no avião. A maioria é composta por pessoas que retornavam para suas casas de Barcelona e Palma de Mallorca, segundo informaram funcionários de Swissport, a companhia que presta serviços em terra para a Germanwings. Fontes do aeroporto de Barcelona disseram que foi criada uma operação de atendimento aos parentes dos passageiros que estavam a bordo do voo. Entre as vítimas, segundo a imprensa alemã, há dois bebês e dezesseis alunos de uma mesma escola de Haltern am See, uma cidade do Estado da Renânia do Norte-Vestfália, no oeste da Alemanha. [continue lendo o texto]
Mapa da queda - A320 na França
(VEJA.com/VEJA)
O ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, está se dirigindo ao local do acidente. Segundo o jornal Le Monde, centenas de homens de equipes de resgate, bombeiros e policiais também se dirigem à área da queda do avião. Cazeneuve afirmou que os destroços do Airbus foram localizados em uma região pouquíssimo povoada, a cerca de 2.000 metros de altitude. Segundo a imprensa francesa, os corpos das vítimas serão levados para a cidade de Seyne-Les-Alpes. O porta-voz do Ministério do Interior da França, Pierre-Henry Brandet, disse à emissora de televisão BFM que espera operação de busca e resgate "extremamente longa e difícil" porque a área do acidente é "muito remota".
A empresa aérea Germanwings é uma companhia alemã de baixo custo, subsidiária da Lufthansa. Carsten Spohr, presidente da Lufthansa, lamentou o acidente e afirmou em sua conta de Twitter que "hoje é um dia negro" para a companhia. A empresa Airbus comunicou que "está atenta e avaliando a situação" e espera ter mais informações ao longo do dia. Foi a primeira queda de um avião comercial em solo francês desde o acidente com um Concorde nas cercanias de Paris em julho de 2000, que deixou 113 mortos. O Airbus A320 que caiu tem 24 anos e estava sendo utilizado pelo grupo Lufthansa desde 1991, de acordo com o site AirFleets.net, especializado em dados de frotas de companhias aéreas.
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O A320 se envolveu em alguns acidentes relevantes, dentre eles a queda do jato da AirAsia no ano passado na Indonésia. Foi também o modelo envolvido no chamado "milagre de Hudson", em 15 de janeiro de 2009, quando um avião da US Airways, que decolava do aeroporto La Guardia, em Nova York, perdeu força nas duas turbinas após um incidente com gansos e o piloto Chesley Sullenberger pousou o avião no rio Hudson. A fabricante trabalha numa versão atualizada e mais eficiente do avião, chamada A320neo com uma "nova opção de turbina" que deve entrar em serviço neste ano.
A320, Germanwings
(VEJA.com/VEJA)
(Da redação)
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