sexta-feira, 11 de abril de 2014

O GIRO DA POLITICA

 
por Luana Ribeiro
 ‘Temos urgência, mas não temos pressa’, diz Leonelli sobre chapa do PSB; PDT está nos planos
Foto: Bahia Notícias
Mesmo com a chapa governista fechada desde março e a confirmação dos candidatos das oposições nesta quinta-feira (10), o PSB ainda não tem nome definido para a vice nem prevê data para anunciar o elemento que falta na coligação. “Queremos apressar ao máximo; temos urgência, mas não temos pressa. A pressa leva à imperfeição”, afirma Domingos Leonelli, coordenador da campanha da senadora Lídice da Mata, que disputará a vaga de governadora ao lado da ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, que tentará o Senado. Enquanto a congressista participa do Fórum Mundial Urbano em Medellín, na Colômbia, Leonelli conta que o partido ainda conversa com outras legendas, como PPS e PV. Com o PDT, que já foi citado por Lídice como um apoio desejado, as negociações continuam. “Mas não fechamos acordo, absolutamente”, reitera. A expectativa de uma chapa totalmente feminina também está entre as possibilidades, mas, segundo Leonelli, "não é obrigatória”. “A chapa já é feminina, já tem a maioria de mulheres: Lídice e a doutora Eliana Calmon. Com certeza, se não vai ser totalmente feminina por ser, e sim, por mérito pessoal, valor próprio, independentemente de ser homem ou mulher”, analisou. Com o cenário já definido, o socialista aponta que o diferencial da chapa é o fato de ter na própria candidata a liderança do processo. “Uma diferença essencial é que ela está montando a própria chapa, ela é a líder. As dos outros seguem o estilo da velha política: a de Rui Costa tem o dedinho de Wagner; a das oposições, tem o dedinho de ACM Neto, com loteamento de cargos já anunciados. Lídice não tem chefe”, compara.

   
Sem destino definido na Bahia, PV quer palanque para presidenciável e pode caminhar sozinho
Foto: Max Haack/Ag. Haack/Bahia Notícias
Em reunião da cúpula nacional em Brasília, o PV deve decidir nesta sexta-feira (10) o destino de suas alianças estaduais para o pleito de outubro deste ano – inclusive a situação da executiva baiana da legenda, dividida entre a permanência no território oposicionista, que abriga chapa capitaneada pelo ex-governador Paulo Souto (DEM), a ala socialista da senadora Lídice da Mata e o caminho solitário até as urnas. Seja qual for a definição, será traçada com foco na articulação nacional do partido, que tem candidatura própria do ex-deputado federal Eduardo Jorge à Presidência da República. O plano estratégico foi divulgado por um dos dirigentes da sigla no estado, o ex-secretário da pasta soteropolitana Cidade Sustentável, Ivanilson Gomes, em entrevista ao Bahia Notícias. Segundo ele, com o anúncio da composição final da chapa unitária da oposição na Bahia, o PV pode, a depender do saldo da reunião em Brasília, apresentar algumas condições ao coordenador da coligação antipetista, o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), para manter o apoio ao grupo durante a campanha eleitoral. “O PSDB tem uma aliança com o DEM e, juntos, eles devem fazer palanque para [o candidato social-democrata ao Planalto] Aécio Neves. Mas nós, do PV, também temos candidato e certamente vamos querer o maior apoio possível para ele. Se a tendência do partido for a aliança com Souto, Neto terá que considerar isso”, avisou. Outra possibilidade analisada pela legenda, de acordo com o pevista, é apostar todas as fichas na vice-prefeita da capital, Célia Sacramento (PV), que chegou a ser cotada como pleiteante ao Senado na coalizão tucano-democrata, mas já demonstrou interesse em concorrer ao cargo máximo do Executivo baiano, em uma corrida quase isolada dos verdes até outubro. “Essa possibilidade existe e seria uma saída para termos palanque próprio no estado. Vamos ver qual é a melhor estratégia. A política tem uma dinâmica própria e pode surpreender”, sugeriu. Sobre uma eventual aproximação com Lidice – mais uma alternativa do partido –, Gomes não apontou avanços nas conversas. “Nosso presidente estadual [o prefeito de Licínio de Almeida, Alan Lacerda] conversou algumas vezes com a senadora. Sei que ela também se reuniu com o presidente nacional [o deputado federal José Luiz Penna]. Mas nada foi definido nesse sentido”, esclareceu. Caso alguma das chapas consiga firmar pacto com o PV, ganhará 14 segundos a mais de tempo no horário eleitoral gratuito televisivo, de acordo com regras estabelecidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ex-auxiliar de Neto não definiu prazo para que seja oficializado o posicionamento da sigla. 

   
Após definição de chapa oposicionista, partidos nanicos decidem sobre aliança; Oito são incertos
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
Dos partidos conhecidos como “nanicos” que integram a ala oposicionista da Bahia, somente o PTN pode ser considerado presença certa na base de apoio à chapa antipetista ao governo do Estado. “Temos o melhor grupo já apresentado até agora. Na comparação, Paulo Souto está muito à frente do candidato do PT [Rui Costa], um deputado federal medíocre que tentou projetar seu nome e não conseguiu. Além disso, o prefeito ACM Neto desempenhou a tarefa mais difícil: manter a oposição unida”, afirmou o presidente estadual da legenda, Maurício Bacelar, em entrevista ao Bahia Notícias nesta quinta-feira (10), após o anúncio do arranjo final da coligação majoritária tucano-democrata que disputará o pleito de outubro deste ano. Mais hesitante, o PPS – cujo destino se confunde com o de outras sete siglas (PRP, PTdoB, PSDC, PEN, PTC, PMN e PPL) que compõem a Frente Partidária Jorge Aleluia e muito provavelmente caminharão juntas rumo às urnas – deve, só agora, com todas as informações às claras, analisar o cenário e escolher qual território é mais propício para o cultivo de suas pretensas candidaturas a deputados federal e estadual. Mesmo com baixa expressão na Assembleia Legislativa e no Congresso, o grupo de nanicos é importante, pois acrescenta tempo de inserção no programa eleitoral gratuito à coalizão de sua preferência. Só o PPS, por exemplo, tem 12 segundos de espaço na TV. “Temos que definir qual a melhor chapa proporcional para nossos planos. Estamos em sucessivas conversas com ACM Neto e, agora que foi definida a majoritária, queremos saber dos próximos passos. Só então poderemos analisar as alternativas”, explicou o líder estadual da legenda e aspirante a uma vaga na Câmara Federal, vereador Joceval Rodrigues. Segundo ele, o partido não descarta uma eventual união com o PSB da senadora e pré-candidata ao Executivo baiano, Lídice da Mata. Apesar das conversas, porém, nenhum acordo entre as duas siglas foi esboçado até agora. “A frente partidária já esteve com o PSB, mas nada foi resolvido. Outras discussões devem acontecer. Nós temos um objetivo claro [eleger um deputado federal e outro estadual] e, para alcançá-lo, precisaremos dialogar para encontrar a melhor alternativa”, afirmou o legislador, que evitou decretar tempo-limite para oficialização do posicionamento de sua agremiação. “Essa coisa de prazo não tem dado muito certo”, brincou. 

   
Sexta, 11 de Abril de 2014 - 00:00

Alijado da chapa das oposições, João Gualberto deve anunciar candidatura a deputado

por Juliana Almirante
Alijado da chapa das oposições, João Gualberto deve anunciar candidatura a deputado
Foto: Arquivo pessoal
O ex-prefeito de Mata de São João, João Gualberto (PSDB), não foi escolhido para integrar a chapa da oposição, composta por Paulo Souto (DEM), para o governo, o tucano Joaci Góes, para vice, e Geddel Vieira Lima (PMDB), para o Senado. A designação do ex-parlamentar para o grupo majoritário, apesar de contemplar o PSDB na formação, partiu de indicação do presidente peemedebista. O ex-gestor preterido na constituição do grupo oposicionista diz aceitar o arranjo final, embora admita que não tem proximidade com o correligionário. “Claro que apoio [a candidatura a vice], mas é uma pessoa que não tenho muita convivência. Eu não o conheço o suficiente. Não cabe a mim avaliar”, opinou. “Joaci é um filiado do PSDB. Se foi indicado pelo PMDB, não cabe a mim falar. O que eu sonhei é que Paulo Souto seja candidato. O importante disso tudo é a figura do [candidato a] governador”, completou. Dono da rede de supermercados Hiper Ideal, o empresário que cumpriu dois mandatos consecutivos à frente do município da Região Metropolitana, ainda pretende retornar à cena política como candidato a deputado estadual ou federal. “A gente tem um projeto e isso não muda nada. Vou conversar com minha família. Até a próxima semana devo decidir [a candidatura]. Vou continuar na política. Eu acredito que é um meio de ajudar a vida das pessoas. É uma maneira de contribuir com a sociedade. Eu tenho condições de contribuir”, avaliou o ex-prefeito. Gualberto ainda acredita que, ao contrário de “muitas pessoas que fazem política por conveniência", ele prefere declarar o próprio lado por afinidade. “Meu voto e minha participação são dentro da minha convicção”, explanou. Na noite desta quinta (10), o ex-prefeito foi visto em um jantar com dois correligionários interessados diretamente nas suas pretensões eleitorais este ano: o deputado federal Jutahy Magalhães e o estadual Adolfo Viana.

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