terça-feira, 15 de abril de 2014

PSB oferece Estados para convencer PV a apoiar Campos

O PSB e a Rede trabalham com uma perspectiva de atrair o PV para aliança em torno da campanha presidencial do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e de sua vice, a ex-ministra Marina Silva. Para o plano dar certo, os verdes precisariam desistir da pré-candidatura do ex-deputado federal Eduardo Jorge à Presidência. Para convencê-los, partidários de Campos oferecem a possibilidade de apoiar candidatos verdes aos governos estaduais, inclusive em São Paulo. Oficialmente, o candidato do PSB em São Paulo é o presidente estadual do partido, o deputado Márcio França. Ele, no entanto, nunca escondeu a preferência por participar da chapa do tucano Geraldo Alckmin, que vai buscar a reeleição. Marina fez duras críticas ao PV quando saiu de lá para formar a Rede.
Para os socialistas, a imagem de Marina Silva pode ajudar a tornar competitivo um candidato ao governo paulista. A composição pode ser explorada também em outros Estados. Uma reunião da Rede no fim de semana praticamente acertou os últimos detalhes para o apoio ao deputado federal Miro Teixeira (Pros) na disputa ao Palácio Guanabara. O grupo já admite a derrota em Minas, onde o PSB pretende apoiar a candidatura do tucano Pimenta de Veiga. O argumento é que o partido já havia fechado um acordo com o PSDB antes da composição com a Rede. O partido também já conta com dissidências do PMDB e do PDT, partidos da base de Dilma Rousseff. No PMDB, gaúchos, comandados pelo senador Pedro Simon, e pernambucanos, ligados ao senador Jarbas Vasconcelos, defendem Campos. Líderes regionais do PDT, os senadores Cristovam Buarque (DF) e Pedro Taques (MT) participaram do lançamento. Em Brasília, os pedetistas já anunciaram a intenção de apoiar a campanha do senador Rodrigo Rollemberg (PSB) ao governo distrital.
Indicação para a ANS é retirada
A retirada da indicação de Bruno Sobral para ser reconduzido à diretoria da Agência Nacional de Saúde (ANS) teve a ver com a mal sucedida negociação do órgão com o deputado Eduardo Cunha (RJ), líder do PMDB na Câmara, sobre item incluído na MP 627 para favorecer operadoras de plano de saúde. Continuam indicados José Carlos Abrahão e Simone Sanches, que passará por sabatina para aprovação no Senado amanhã. Simone, Abrahão e também Sobral teriam sido indicados pelo senador Eunício de Oliveira (PMDB-CE), segundo governistas. O senador, por meio de sua assessoria, nega ser o responsável pelas indicações.
Apoio de ex
Servidora de carreira da agência, Simone Freire será sabatinada pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado amanhã. A indicação de seu nome teria sido sugestão do ex-diretor Elano Figueiredo, que renunciou ao cargo depois de ser acusado de ter omitido sua ligação com planos de saúde. Como advogado, ele atuou para a Hapvida, inclusive em ações contra a ANS e o Ministério da Saúde.
São Paulo terá disputa entre escolas
Presidente da Fiesp e pré-candidato do PMDB ao governo paulista, Paulo Skaf está com os dados das escolas do Sesi e do Senai, redes administradas pela entidade, na ponta da língua. Número de alunos de ensino fundamental em tempo integral, equipamentos de esporte e cultura construídos ou reformados e a integração do ensino médio com cursos profissionalizantes. Quer comparar os dados com as escolas estaduais da gestão do tucano Geraldo Alckmin, que disputará a reeleição.
Pré-candidato encara derrota na final do vôlei
No domingo, Paulo Skaf esteve em Minas Gerais, para acompanhar a final da Superliga Masculina de Vôlei. Mas a presença do presidente não deu sorte ao Sesi-SP. O Sada Cruzeiro venceu o jogo por 3 sets a 0 e se sagrou campeão. A Skaf, restou entregar as medalhas de prata para sua equipe. O pré-candidato terá uma nova chance para mostrar que não é pé-frio em finais. O time feminino do Sesi-SP enfrenta no sábado o Molico-Nestlé (SP).
Aécio Neves, presidenciável tucano, sobre a decisão do líder do PMDB da Bahia de desistir da candidatura ao governo para apoiar o DEM: “O gesto de desprendimento de Geddel escreve uma das belas histórias políticas do País”

‘Dilma não pode se subordinar aos interesses do PT’, diz Berzoini 

Em entrevista ao programa Opinião, novo ministro de Relações Institucionais promete aproximação da presidente com a política, minimiza as tensões com o PMDB e critica oposição

Recém-chegado à Esplanada, o novo ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, admite a necessidade de aproximar a presidente Dilma Rousseff do mundo político, para sanar as dificuldades que hoje atingem a articulação política do governo. Em entrevista ao programa Opinião, da TViG, Berzoini adianta que a presidente vai intensificar as reuniões com partidos neste último ano de governo. Dilma, segundo ele, também se prepara para dar início a uma agenda de aproximação com empresários.
“Existe uma demanda no mundo político por maior proximidade com o mandatário, com o plano Executivo”, diz o ministro. Ele admite que parte dessa aproximação será naturalmente pavimentada pela eleição. Mas manda um recado ao PT, diante da declaração feita ao iG pelo senador Lindbergh Farias (RJ), para quem Dilma não deve “colar” peemedebista Sérgio Cabral. “As decisões da presidente, pré-candidata à reeleição, não podem se subordinar exclusivamente aos interesses do PT ou de qualquer outro partido”, afirma.
Berzoini foi entrevistado pelos jornalistas Tales Faria, vice-presidente editorial do iG; Rodrigo de Almeida, diretor de Jornalismo; Clarissa Oliveira, diretora da sucursal de Brasília; e Luis Nassif, que está à frente do jornal GGN e integra o time de parceiros inseridos no iGlr, nova blogosfera do portal.
Na entrevista, o ministro disse enxergar lados positivos e negativos na maneira de governar da presidente, inclusive no fato de demonstrar menos traquejo político que o antecessor Luiz Inácio Lula da Silva.
“Dilma tem um estilo que é de acompanhar muito mais no detalhe o conjunto dos programas em andamento do que o presidente Lula, que tinha muito mais uma cultura de articular e delegar. Na relação com o empresariado, muitas vezes, realizava reuniões que permitiam um sentimento de maior participação. Acho que é bom para o governo essa referência. Acho que a presidente Dilma está disposta a fazer mais desse tipo de encontro, a ampliar esse sentimento de diálogo.”
PMDB
Na avaliação do ministro, a aproximação de Dilma com a política tende a melhorar a relação com o Congresso, num momento em que o Planalto assiste ao aumento das tensões com o PMDB. Berzoini minimiza as preocupações com a sigla aliada e nega que o governo tenha aderido ao toma-lá-dá-cá.
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“A expressão toma lá dá cá é uma tentativa de fazer uma caricatura do que é uma composição política, que existe no Japão, na Europa, nos Estados Unidos, em qualquer lugar do mundo. Você governa numa frente de partidos, você tem que compor para conseguir governar”, diz ele.
Ele reconhece que o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), surpreendeu por sua “capacidade de organização”. “De certa forma, ele dialogou com uma parte da base e captou um sentimento de insatisfação”, disse.
Crise
Berzoini reforçou o discurso da cúpula petista, ao se queixar da ação da oposição diante das denúncias sobre a Petrobras. “É uma tentativa de criar uma pauta que possa encobrir o conjunto de realizações do governo, diz o ministro. Ele admite, entretanto, que o governo agora precisa retrabalhar a imagem da companhia. “Acho que há uma deficiência de comunicação evidente, que precisa ser superada rapidamente”, completa.
Berzoini também reitera que o PT vai avaliar a possibilidade de instaurar um procedimento interno contra o deputado André Vargas. Mas procurou desmontar a tese de que o envolvimento do colega com o doleiro Alberto Youssef se assemelha ao do ex-senador Demóstenes Torres com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
“Não é desejável que nenhum parlamentar receba qualquer tipo de benesse de ninguém. Mas fora a questão jatinho eu não vi uma relação que denote o mesmo tipo de promiscuidade”, disse Berzoini, numa referência ao fato de Vargas ter usado um jatinho fretado pelo doleiro.

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