CORRUPÇÃO

CARTEIRINHA DE IDENTIDADE DE CORRUPTOS

Um texto de Alvaro

Falam que a corrupção é a causa de tudo mas poucos denunciam os corruptos desde que eles sejam seus vizinho, seus amigos ou que favoreçam os amordaçados. Na verdade, a cultura da corrupção está implantada no Brasil desdo o seu descobrimento. Em todos os tempos e em todos os governos na República a corrupção não precisou de adubo para crescer, a não ser com o Brasil maravilha do PT de Lula. A corrupção foi tão  implementada no Brasil, nos últimos dez anos que, tem o seu ícone mais robusto frequentando as páginas dos jornais e como motivo de editoriais há pelo menos sete longos anos - O MENSALÃO do PT. Mas há o Mensalão do PSDB de Eduardo Azeredo e tantos outros milhares de mensalinhos espalhados pelas câmaras legislativas país a fora. Há outros mensalões - o do PSDB, por exemplo está para entrar na pauta para julgamento no Supremo. Mas, com a prisão dos condenados pelo STF, o PT não escapa mais do constrangimento, nem que Lula permaneça mudo por mais um século.

Quer pegar um corrupto comece a selecionar seus “laranjas”. Contabilize o patrimônio desses “laranjas”. Documente o patrimônio dos “laranjas”. Só então, o chame de corrupto, senão ele pode lhe processar ou lhe perseguir. Os corruptos demonstram sinais externos de riqueza sempre com patrimônio incompatível com sua renda, mas camuflado de várias maneiras. Estou falando de renda devidamente declarado ao Leão – Receita Federal, que o corrupto sonega para pagar pouco imposto e não ser facilmente fiscalizado. Investir em patrimônio imobiliário é um brinquedinho para os corruptos. Algumas de suas propriedades ficam muito tempo em nome dos vendedores, geralmente vários herdeiros de algum espólio. Ou então, distribuídas em nome de laranjas. É comum eles investirem em terras em municípios vizinhos para disfarçarem mais ainda os sinais externos de riqueza.

Os grandes corruptos se municiam de assessoria técnica robusta; advogados, contadores, despachantes, agentes imobiliários – que eles mantem na roda de amigos íntimos para operar e se proteger. E, tem sempre alguém que faz o intercâmbio nos cartórios e nas secretarias. O dinheiro deles é fêmea. Só anda parindo, procriando, aumentando o número de filhotes. Os corruptos gostam de influenciar pessoas, por isso mesmo, sempre estão patrocinando festas e eventos diversos para atrair pessoas para seu rol de influência.

Quando o corrupto ocupa um cargo público relevante começa logo a distribuir empregos para cooptar mais pessoas que passam a ser seus soldados nos malfeitos que estão envolvidos. Não é raro o corrupto pertencer a uma instituição filantrópica ou do ramo, para criar uma imagem de bom moço. O que ele quer na verdade é dar dignidade a sua imagem. Para não serem chamados de ladrões, os corruptos fingem que perseguem os ladrões. Collor investiu-se de caçador de marajás e ganhou a eleição para presidência da República. Mas, descoberta a farsa, saiu pelas portas dos fundos. Os corruptos gostam de andar de terno e gravata, fazer parte de diretorias de instituições, posar de grande liderança. Geralmente, em público, são afáveis e compreensivos, verdadeiros ombros-amigos. Socialmente eles precisam de destaque e de uma imagem irretocável.

Comecem a caçar corruptos na sua cidade. Eu não conheço nenhum; e não conheço por que eles não passam recibo nem exibem um diploma de corrupto. Mas, eu sei caracteriza-los. Talvez até saiba onde moram alguns. Sei alguns passos de como operam. Eu posso até saber com quem andam.  O que eu procuro e não encontro é a carteirinha do corrupto, a sua identidade de corrupto. Sem a identidade do corrupto como o Ministério Público ou a Justiça podem agir? Sendo corrupto, dificilmente se vai para a cadeia. Mas, nossas operações jurídicas são tão complicadas, que, quem quer passar um tempo no xadrez para experimentar basta atrasar um dia a pensão alimentícia ou beijar um cachorro sem antes escovar os dentes. Hoje os animais são bem mais valorizados que o cidadão comum, este, para ganhar alguma coisa na justiça precisa mudar no voto a realidade do país.