sábado, 30 de novembro de 2013

SOLIDARIEDADE ÀS VÍTIMAS

SOLIDARIEDADE
                        ÀS VÍTIMAS 
DA CHUVA NA REGIÃO
Texto de Alvaro

Mostramos ao mundo através de fotos e relatos escritos a  tragédia gerada pelas chuvas torrenciais que caíram no Baixo Sul, principalmente na Costa do Dendê. De Valença a Ilhéus e Itabuna o estrago foi grande. Camamu, Igrapiuna, Ituberá, Taperoá, Ibirapitanga e Ilhéus relataram e expressaram oficialmente a difícil situação de seus moradores frente a chuvarada que não perdoou ninguém . Depois de cumprirmos, através de Blogs, Sites e páginas no Face, nossa obrigação, contando com a colaboração de todos que estão na rede mundial, interligados  e depois de relatarmos os fatos para que o mundo todo tome conhecimento, e para que as autoridades ajam é hora de mudar o foco. Tudo será feito para que algumas pessoas possam livrar-se de mais prejuízos e até de acidentes fatais.  Agora, é hora de ajudar a reconstruir o que a natureza teimou em modificar e até em destruir. A palavra é: SOLIDARIEDADE, já.  Não há mais tempo a perder. Vamos ajudar nossos irmãos mais necessitados neste  momento difícil e sofrido.




Dizem que os fenômenos climáticos pegam a gente de surpresa. Em parte, é verdade. Em parte, não.  Com os conhecimentos científicos e os sofisticados aparelhos usados na meteorologia para prever mudanças  e ocorrências climáticas, a surpresa pode ser  bastante atenuada. Na atualidade pode e deve haver relativa previsibilidade em relação a ocorrência de fenômenos climáticos. Pode-se prever, com relativa segurança, a ocorrência de chuvas, secas, estiagens, frentes frias e até vulcões e terremotos. Veja que até o aquecimento global e rarefação na camada de ozônio estão sendo apontadas antes mesmo de acontecer.

Mas, vamos ao dia-dia das cidades e a operosidade e responsabilidade dos gestores. Os municípios através de seus gestores não podem prescindir de projetos estruturais e planos de emergência. Os gestores, prefeitos e secretários, estão convocados e obrigados não só a elaborar os planos, mas a fazer simulações e implementar a atuação de equipes de defesa civil para socorrer a população diante de tragédias. Desta vez o impacto sobre as populações dos municípios afetados é grande e a recuperação será parcial e lenta. Os municípios que mais reconheceram e noticiaram oficialmente o efeito da enxurrada optaram pelo reconhecimento de que ocorreu um fenômeno impactante sobre a vida dos cidadãos e já anunciaram medidas concretas para o  socorro. Outros municípios não vieram a público através dos veículos de comunicação falar com o cidadão, para dar orientação preventiva e para anunciar medidas apropriadas de gestão.

Entre os dias 27 e 28 de novembro, choveu torrencialmente na região. Foram castigandos de modo agudo os municípios de Camamu, Igrapiuna e Ituberá, principalmente diante das primeiras notícias. Os moradores dessas cidades rapidamente noticiaram os acontecimentos. Os outros municípios foram informando de modo mais lento o que aconteceu em seus domínios. Agora, já temos informações que ilhéus, Itabuna e Maraú, Valença Taperoá e Cairú também foram intensamente afetados. Maraú está literalmente ilhada com acesso terrestre interrompido. Para chegar a Maraú só é possível via marítima, saindo do porto de Camamu.

As rodovias, no Estado da Bahia, em geral tem ações de manutenção raras, superficiais e precárias. A Ba. 001, trecho Nazaré-Valença, está cheia de crateras que descobrem o asfalto, o que dificulta o tráfego e coloca  em risco a vida e o patrimônio privado – pessoas e veículos  que trafegam na rodovia. O reparo é lento e pouco responsável em relação à ganância arrecadativa dos órgãos e aparatos fiscais do Estado – Estado da Bahia e União. O IPVA é recolhido impiedosa e religiosamente, enquanto a contrapartida é sempre devolvida em marcha lenta, de forma indolente e pouco responsável.  Com essas chuvas de outono, as vias já precárias em boa parte do estado, foram pioradas sensivelmente na Costa do Dendê, comprometendo, inclusive, a trafegabilidade em alguns trechos - como no acesso a Maraú.

As pessoas mais carentes que habitam encostas e localidades sem infraestrutura sanitária e pluvial sempre sofrem mais, sempre são mais atingidas. Ou seja, os mais carentes são sempre os primeiros nas filas dos sacrifícios. As prefeituras, que dependem do humor e da competência dos gestores, preferem, em sua maioria, ações eleitoreiras, à investir e priorizar a infraestrutura. Nas campanhas que elegeram alguns gestores, geralmente planos de governo não foram debatidos e a competência dos gestores não foi testada, por isso mesmo, quem paga a conta são os mais fracos, comumente os mais facilmente enganados por promessas irrealizáveis e ações corruptoras dos poderosos endinheirados.

Agora, com uma ação de cidadania de quem pode ajudar, a população - nós - precisa agir par socorrer os mais atingidos, sem esperar pelo poder público que é lento, burocrático e preguiçoso. E, como geralmente os mais atingidos habitam os bairros periféricos, a ação deve ser concentrada nesses bairros, naqueles onde o prejuizo e as necessidades são maior. Nesses aglomerados humanos os políticos só gostam de aparecer em vésperas de eleições. Depois, não dão satisfação a ninguém, somem, não recebem os munícipes, não fazem pronunciamentos públicos e, geralmente ficam confiados no poder aquisitivo que pode comprar votos nos pleitos seguintes - se a população quiser se deixar enganar mais uma vez - para se perpetuarem no poder.


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