quarta-feira, 13 de novembro de 2013

POEMA O OUTRO

O OUTRO,
Por Alvaro, texto original - 2006

É preciso ir ao encontro do outro
Não há razão para adiar esse encontro.
Há barrreiras?
 Há,
mas podemos construir pontes.

Hoje pode ser a véspera da separação
Hoje pode anteceder a despedida.
E, às vezes, não temos
Outra oportunidade
De chegarmos antes da partida.

Não podemos
Adiar mais o encontro
Amanhã?
Pode ser tarde!
Amanhã é outro dia
E o outro pode não está mais lá.

Ah! Como dói chegar atrasado.
Depois que o sol se põe.

Às vezes temos divergências.
Mas, o que é a divergência
Senão
A expressão 
de individualidade e de liberdade?

E, há divergência sem o direito de opinião?
Quando os oprimidos não podem 
expressar sua verdade
É por que a liberdade foi cassada.
A divergência
Incomoda, mas
Retrata a presença do outro.

A verdade?
Às vezes dói!
O que é a verdade
 senão nossa própria verdade?
Existem muitas 
verdades que não a nossa.
Existe, pelo menos
A verdade do acusador
A verdade do acusado
E a verdade do juiz.

È preciso tolerância 
para ouvir todas as verdades
Ou não teremos quem ouça a nossa verdade.

Mas, é preciso coragem
 para encontrar a verdade.
Verdade e liberdade
precisam ser cavadas, garimpadas, 
arrancadas
 dos corações e das mentes fechadas.
Não vem de graça
Não cai do céu
Não brota do chão.

Nossos dias?
Cada dia é um milagre de Deus
Cada um de nós também é.
E, todos nós merecemos brilhar.
Claro que nosso brilho
vai ofuscar o brilho dos invejosos.
Mas, por acaso nosso brilho
Não procura se refletir no outro?
Não é o outro
Nosso espelho?

E o Grande Outro 
(SADU) 
não é
Nossa referência e nossa projeção?

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