TRANSCREVO ABAIXO ARTIGO DA SENADORA KATIA ABREU QUE COM O PERFIL QUE TEM, COMBATIVA COMO É, NÃO PODERIA NUNCA SE JUNTAR A ...KASSAB - REPRESENTANTE DO PIOR QUE HÁ EM POLÍTICA.
Alvaro
Conspiração, teoria e prática.
De: Senadora Katia Abreu.
Senadora diz que ha conspiração para abolir a
propriedade privada.
"Teoria da conspiração" tornou-se uma espécie de
mantra para banir qualquer avaliação mais profunda da conjuntura política. O termo
é invocado mesmo quando já se está diante não de uma tese, mas da própria
prática conspirativa.
Os fatos estão aí: há um projeto em curso, que pretende
restringir e relativizar a propriedade privada e a economia de mercado. Em
suma, o Estado democrático de Direito. O setor rural é o mais visado.
Usa-se o pretexto da crise social para invasões criminosas
a propriedades produtivas: sem-terra, quilombolas e índios têm sido a massa de
manobra, incentivada por ativistas, que, no entanto, não querem banir a
pobreza.
Servem-se dela para combater a livre iniciativa e
estatizar a produção rural. Espalham terror nas fazendas e, por meio de
propaganda, acolhida pela mídia nacional, transformam a vítima em vilão. Nos
meios acadêmicos, tem-se o produtor rural como personagem vil, egoísta,
escravagista, predador ambiental, despojado de qualquer resquício humanitário
ou mesmo civilizatório.
No entanto, é esse "monstro" que garante há anos
à população o melhor e mais barato alimento do mundo, o superavit da balança
comercial e a geração de emprego e renda no campo.
Nada menos que um terço dos empregos formais do país está
no meio rural, que, não tenham dúvida, prepara uma nova geração de brasileiros,
apta a graduar o desenvolvimento nacional.
Enfrenta, no entanto, a ação conspirativa
desestabilizadora, que infunde medo e insegurança jurídica, reduzindo
investimentos e gerando violência, que expõe não os ativistas, mas sua massa de
manobra, os inocentes úteis já mencionados.
Que país pretendem construir? Não tenham dúvida: um país em
que o Estado, com seu poder de coerção, seja a única instância capaz de deter
os conflitos que ele mesmo produz; um Estado arbitrário, na contramão dos
fundamentos da democracia. Não é teoria da conspiração. É o que está aí.
Mas os antropólogos que dirigem a Funai não estão
interessados no índio como cidadão, e sim como figura simbólica. Há o índio
real e o da Funai, em nome do qual os antropólogos erguem bandeiras
anacrônicas, querendo que, no presente, imponham-se compensações por atos de
três, quatro séculos atrás.
O brasileiro índio do tempo de Pedro Álvares Cabral não é
o de hoje, que, mesmo em aldeias, não se sente exclusivamente um ente da
floresta, mas também um homem do seu tempo, com as mesmas aspirações dos demais
brasileiros.
Imagine-se se os franceses de ascendência normanda fossem
obrigados pelos de descendência gaulesa a deixar o país, para compensar
invasões ocorridas na Idade Média. Ou os descendentes de mouros fossem
obrigados a deixar a Península Ibérica, que invadiram e dominaram por oito
séculos.
A história humana foi marcada por embates, invasões e
violência. O processo civilizatório consiste em superar esses estágios
primitivos pela integração. O Brasil é um caudal de raças e culturas, em que o
índio, o negro e o europeu formam um DNA comum, ao lado de imigrantes mais
tardios, como os japoneses.
Querer racializar o processo social, mais que uma heresia,
é um disparate; é como cortar o rabo do cachorro e afirmar que o rabo é uma
coisa e o cachorro outra.
A sociedade brasileira está sendo artificialmente desunida
e segmentada em negros, índios, feministas, gays, ambientalistas e assim por
diante. Em torno de cada um desses grupos aglutinam-se milhares de ONGs,
semeando o sentimento de que cada qual padece de injustiças, que têm que ser
cobradas do conjunto da sociedade.
Vejamos a questão indígena: alega-se que os índios
precisam de mais terras. Ocorre que eles -cerca de 800 mil, sendo 500 mil
aldeados- dispõem de mais território que os demais 200 milhões de compatriotas.
Enquanto estes habitam 11% do território, os índios dispõem de 13%. Não
significa que estejam bem, mas que carecem não de terras, e sim de assistência
do Estado, que lhes permita ascender socialmente, como qualquer ser humano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário