quarta-feira, 14 de maio de 2014

JUSTIÇA , ÉTICA E ESPERANÇA

por Luiza Cadidé no dia 14 de Mai de 2014 às 18:34 em Cultura - METRO 1
"É possível ter muita esperança", diz Clóvis de Barros Filho sobre justiça e ética no Brasil
Foto: Reprodução/Uol
Em uma realidade em que a ilegalidade e imoralidade parecem prevalecer, a afirmação de que a maioria da população cumpre com os seus deveres e se entristece com as ações indignas que acontecem diariamente soa como um consolo. O escritor e professor da USP Clóvis de Barros Filho foi entrevistado pelo apresentador Mário Kertész, nesta quarta-feira (14), e falou sobre o livro, em parceria com escritor Mário Sérgio Cortella, "Ética e Vergonha na Cara!".

Quando questionado sobre se existe a dita 'vergonha na cara', o escritor afirmou que "sim e esta sempre existiu". "Sempre houve muita vergonha na cara. A verdade é que a maioria de nós diante de uma ação considerada indigna, muitas vezes, se entristece e isso é vergonha. Uma tristeza que se sente toda vez que não gostamos de algo que fazemos", explicou.

O professor afirmou que é possível ter esperança nos dias atuais apesar de todas as notícias que mostram a injustiça prevalecendo nas relações humanas. "Apesar de uma campanha que nos faz acreditar no desaparecimento dos valores morais, que ninguém sabe o que é ética, que é cada um por si e que tudo não passa de uma grande bandalheira, ao conversar com as pessoas estas demonstram que têm muita vergonha na cara, cumprem com seus deveres, são honestas e não suportam desonestidade. É possível ter muita esperança", contou.

A prisão dos condenados pelo processo do mensalão e a ideia de que a ação está retomando a justiça no país também foi citado pelo escritor. "Foi um bom exemplo. Infelizmente o que aconteceu foi tomar a parte pelo todo. Elegeram-se alguns que foram julgados e punidos, mas quando se observa as pessoas que estão fazendo da própria história a encarnação do comportamento indigno e que têm um histórico de lesão ao patrimônio público e continuam sorrindo, deixa a sociedade um pouco reticente sobre se isso é uma iniciativa privada ou se de fato o Brasil está mudando."

Ouça a entrevista completa:
 

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