terça-feira, 11 de março de 2014

Um Giro nas Noticias Brasil Varonil

A tolice que Lula disse ao La Repubblica, então, foi outra, não aquela publicada pelo jornal italiano

Muito bem. Comentei ontem aqui, em tom bastante duro, uma tolice que Lula teria dito ao jornal italiano La Repubblica. Segundo publicou o veículo, o ex-presidente brasileiro teria afirmado o seguinte: “Do ponto de vista macroeconômico, qual outro país, além da China, criou as condições de crescimento do Brasil? Nossos críticos dizem que o melhor é reduzir a oferta de emprego para reduzir a inflação, mas, para nós, a defesa do emprego é mais importante que a inflação”.
Nesta segunda, o Instituto Lula divulgou uma nota afirmando que o ex-presidente não disse exatamente aquilo. Uma gravação de 16 segundos foi posta no ar. E se pode ouvir o petista dizer o seguinte:
“Nossos críticos querem que tenha um pouco de desemprego para poder melhorar a inflação. Eu não quero que tenha desemprego para melhorar a inflação. Eu quero melhorar a inflação com pleno emprego”.
Então é preciso observar duas coisas.
Se o trecho reproduzido pelo La Repubblica deriva desse que foi posto no ar, é claro que o jornal italiano errou. Lula, de fato, disse outra coisa e não sugeriu preferir um pouco de inflação a mais desemprego.
Então não há nada de errado com a sua fala? Há, sim! E é coisa grave!
A bobagem dita por Lula, como se pode ouvir, é outra. Repito: “Nossos críticos querem que tenha um pouco de desemprego para poder melhorar a inflação”. É mesmo? Quais críticos querem isso? Por que o petista não declina os nomes daqueles que gostariam de ver crescer o desemprego no país para baixar a inflação?
É evidente que isso é uma fantasia. Trata-se apenas de um processo de demonização dos adversários, sugerindo que eles gostariam de punir os pobres com o desemprego. Já os petistas não! Como eles teriam o monopólio da virtude, só querem o bem do próximo.
Tudo indica que o jornal italiano errou mesmo. Lula, então, não disse preferir a inflação ao desemprego, mas acusou, com a ligeireza habitual, seus adversários de preferir o desemprego à inflação. Lula, assim, nega que seja idiota, mas supõe que idiotas sejam os outros.
Por Reinaldo Azevedo.

Os mistérios também técnicos do avião que está desaparecido. Crescem indícios de uma ação terrorista

Gonçalo Osório, leitor habitual deste blog, é especialista em muita coisa, inclusive aviões. E me manda a seguinte mensagem. Volto em seguida:
Rei,
eu sei que você detesta avião, por isso vão aqui algumas coisas intrigantes para quem não gosta de avião.
1) Todo bicho desse porte (imagine: 350 toneladas de peso de decolagem, dependendo do modelo) tem uma coisa chamada ELT — emergency locator transmiter. Como o nome em inglês diz, é um sinal de rádio de emergência, que é acionado sem interferência do piloto e que pode ser captado por outros aviões, navios e satélites. Ninguém captou nada. Como assim? O ELT não funcionou? Não se sabe.
2) Esses aviões ultramodernos têm outra coisa: caixas-pretas que “falam”. Depois de um acidente, elas transmitem também um sinal, que aviões como esses que os americanos usam para achar submarinos no Mar da China são capazes de captar. Como assim? Ninguém captou nada até agora?
3) O Boeing 777, assim como aquele Airbus da Air France que se acidentou na rota Rio-Paris, dispõe de um treco chamado ACARS (outra sigla em inglês). Para compreensão do leigo, é como a telemetria de carros de Fórmula 1: sensores a bordo detectam tudo o que acontece com motores, equipamentos de navegação, atitude do avião em voo, o escambau, e transmitem a intervalos de segundos essas centenas de informações para o fabricante (a Boeing) e para o operador (a Malaysia). No caso do Air France, por exemplo, sabia-se, durante os sete minutos entre o avião sair da altitude de cruzeiro e se espatifar na água, que várias coisas estavam ocorrendo: não eram defeitos técnicos, mas o ACARS transmitiu a rápida perda de altitude, por exemplo, e as diversas configurações dos computadores de bordo. Cadê as informações do ACARS do B777 da Malaysia? A Boeing e a companhia até agora nada disseram.
Meu palpite é terrorismo. O pessoal do setor (pilotos, instrutores e chefes de operação de grandes companhias) acha que terroristas de alguma maneira tomaram conta do avião e teriam conseguido, inclusive, interferir na operação do transponder. Muito esquisito mesmo!
Retomo
Pois é… As semelhanças com o caso da Air France vão ficando para trás, e uma outra tragédia vem à memória: o ataque terrorista ao voo 103 da Pan Am, em 21 de dezembro de 1988, que matou 270 pessoas — 259 ocupantes do avião e 11 moradores da pequena Lockerbie, na Escócia, onde caíram os destroços. A aeronave partira de Londres com destino a Nova York.
Terroristas líbios, a mando de Muamar Kadafi, introduziram uma pequena bomba no avião — sim, pequena, escondida numa maleta. Naquela altitude, basta um rombo de pequenas proporções na fuselagem para a aeronave se espatifar no ar.
A Malásia, de onde partiu o avião, é outro celeiro do extremismo islâmico, mas a China, até onde se sabe, não está na mira desse tipo de terrorismo. Chama ainda a atenção a reação irritada da China.

Reunião de Mantega com grandes irrita os pequenos e médios do setor


A reunião do ministro Guido Mantega (Fazenda) com grandes grupos brasileiros, marcada inicialmente para hoje em São Paulo e remarcada ontem à noite para amanhã, em Brasília, provocou revolta em parte da indústria. Para representantes de associações de classe, é preciso que o governo atenda também aos interesses das pequenas e médias empresas, que respondem por boa parte dos postos de trabalho. ”Esse é um governo que não ouve a pequena e média empresa”, afirmou à Folha José Velloso, presidente-executivo da Abimaq, que reúne os fabricantes de máquinas e equipamentos. “Já pedimos, mas a presidente Dilma não nos recebe.”
Mantega chamou para o encontro cerca de 20 grandes empresas. Juntas, elas faturaram mais de R$ 500 bilhões em 2012. A reunião faz parte da estratégia do governo de tentar melhorar as relações com o setor. Segundo Velloso, as empresas convidadas são todas multinacionais, que não enfrentam todos os problemas do “custo Brasil”, porque têm a opção de tomar crédito mais barato no exterior ou de importar insumos.  Ele disse ainda que uma coalizão de 23 entidades de classe, que representam 54% do faturamento e 51% do emprego da indústria, pede desde novembro uma audiência com Dilma, sem sucesso. O tema do encontro seria a falta de competitividade da indústria e a deterioração da balança comercial.
 

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