quarta-feira, 30 de abril de 2014

INVERSÃO DE VALORES E FALTA DE DIGNIDADE

VENERAMOS ALGUNS VIRA-LATAS




Nada contra os cães. Luto contra o caos. Contra os traços macunaímicos em nossa cultura. Luto pela linha reta quando a curva significa rebolation ou enrolation. São aceitáveis as curvas na arquitetura de Niemeyer e também na poesia de Vinícius de Moraes. Mas, quando o novelo quer emoldurar a mentira como padrão de enfrentamento é jogo baixo de algum laranja ou do chefe deles. Eu, absolutamente, nada tenho contra os vira-latas – cachorros. Se há outro tipo de vira-lata? A ex-Min. Des. Elina Calmon falou de "bandidos de toga" e eu me refiro aos bandidos de avental, localmente situados.



Não é possível aceitar que a figura maior de uma instituição universal e secular, seja um simples laranja a serviço do rei. Devemos usar a inteligência, a coragem e o amor ao próximo, para nos tratarmos de irmãos e convivermos institucionalmente assim. Não é possível aceitar que aquele a quem veneramos esteja ali, sentado no trono, sem merecer e sem ter as condições de ali estar. Eleições fraudadas, inelegibilidade, golpe para impor uma chapa, arrombamento do cofre da instituição. Por isso tudo...veneramos pessoas erradas. Que são os macunaímas verdadeiros.



Nunca ouvi psicólogos que trabalham com animais falar do cinismo dos vira-latas. Não sei se vira-latas são cínicos. Mas, o que sei, é que me nego a venerar os cínicos. Pessoas desse tipo são portadores de patologias da alma para as quais não se conhece cura. Mas, como no Brasil o sucesso alheio é um insulto, os incapazes, os fracos de espírito só encontram emprego como cínicos, mentirosos, ladrões.



Poderia poupar as palavras e mostrar a cópia dos cheques e das promissórias e a assinatura do larápio. Mas, não. Vou denunciar o pecador e retirar o véu que esconde sua imagem enlameada e fedida. Como? Denunciando formalmente seus malfeitos em instâncias superiores, na justiça comum e através da imprensa incluindo a web. Depois não diga que eu não avisei. Enfim, que ladrem os cães enquanto a caravana passa.




O mundo pode ser simplificado. Não precisa ser santificado. As pessoas certas nos lugares certos evita contestação, interpelação, duelos na justiça.  Aos ladrões, o julgamento. Se condenados, cadeia neles. O que não pode é uma gangue tomar conta de uma instituição e pretensamente tentar afugentar aqueles que pecam muito menos do que eles, quase nada. Está havendo, no mínimo, uma inversão de valores. Não, ao caos institucional. E, o poeta camamuense Lúcio Mendonça já chamava a atenção dos filhos da cidade, do município, seus leitores, há muito tempo em " Apelo aos Camamuenses".   


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