segunda-feira, 22 de julho de 2013

O PAPA É POP, DEUS AGRADECE

O PAPA É POP, DEUS AGRADECE!

Autor: Alvaro

Vamos separar em partes tudo que aconteceu. Primeiro a segurança. Correram risco - o Papa e o povo nas ruas - nada justificou tanta imprudência, tanta negligencia, tamanha imperícia. Uma estupidez que avacalha o estado do Rio de Janeiro e o país. Uma gafe sem precedentes. O Papa é tão responsável quanto as autoridades brasileiras. O Pontífice, por que gosta de quebrar protocolos e se expor demasiadamente tem parcela da responsabilidade pelo risco que correu. Francisco ficou o tempo todo de vidros abertos e escolheu um veículo impróprio.  Os seguranças também erraram muito por que escolheram um trajeto inadequado e por que não deram a devida proteção a uma autoridade do porte de um chefe de estado e ao mesmo tempo o maior líder religioso do mundo, o Papa.
O simbolismo: a Igreja Católica viveu momentos áureos. E, provavelmente, o evento ainda não viveu seu ápice. O Papa Francisco, por onde passa, arrasta multidão. Parece um trio elétrico em pleno carnaval baiano. É irresistível. Vejam o que diz a música: "atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu..." Todos querem ficar mais próximo do Papa Francisco. Todos querem ouvir sua música. Todos querem tocá-lo. Ninguém mais lembra que ele tem nacionalidade argentina. Ele é um homem do mundo. O Papa é argentino, italiano, romano, brasileiro. O Papa é cidadão do mundo. O papa é de todo o mundo. O Papa é nosso. O Papa é pop, ele disse: "Cristo bota fé nos jovens. Os jovens botam fé em Cristo"
Os protestos: quem protesta quer visibilidade. Não há momento melhor. O Papa atrai multidões. Gente do mundo todo. Jornalistas do mundo todo. O mundo inteiro está de olho no Brasil. Para quem quer chamar atenção para sua causa, nada melhor que rasgar a batina do Papa. Ou quem sabe até, botar o Papa no colo. Os manifestantes querem visibilidade.   Para tanto, não hesitarão em pintar de vermelho o seu traseiro pouco proeminente. Se ninguém der muita atenção àqueles que precisam aparecer haverá mais radicalização para chamar mais atenção. Porisso a polícia deve dar mais atenção aos manifestantes radicais.
A síntese: É preciso negociar para que possa surgir o mínimo de consenso. Vamos à síntese.  A turma do planejamento deve elaborar um plano com um pouco mais de cuidado com a segurança e também convencer a Francisco encarnar um Papa menos pop. Em termos de marketing, o catolicismo precisa diminuir a expectativa do evento  ser  simbolicamente tão explicito. Os responsáveis pelos manifestos de rua se obrigam a ser menos radicais.  Ou seja, em resumo :  teremos uma festa menos glamorosa com menos trabalho e mais planejamento para a turma da segurança. E para os jovens, eles experimentarão menos fervor e diversão. Para os radicais, menos pneus queimados e menos coquetéis molotows atirados contra os policiais. Para Deus... Bom, Deus ficará bem mais tranquilo e agradecido se todas as partes se conformarem com menos. Inclusive a presidente Dilma, que no primeiro dia da visita do Papa, surfou na onda de Francisco, ganhando aplausos e ficando imune ao ódio dos manifestantes.
 Francisco brilhou desde o embarque na Itália. Foi aplaudisse a cada parágrafo de seu discurso. Principalmente quando disse em sua fala: "Não trago ouro nem prata...trago Jesus Cristo".
Dilma, em sua fala, repetiu o "nunca antes netepaiz": "Nos últimos dez anos nós mudamos o Brasil".
Agora, digo eu: perguntem a Jesus Cristo se quem descobriu o Brasil e proclamou a República   não foi o PT. E se a abolição da escravatura e a independência do Brasil não foi obra de Lula. Francisco ficará na dúvida, por educação. Dilma dirá que sim, com veemência. Eu, os chamarei de contadores de "causos" em causa própria , com as bênçãos de Francisco - já na Itália - e a complacência de Jesus Cristo - lá no céu.

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