terça-feira, 26 de novembro de 2013

MEUS FILHOS - (Republicação)

MEUS FILHOS
                                     Por Álvaro


Qual de vocês eu amo mais?
Pais e mães nasceram para amar
Incondicionalmente
Indiscriminadamente.
Vivem para perdoar
ininterruptamente.
São feitos, (os pais)
Para amar.

Olho, de manhã, vejo todos eles
Encho-me de ternura e de cuidados
Minha caixa de pensamentos fica lotada
Abarrotada.
Abraço-lhes então
Beijo-lhes todos
Digo-lhe palavras em pensamento
Troco suas fraldas na imaginação
Ajudo-lhes a mamar.
(tudo é fictício, mas)
Quero ajudar
Quero Amparar

O mais velho
Quero bem perto
Mas, longe está.
E está também
Longe do deserto
Longe do abandono.
Ainda assim:
Telefono
Pergunto
Quero saber.
Planejo minha vida
Pra que ele possa
Um dia
Suceder-me.

O mais novos
um, fico perto
acompanho
oriento
encaminho.
Do outro,
estou distante;
mas vigio mesmo assim.
E dou tudo de mim
para a distância compensar.

A de dois anos
Acordo e beijo-lhe
Tomo café com ela
Despeço-me
E sigo pro trabalho.
Ela chora,
reclama
E eu volto uma, duas vezes,
Vou morrendo de saudades.
Mas vou, tenho que ir.

As mais velhas 
seguem seus caminhos
já longe do ninho
nas asas da liberdade
deixando prá trás a saudade
tributo pela distância.

Elas e eles
Penso em todos todo dia.
Fico procurando um jeito
Talvez até muito perfeito
De não deixá-los magoados.
Tento sempre
E quase sempre não consigo.
Paro
Sigo
Digo
Pergunto
Não exijo quase nada.
Espero, aguardo
 O dia
Que reunirei todos
Não sei
Deus deve saber.

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