segunda-feira, 14 de julho de 2014

DILMA FFELIPONA

13/07/2014
 às 19:00 \ Política & Cia Ricardo Setti na Veja


CARLOS BRICKMANN: Só nos faltava uma Dilma Filipona…

(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Dilma e seu ministro dos Esportes, Aldo Rebelo: o governo ainda é “padrão Felipão?” (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
O PAÍS DA FELIPONA
Notas da coluna de Carlos Brickmann publicada neste domingo em diversos jornais
carlos_brickmannO ex-ministro Delfim Netto, um dos conselheiros econômicos de Lula, costuma dizer que, se o governo comprar um circo, o anão vai crescer. O economista Milton Friedman tem frase semelhante: se o governo administrar o Deserto do Saara, em poucos anos vai faltar areia.
O ministro dos Esportes de Dilma, Aldo Rebelo, do PCdoB, cuja única ligação prévia com o esporte era torcer pelo Palmeiras, defende maior intervenção estatal no setor.
Sem palpite estatal, o Brasil foi cinco vezes campeão do mundo. Com palpite estatal, perdeu duas Copas em casa, em 1950 e 2014. Mas, quando os fatos vão contra a ideologia vigente, pior para os fatos. O mundo que mude para amoldar-se aos preconceitos.
O Estado já se intrometeu em Copas. Em 1950, não houve governante que não aparecesse na concentração para tirar sua casquinha. Em 1954, um dirigente indicado pelo governo exigiu dos atletas que vingassem os mortos de Pistóia (se bem que Pistóia fique na Itália, onde brasileiros morreram na luta contra o nazismo e o fascismo; a Copa se realizasse na Suíça; e o principal adversário fosse a Hungria).
Em 1970, o presidente Médici exigiu que o centroavante Dario, do Atlético Mineiro, fosse convocado. Foi, mas não jogou. O Brasil ganhou a Copa.
Agora, com declarações diárias de Dilma “É Tóis”, a Copa deu no que deu.
Se a sugestão de Médici, que adorava futebol, era ruim, imagine as de Dilma, que disse ter visto jogos no Mineirão antes que o estádio existisse.
Até garantiu, em julho de 2013, que seu governo era “padrão Felipão”.
Não é que tinha razão?
E a vida continua
A Câmara Federal funcionou devagarzinho durante a Copa. Mas Suas Excelências sabem o que não pode parar. Neste período, a Câmara alugou três carros topo de linha, com motorista: um por três dias, de 8 a 10 de julho; dois por quatro dias, de 7 a 10 de julho. Custo: R$ 3.500,00.
Não é muito; mas para quê?
É de cinco!
O levantamento é de Alan Alex, do Painel Político: Rondônia pode ter cinco ex-presidentes da Assembléia presos por corrupção, no mesmo período. Aliás, quatro, porque um está foragido. Os atingidos são Marcos Donadon (PMDB), Valter Araújo (PTB), Carlão de Oliveira (PSL – ainda recorre), Kaká Mendonça (PTB – aguarda a ordem de prisão) e Natanael Silva, o foragido, do PP.
Geleia goiana
Ronaldo Caiado, DEM, um dos mais duros adversários de Lula, apoia em Goiás o candidato do PMDB, Íris Rezende – que está com Lula e Dilma. E que já recebeu todas as críticas possíveis de Caiado, que o chamava de “mercador de ilusões”.
Marconi Perillo, PSDB, candidato à reeleição, foi aliado de Caiado, hoje adversário. Íris, que foi senador, prefeito de Goiânia, duas vezes governador de Goiás, ministro de Sarney e Fernando Henrique, usa o slogan “ética e renovação”.
Em resumo, está tudo como era, só que mais ou menos ao contrário.

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