RECICLAGEM II –
Não ao apelo consumista e
a cultura do descartável
NÃO VAMOS
MUDAR APENAS AS IDEIAS,
SERÁ PRECISO NOVAS ATITUDES, NOVAS POSTURAS.
Texto co fragmentos pesquisados e
escrito por Alvaro (*Alvaro L. Ernesto da S. Jesus é Presidente do
Partido Verde - PV - Em Camamu )
É preciso que adotemos nova
postura no sentido de diminuir a demanda de consumo que alimenta as cadeias
produtivas, polui o meio ambiente, entulha lixo nos aterros sanitários e
prejudica das pessoas e da comunidade como um todo. Implementar todo um ciclo produtivo, desde a matéria
primária bruta até a sofisticação final de um objeto, gasta muito mais energia
do que dar destinação a um objeto através de sua restauração, a partir de outro
que já estava pronto e que só foi utilizado mas que ainda tem muita vida util, que está pouco danificado; que partamos
para fazer sua reutilização, seu reaproveitamento – etapas são poupadas e o
ciclo simplificado. Jogar algo que pode ser recriado, reaproveitado, reciclado, diretamente no lixo esvazia as chances de se aproveitar todas as possibilidades
com um mesmo objeto. E, há sempre possibilidades várias de reaproveitamento de
utensílios. O
mundo tem que mudar a cultura do descartável para a do sustentável.
O termo
"sustentável" provém do sustentare (sustentar; defender;
favorecer, apoiar; conservar, cuidar). A partir de (1987), o uso
sustentável dos recursos naturais deve "suprir as necessidades da geração
presente sem afetar a possibilidade das gerações futuras de suprir as
suas".
Reciclar
(re-ciclar) significa colocar objetos em um novo ciclo de produção. Um ciclo
mais curto e de menor gasto energético. Reciclar e submeter a um novo cicli
mais curto, mais rápido e mais barato. Vivemos a cultura do descartável e este
caminho exige muito gasto de energia e de matéria prima. Para completar o
desperdício, se jogarmos no lixo os produto descartáveis ele polue, ocupa
espaço e para produzir outros objetos temos que ir buscar na fonte primária:
Recusar o quanto puder
Para
uma sociedade com menos resíduos muitas vezes é necessário – e possível – dizer
não. Por exemplo: recusar o excesso das famigeradas sacolinhas plásticas no
supermercado é um bom começo. É hábito colocar até mesmo compras minúsculas em
sacolas plásticas desproporcionais, completamente dispensáveis (por
exemplo, ao comprar cartela de remédios na farmácia ou um chocolate na
padaria). Menos plástico que é de dificil degradação e mais papel, tecidos de
algodão para sacolas reutilizáveis.
Redesenhar o que for possivel
Empresas
e indústrias também devem entrar no jogo e investir em projetos inteligentes
que alterem a forma como suas mercadorias são produzidas. Processos que
consomem menos água e materiais, embalagens e produtos mais fáceis de serem
reciclados e esforços para uma gestão adequada de resíduos -são pontos
importantes. Os gestores públicos precisam ser pioneiros, incentivando a
sociedade como um todo a adotar novas posturas com oferecimento de
contrapartidas na forma de incentivos fiscais. Com a preparação devida de uma infraestrutura que favoreça a sustentabilidade. Mas. onde estão esses gestores?
Reparar para economizar
Uma
forma de reagir à cultura do descartável é investir no conserto de objetos
quebrados em vez de comprar novos que exigirão muita energia e matéria-prima
extraídas de um planeta que já acenou sua finitude. Apenas 8% dos município
brasileiros têm estrutura para reciclagem. Desenvolvemos essa cultura. A
indústria e o comércio nos empurrou para o consumismo desenfreado e
irracional. A primeira atitude do consumo responsável é questionar a real
necessidade de determinada aquisição, seja de produtos, seja de serviços.
Gastamos desnecessariamente e descartamos no lixo produtos seminovos,
perfeitamente aproveitáveis ou facilmente recicláveis. O costume do reformar
moveis e objetos domésticos ficou para trás. Hoje, até as relações entre
pessoas é mais descartável. Escolher aqueles que duram mais ou são
reutilizáveis e abolir a compra por impulso evita desperdícios e diminui a
quantidade de resíduos gerados. Não é de hoje que a literatura usa o jogo de
palavras para rimar e distinguir os verbos “ser” e “ter”. Vivemos a cultuara do
ter, da posse, da ostentação, da alta velocidade de mudanças. E, agindo assim,
já valorizamos muito menos o ser. Nosso valor passa a ser os valor dos objetos
que acumulamos. Valemos os objetos que ostentamos. Gente que experimenta a simplicidade
no cotidiano sabe que ter menos pode ser mais prazeroso. Ainda é mais
funcional e mais inteligente. Ter o que se precisa não o que se cobiça ou se
inveja. Ter apenas o necessário para uma vida confortável. E conforto é diferente de luxo e ostentação de riqueza, que é soberba.
O
índice de aproveitamento de resídios quando separados é maior que 70%. O
alumínio é o campeão de reaproveitamento no País, com índice de 90%. Isso se
deve ao alto valor de mercado de sua sucata, associado ao elevado gasto de
energia necessário para a produção de alumínio metálico. Para o restante
dos materiais, à exceção das embalagens longa vida, os índices de reciclagem
variam entre 45% e 55%, apenas.Será preciso, então, caminhar muito. Será preciso aprender com a possibilidade real de escassez.
Por isso
a importância da coleta seletiva. É o começo do processo de reciclagem. A
postura minimalista seria coletar separado individualizando o lixo inorgânico e o orgânico, ou
seja, separar materiais que não sejam rapidamente perecíveis – metal,
vidro,plástico, papel, madeira, devem se coletados e armazenados em recipientes
diferentes de restos de alimentos que se decompõe rapidamente. Numa coleta
ainda mais seletiva, o lixo inorgânico pode ser separado de acordo com seu estado
de decomposição, sua textura, sua composição, sua origem, visando uma nova destinação especifica e adequada. Damos mais valor à aparência, à embalagem. Veja que a casca de vários alimentos de origem vegetal é descartada quando a riqueza de vitaminas e minerais geralmente se concentra mais aí. No lixo orgânico, uma parte do
resto de alimentos pode ser reaproveitado por nós mesmos, como frutas e
verduras pouco danificadas com alguns pontos escuros na casca ou pouco
amassadas e que jogamos na lata do lixo e que alguns comerciantes descartam e não doam ou vendem mais barato, por uma
questão da não aceitação no mercado impregnado de preconceitos, por que estamos inseridos numa cultura da
perfeita aparência. Restos de alimento pode servir para outros animais ,
para alimentar animais domésticos, e o que é mais residual, menos aproveitável,
pode ir para usinas de compostagem para virar adubo ou produzir gás
natural. As pequenas usinas de compostagem, podem ser operadas nas residências,
principalmente se houver um pequeno quintal, uma área verde, um espaço pouco aproveitado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário