segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

VIOLENCIA X POLÍTICA

RAIZES DA CRIMINALIDADE I
por Alvaro

É claro que por natureza, institivamente o ser humano é insatisfeito e agressivo. Educa-se o homem para domar seus instintos. Daí a importância da escola e da igreja. Daí a importância de um ordenamento jurídico que se iconiza no Estado. O Estado é que congrega o arcabouço jurídico que barra os excessos, distribui as riquezas e detém o direito e o poder para impor a ordem, inclusive pela força das armas - ação militar. É por isso que o Estado só é justo se existir a serviço da nação e nunca a serviço de facções.

Na democracia está previsto a liberdade de pensamento, mas não a liberdade de ação fora da lei como fazem o MST e o PCC. É proibido atentar e tirar a vida. É proibido invadir e confiscar o patrimônio particular. É proibido tentar derrubar o Estado de Direito e desrespeitar as instituições que alicerçam a vida em sociedade, harmônica e equilibradamente. O Estado tem o direito de cobrar impostos, de implementar programas sociais e de julgar os excessos praticados pelos cidadãos. Este mesmo Estado se obriga a dar saúde, educação e segurança a todos os cidadãos.

Nas grandes sociedades democráticas o respeito as leis é sagrado. Assim como é sagrado facultar ao cidadão o direito de opinião e o direito a propriedade. Mas, quem constrói o Estado e seu arcabouço jurídico é a nação. E, a célula da nação é o indivíduo, o cidadão. O Estado, portanto é a projeção da força e da vontade da nação que se faz valer pela opinião da maioria que canaliza suas proposições através do arcabouço jurídico eu rege as instituições. Mas, a maioria não pode esmagar a minoria. A maioria ganha eleição e impõe assim,  seu projeto político. À oposição, no entanto, é reservado o direito de fiscalizar e de discutir e se opor à situação. De votar contra os projetos que ao seu ver sejam danosos à nação.

Numa disputa eleitoral os vencedores não reinam absolutos. A não ser que não exista liberdade para que a oposição aos vencedores se organize e tenha voz. Que se organize em associações das quais os Partidos Políticos são, em essência, os mais apropriados porta-vozes das opiniões segmentadas. Por isso, na democracia moderna, há a representação através de parlamentares que detêm mandatos para serem os delegados dos eleitores. Mesmo por que é inviável no mundo atual a democracia direta como existia na Grécia.

Voltando à insatisfação e a agressividade humana podemos intuir que a participação politica é inversamente proporcional à tendência de se fazer justiça pelas próprias mãos. Quanto menos política mais guerra. Principalmente quando quadrilhas planejam e executam ações de guerrilha. Vivemos, hoje, no Brasil, inseridos, a contragosto, no cenário de uma guerra civil. Mata-se por qualquer motivo. Mata-se qualquer pessoa, dentro ou fora de casa, no trabalho ou na praia, nas academias de ginástica ou nos estádios de futebol. Armas de qualquer calibre entram no país pelas nossas fronteiras não guarnecidas encomendadas pelo crime organizado que se articulo com outras organizações criminosas em outros países. Ônibus são queimados nas ruas à luz do dia. Assaltos e sequestros são praticados a toda hora. A corrupção se generaliza e se banaliza inclusive por agentes do Estado - do Executivo, do Legislativo e do Judiciário.  Nada mais pedagógico de que a  falta de política é muito deletéria é a ação bolivariana do PT que planejou no Foro de São Paulo um socialismo ao modo Gremsciano e Fabiano. O PT que levou tão a sério seu projeto de poder que está se implodindo em "mensalões" e "petrolões" pela ganancia que que foi ao pode e por acreditar na impunidade resguarda na opinião popular comprada por programas sociais partidários ofertados como esmolas e não como ação do estado para os menos validos.

A situação é mais grave quando se verifica que a matança tem a intensão de afrontar o Estado. Pois, quando policiais são mortos por bandidos do crime organizado como retaliação se está matando um agente do estado. Quando um Juiz é assassinado por que atua numa sentença em nome do Estado se está declarando guerra ao Estado de Direito. Nos morros onde o trafico de droga se organizou e onde vive entrincheirado há, na verdade, um estado paralelo. E, se forças organizadas afrontam o Estado, estamos diante de uma guerra declarada. Para tanto, o uso, desde que convocado institucionalmente, das Forças Armadas para combater o crime organizado é uma necessidade pois, estamos vivendo um clima de guerra onde não há segurança para a liberdade de expressão e de trânsito - o dreito de ir e vir - tão prometida na Constituição da República.

Uma das origens da criminalidade no país é a fraca participação política dos cidadãos. O povo tem medo de contestar absurdos. De emitir opinião. De indignar-se. De protestar. De votar livremente. Escolhe-se os candidatos eleitos da pior forma possível - vendendo o voto - ou votando em pessoas por favorecimento próprio e por necessidades individuais imediatas. E, não é o povo humilde que padece de politização, é a classe média a maior responsável pela cidadania anêmica e em consequência, indiretamente responsável pela criminalidade, enquanto se posta como usuários de cocaína nos grandes condomínios e nos clubes de novos-ricos travestidos de instituições, por simples ato recreativo. Os profissionais liberais são aqueles que mais se omitem como formadores de opinião, que não participam livre e ativamente das campanhas e das eleições para cargos políticos e que se dobram aos coronéis, estes, mais comuns no Brasil de hoje do que há cem anos atrás. E se dobram por que são cooptados para através de favorecimento venderem suas próprias almas, O cidadão quando ganha mais que o suficiente para matar sua fome, se embriaga com a família, covardemente alheio à sua obrigação social de influir politicamente, ao invés de estar prestando um serviço à nação carente de líderes está reforçando as gangues que detendo o poder assalta os cofres públicos. São os covardes travestidos de pacificadores. Os omissos fantasiados de um politicamente correto é quem envergonha até os ratos dos esgotos humanos. São estes que permitem estelionatos eleitorais como ocorreu na última eleição. Serão os mesmos, os primeiros a se esconderem debaixo de suas camas quando o pior acontecer. Covardes!

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