ATO MÉDICO
Por
Alvaro
Estava sendo discutido e foi aprovado no
Congresso Nacional, pelos Deputados e pelos Senadores, um Projeto de Lei (PL)
do Ato Médico. Mas, a presidente Dilma, vetou alguns artigos e por isso o
projeto retornou ao Congresso para a apreciação do veto. Pronto, este projeto
será a LEGISLAÇÃO QUE REGULAMENTARÁ A PROFISSÃO DO MÉDICO doravante, situando,
inclusive, a categoria médica, em relação às outras sete, na área de saúde.
Tradicionalmente, cabe ao médico, o
diagnóstico de doenças, a prescrição de medicamentos e a realização cirurgias e
procedimentos invasivos. Quando se busca fatos e origens históricos, vê-se que,
todas as profissões na área de saúde saíram da medicina como ramificações.
Tradicionalmente, ao enfermeiro, cabe, ser o cuidador (cuidador, administrador
de medicamentos).
De repente, mais que de repente, todo
mundo quer prescrever medicamentos. Todo mundo quer fazer diagnóstico médico.
Ora, mas o fisioterapeuta pode e deve fazer diagnóstico e tratamento em fisioterapia.
O psicólogo pode e deve fazer diagnóstico e tratamento em psicologia. O
nutricionista pode e deve fazer diagnóstico e tratamento em nutrição. O
enfermeiro pode e deve fazer diagnóstico e realizar cuidados de enfermagem,
atos de enfermagem.
Mas, todos querem avançar no quinhão do
médico. Isto por que o governo incentiva a guerra entre as profissões para
baratear custos e para atrair simpatizantes partidários. Os marqueteiros
estrategistas optaram por apoiar a maioria. Apoiaram os outros, todos contra os
médicos. Apoiaram e usaram verbas públicas para tal. Portarias do Ministério da
Saúde banalizam os tais Protocolos de Procedimentos em Saúde Pública, retirando
dos médicos atribuições suas, para distribuir com os demais profissionais na
área da saúde, sem aumentar-lhes o salário e sem exigir qualificação para
tarefas extracurriculares. Por isso há um percentual elevado de USF sem
médicos, como balão de ensaio para o objetivo maior que é livrar-se dos médicos
nessas unidades e encaixotá-los nas UPAS e SAMUs e HOSPITAIS.
Governos quando usam ideologia não governam,
fazem gestão-comício. Vejamos: dividiram o Brasil em dois. Os que têm condições
financeiras (“azelites” de Lula e ele próprio) tratam seus problemas de saúde
com médicos conveniados nos consultórios particulares, pagando através de
planos de saúde ou com dinheiro do bolso. Os pobres, que dependes dos serviços
do Programa de Saúde da Família - Governo Federal, Estadual e Municipal –
tratam seus problemas de saúde quase sem médico.
Futuramente estarão sem médicos nas
Unidades de Saúde da Família, conforme parece planejar o Governo Federal. Tudo
será protocolizado e funcionará no piloto automático. O manete será o
enfermeiro, o piloto será Padilha. O médico será o trem de pouso – olhe que o trem
de pouso às vezes emperra, faz birra, não sai da toca.
O governo tenta eliminar o médico do
cenário. Tirá-lo da equipe de saúde. Jogar outros profissionais contra
ele. Jogar a população contra o médico,
oferecendo em horário nobre de televisão, salários midiáticos, para inglês ver.
Vão aumentando as vagas em todos os cursos na área de saúde e autorizando
faculdades de fundo de quintal. E com a
oferta de vagas em faculdades fajutas subindo, despeja-se para consumo, profissionais de preparação questionável.
Mas, no mercado de trabalho, o salário de algumas categorias de profissionais,
como a de enfermeiros, cai vertiginosamente. O que aumenta para os enfermeiros
é o número de formulários para preencher – mais de trinta – de graça – como se
o profissional trabalhasse para o IBGE. Por isso a raiva... aumenta, contra...
os médicos. Em algumas cidades já não há diferença entre o salário de
enfermeiro e de técnico de enfermagem. Os técnicos em enfermagem estão em vias
de extinção. Perderão o emprego para os enfermeiros sem experiência pratica,
mas com um canudo na mão e uma carta de um padrinho político no bolso.
Parabens aos médicos por regulamentar sua profissão, e que sirva de exemplo para as outras profissões procurarem atraves de seus sindicatos regularizarem as suas, pois é com o exemplo de uniao que os medicos mostraram que podem garantir seus direitos, assim deve ocorrer com todos os profissionais nao medicos, nós que somos fisioterapeutas, enfermeiros, nutricionistas, devemos fazer igual e lutar por mais direitos, principalmente melhores condicoes de trabalho e melhor valorização.
ResponderExcluirPeter Gobiras,
Prof. de Ed. Fisica
Fisioterapeuta